IMS é a Jeni!

Mais uma espinafrada no IMS: Produktivity: It's cute... but it's WRONG!!!

It seems that IMS is another stab at providing a sandpit for the IP kids to play in. But it is similarly doomed. (Hands up those of us who would willingly let our parents organise a party for us when we were 21?)

Orange oferece Internet por celular "all you can eat" na França

Comentário interessante do Rodrigo A. Sepúlveda Schulz no seu blog sobre o serviço 3G da Orange na França para acesso a Internet.

O preço é salgado (70 Euros), mas com uso ilimitado "all you can eat" com banda de até 450Kbps, o que faz dele uma opção interessante quando se está fora de casa e não se deseja ir a caça de um access point ou de um ponto de rede não filtrado.

Aqui no Brasil, os planos Edge e EVDO estão com preços de 4 a 5 reais o megabyte, o que torna o custo de uma página Web carregada algo como 3 reais. Entretanto existem planos de 1GB por algo como 150 reais por mês, o que já se torna mais interessante para uso eventual mas ainda não é o "all you can eat".

Um efeito interessante deste serviço de Internet por celular é que as empresas vão acabar perdendo o poder de observar o uso da Internet de seus funcionários da mesma maneira que perdeu o controle da telefonia quando os funcionários compraram seus celulares.

IMS contra a inovação da Internet

Richard Stastny novamente posta uma excelente discussão sobre a implementação das plataformas IMS e qual o problema que a tecnologia tenta resolver.

Desta vez ele deixa claro que a plataforma IMS está tentando resolver problemas já resolvidos de uma maneira que amarre o cliente na operadora para o uso dos serviços, e deixa claro que as operadoras não terão chance.

A inovação está acontecendo em nível global, e a plataforma comoditizada é o IP. O que fica enbaixo do IP tem muito pouco diferencial competitivo a oferecer para uma implementação de serviços presa num "jardim murado" de atuação local e provavelmente atrasada em termos de inovação.

Verdadeiro broadband nos EUA aparece depois do Brasil

Om Malik comenta em seu blog que os consumidores dos EUA estão finalmente caminhando para ter um aumento expressivo das velocidades de acesso a Internet e experimentar o verdadeiro broadband pela primeira vez. As velocidades estão caminhando de 512Kbps para 6Mbps, depois 8 e logo 15Mpps.

O curioso é que este movimento foi quase simultâneo com o movimento que está acontecendo no Brasil. Nós aqui das Américas estamos mesmo alguns anos atrás dos países asiáticos (Japão, Coréia do Sul), e todas as novidades estão acontecendo primeiro lá.

Outra observação interessante é a observação do impacto do aumento de banda para os usuários. Já é sabido desde o final dos anos 90 que a banda agregada de dados sendo transportada na Internet cresce muito próximo de uma reta, onde a banda disponível (instalada) é um fator menos condicionante a real banda consumida (desconsiderando condições extremas de banda reprimida).

O uso da navegação Web consome algo como 1mbps. Todas as outras aplicações, desconsiderando downloads, é efetivamente controlado em banda pela outra ponta, e não pela velocidade de acesso.

O download apresenta uma limitação prática, que é o consumo deste dado. Se for música ou vídeo, a banda chega a ficar acima da velocidade de reprodução (muito acima, no caso de música), o que já desencoraja os downloads preventivos (muito antes de um eventual uso do dado).

Tudo isso leva a um limite prático do uso da banda, que caminha a ser muito inferior a banda sendo oferecida ao cliente pelo serviço de broadband. Esta situação já é observada na Coréia do Sul, onde é comum obter acessos de 100mbps e as pessoas usam uma parte muito pequena desta banda.

É possível traçar uma analogia com a energia elétrica, onde a banda disponível é a capacidade do transformador no poste e na fiação de acesso a sua casa, e você consome realmente aquilo que deseja. Seguindo esta analogia, será que no futuro passaremos a ser cobrados pelos gigabytes transportados em vez da velocidade de acesso, da mesma forma que pagamos pelo kwh de energia?

Texas ganhará broadband pela fiação de energia

Current Communications Group e TXU Electric Delivery oferecerão BPL (broadband over power line) para dois milhões de clientes no Texas até o fim de 2006 em mercados como Dallas e Ft. Worth.

Um dos problemas mais complicados no BPL é como retirar o sinal broadband das linhas de alta tensão e transferir para o assinante, pois o transformador normalmente filtra o sinal. Current/TXU deve usar um equipamento em paralelo ao transformador para transferir o sinal para as linhas de baixa tensão e permitir o uso de um pequeno adaptador na casa do assinante para o acesso à Internet.

Um ponto interessante neste serviço a ser oferecido é que permitirá o acompanhamento em tempo real da distribuição de energia na planta de distribuição, com previsão mais tarde de implementação de medição de consumo remoto e desligamento/religamento remoto de energia.

Aqui no Brasil os testes de uso desta tecnologia tem relatado dificuldades por causa da qualidade de nossa rede de distribuição de energia. Para o uso de broadband, investimentos seriam necessários em atualização dos equipamentos nas subestações.

Operatoras tentando criar a "longa distância" na Internet

Já tinha comentado em uma postagem anterior que as operadoras estão tentando empurrar para os consumidores serviços de Internet deliberadamente prejudicados para permitir diferenciação de preço para os consumidores e para os fornecedores de serviço na Internet (Amazon, Yahoo, eBay, Skype, etc).

A idéia que ronda as operadoras é criar uma espécie de ilha de conectividade de alta performance para os clientes e para os serviços prestados pela operadora ou por suas parceiras, e um serviço deliberadamente limitado ou oferecido por preço diferenciado o acesso aos serviços não filiados.

A plataforma IMS foi criada exatamente com este objetivo, que através de mecanismos de QoS (sabotagem?) facilita especialmente o tráfego de interesse destas operadoras, criando "ilhas de conectividade" ou "jardins murados". As operações celular 3G e de integração fixo-móvel futuras prevêem o uso do conteito IMS.

Esta briga está sendo feia, de um lado as operadoras querendo descobrir uma maneira de preservar suas margens absurdas, e do outro lado os grandes prestadores de serviço como Yahoo, Google, Amazon, Vonage, etc. Quem vai ganhar?

Dean Bubley comenta no blog Disruptive Wireless que a visão de Internet controlada pela operadora será difícil de ser implementada. Ele lista alguns problemas que a operadora teria que enfrentar:

• VPNs escondendo o tráfego, impedindo a filtragem e reordenamento pela operadora;
• as aplicações Web estão caminhando para serem desestruturadas, possivelmente requisitando dezenas de requisições Web para diferentes lugares para completar uma atividade (não bastaria prejudicar o QoS do IP da Amazon, por exemplo);
• ter alguém responsável por administrar estes QoS geram um risco legal e contratual que podem envolver clientes e parceiros na área de redes, negócios de dados no atacado, marketing, regulamentação, legal, recursos humanos, grandes contas, etc.;
• aplicações vão evoluir para contornar as limitações impostas pela rede;
• operações de manipulação do tráfego no agregado com certeza provocarão impactos não previstos nos negócios de clientes e parceiros.
  

Eu acrescentaria ainda que com a provável competição da conectividade por fio, cabo, sem fio, etc., as operadoras terão que ter cuidado para não irritar os seus clientes. Afinal de contas, são eles quem escolhem o serviço que querem e que pagam por ele.

Voz como adicional no negócio de portal do Yahoo

A Yahoo está anunciando chamadas telefônicas nos EUA a 1 centavo de dolar por minuto, criando um novo patamar para as operadoras de telefonia IP.

Isto mostra que o negócio de ligação de telefone PC para telefone nos EUA está caminhando para uma gerra de preço violenta, a chamada "race to the bottom".

Qual o impacto desta corrida para o zero?

Alec Saunders escreveu em seu blog um artigo avaliando o impacto sobre os negócios e anuncia já que o vencedor provavelmente será os portais Web, que subsistem de propaganda em seus portais e podem oferecer a voz como algo mais em suas aplicações.

É uma situação semelhante à da eBay/Skype, que vê o serviço de voz Skype como facilitador da negociação do eBay.

Alec comenta também que os provedores de aplicação serão também vencedores, pois terão incentivo para apresentar soluções inovadoras de comunicação que estão se tornando viáveis apenas com o custo de ligação caminhando para o zero.

Os grandes perdedores são as operadoras, que estão observando quedas acentuadas nas ligações de longa distância e também no número de linhas telefônicas ativas.

As operadoras de telefonia pura IP também estão caminhando para um beco sem saída, pois estratégia de menor preço para produto indiferenciado é de margem minúscula, e se for oferecida como suporte a outros negócios pode acabar sendo até de margem negativa.

Previsões para 2006 do consultor Mark Anderson

Interessante artigo da BusinessWeek comenta sobre as previsões para 2006 de Mark Anderson, um dos líderes da empresa de consultoria Strategic News Service.

As previsões apresentadas:

1. As pessoas nos EUA rejeitarão a televisão americana em favor da Internet. "A Internet é para notícias. TV para entretenimento. Fox para propaganda."
2. Gasto em propaganda on-line crescerá de 40% a 50%. Isto desestabilizará as redes de televisão e os impérios de notícias impressas.
3. Americanos descobrirão o impacto real de fazer outsourcing para a India, e eles não vão gostar. Estes empregos deslocados serão exatamente os de alta qualificação.
4. Pessoas comprarão conectividade broadband de quem oferecer o menor preço -- seja telecom ou companhias de cabo.
5. Companhias de envio de bit terão posição dominante como platformas.
6. IP em tudo.
7. Telas Flat-panel em múltiplos quartos aumentará a demanda de broadband nas casas.
8. Toyota cresce em cima da GM e acaba sendo reconhecida como a empresa melhor gerida no mundo.
9. A bolha de negócios imobiliários se segurará ainda mais um pouco.
10. O fenômeno do consumidor global vai realmente decolar.

O ítem 4 comenta sobre o impacto sobre o negócio das teles, entretando as teles fixas não estão paradas e vão brigar para manter seu monopólio sobre o acesso as casas da forma que puder, nem que seja montando ilhas de conectividade.

Você compraria um serviço de conectividade que é deliberadamente sabotado para impedir que você use serviços de terceiros sobre a Internet?

Web 2.0 será o serviço de diretório do Voice 2.0?

Yahoo acabou de adquirir mais uma empresa pertencente a onda Web 2.o: o excelente gerenciador de bookmarks del.icio.us. A del.icio.us agora faz par com a primeira empresa comprada: a flickr.

Observe que ambas as empresas permitem compartilhamento de inteligência de forma tácita através de tags entre pessoas e permite o agregamento de grupos de pessoas de acordo com seus interesses.

A Web 2.0 está caminhando para ser o serviço de diretório da Voice 2.0, e a Yahoo está se posicionando de forma estratégica para que com os dados compartilhados e a administração dos nossos contatos se habilite a se tornar um dos maiores facilitadores de comunicação entre pessoas.

Este link mostra as principais aplicações Web 2.0 hoje em uso, vale dar uma olhada para descobrir qual será a terceira empresa que a Yahoo vai comprar... :-)

Yahoo e GVT aquecem suas investidas em VoIP

A GVT está lançando o serviço de VoIP Vono para atender o mercado residencial e de pequenas empresas e está oferecendo ligações com custo local em mais de uma centena de cidades no Brasil, oferecendo um número telefônico para rede pública em quaisquer destas cidades.

Provavelmente esta seja a maior investida de uma operadora no mercado brasileiro até agora, e sinaliza que a ligação de longa distância aqui no Brasil não vai durar muito tempo.

A Yahoo também está relançando seu serviço de VoIP dentro do seu Instant Messaging, oferecendo número telefônico também e com custos ainda mais baixos com o Skype.

As aplicações Web 2.0 ainda não possuem modelos de negócio viáveis

Dion Hinchcliffe discute em seu blog Web 2.0 a dificuldade de monetizar as aplicações que estão sendo desenvolvidas e sendo disponibilizadas na Internet.

Ele apresenta as três alternativas que estão em uso hoje em dia:

• Propaganda: é o modelo que a Google está usando para oferecer as aplicações de busca e de e-mail hoje em dia. A Microsoft também está se posicionando para trabalhar neste modelo com o live.com, e possivelmente não haverá muitas oportunidades para empresas menores;
• Assinaturas: usando suas variantes fixo, variável e fixo + variável, este modelo está sendo usado por diversas aplicações Web 2.0 que desejam monetizar suas empreitadas;
• Comissões por transação: usado pelos sites de leilão, como o mercadolivre.com.br.

Estes três modelos são os que estão presentes hoje, mas Dion comenta que outros modelos deverão se desenvolver no futuro.

Esta discussão é muito interessante também para a área de telefonia, pois claramente se observa que voz será uma aplicação acessória (Voice 2.0) dentro das comunidades desenvolvidas dentro das aplicações fim que estão sendo desenvolvidas na Web 2.0 (lembram da compra da Skype pelo eBay?).

Pesquisa e desenvolvimento cai para Telecom e cresce para Software

Alec Saunders comenta que uma reportagem da Spectrum da IEEE avaliou o gasto em P&D de diversas indústrias e mostrou que as empresas da área de Telecom vem reduzindo seus investimentos desde 2000, enquanto que na indústria de software e serviços estes investimentos estão crescendo muito rapidamente.

Alec observa também que isto mostra que as operadoras de telefonia tem cortado gastos e evitado fazer investimentos, deixando todo o terreno de inovações acabe sendo ocupado pelos segmentos de software e de serviços.

Google oferece voz através do serviço de diretório AdWords

Como já tinha comentado anteriormente, a atividade de comunicação estará basicamente dividida entre acesso, aplicações e diretório.

Agora, a Google está testando o serviço Click-to-Call dentro do serviço de propaganda e diretório AdWords, oferecendo a habilidade de ligar diretamente por voz um cliente que buscou uma empresa numa busca pelo Google sem que o cliente precise discar ou pagar a ligação.

É o serviço de diretório sendo potencializado, que oferece uma aplicação de voz embutida e compete diretamente com o negócio de 0800 das teles e as listas telefônicas.

Mais uma previsão de fim de jogo para as teles fixas

Daily Wireless apresentou um comentário sobre os novos investimentos em telecomunicações que estão acontecendo nos EUA:

• empresas de cabo fazendo parcecia com empresas de celular para oferecer o Quad Play (vídeo, voz, dado e wireless);
• empresas de celular se associando com outras empresas para oferecer Wi-Max através de sua estrutura;
  
• DirecTv vai oferecer Wi-Max;
• Cidades estão desenvolvendo esforços para implementar cobertura Wi-Fi para facilitar a comunicação dos próprios serviços municipais.

Pelo que se vê, as teles fixas estão ficando fora do jogo, apesar de estarem discutindo o Triple Play, elas tem um trabalho gigande de instalação de fibra, acordos com empresas de mídia e marketing para entrar num mercado em que são entrantes e tendo que disputar por preço.

A conclusão do artigo é "Fim de Jogo" para as fixas...

Preços de broadband caindo lentamente ao redor do mundo

Pesquisa da Point Topic avaliou uma redução de custo de 7,1% para o ano de 2005 numa avaliação envolvendo diversas empresas e países, tanto com DSL como com Cabo.

Uma tendência observada é que parte da redução do preço tem originado da redução de velocidades dos planos básicos para aumentar a penetração das tecnologias, o que mostra que grande parte dos clientes estão mais preocupados com conectividade barata do que com alta velocidade de acesso.

Isto sinaliza uma provável redução contínua da rentabilidade por assinante, exigindo novas diferenciações para agregação de valor pelas operadoras, já que apenas velocidade não tem sido suficiente.

Outra observação é que o cabo não tem buscado competir em igualdade de preços com o DSL, mostrando que o mercado tem alguma atração pelo serviço integrado de TV e Internet por apenas uma operadora, uma atração mais forte que o serviço integrado de telefonia fixa com Internet.

Isto quer dizer que se não houver novidades, aqui no Brasil a TV a Cabo vai tender a se posicionar nos mercados de maior velocidade e nos clientes de alta renda, e que as operadoras de DSL terão que aprender sobreviver com a comoditização do DSL.

Pabx de nova geração para pequenas empresas

A Linksys apresentou uma linha de produtos chamada "Linksys One" para pequenas e médias empresas que promete revolucionar este mercado.

Os produtos são simples, seguem padrões de mercado como SIP, são baseados em VoIP, se integram com operadoras de VoIP, a switch contém PoE (energia pelo cabo de rede), é totalmente convergente (mata de vez o TDM) e simplifica tudo exigindo configurações extremamente simples.

Basicamente a pequena empresa faz apenas uma compra de equipamentos para ter os serviços de dados e de voz usando apenas cabeamento de rede.

De 1 milhão para 4 milhões de linhas VoIP em um ano

Om Malik está apresentando em seu blog algumas estatísticas sobre a penetração da assinatura de VoIP nos EUA.

A mais interessante é o crescimento da assinatura de VoIP e a curva sendo apresentada. Outro ponto é o fato que a força disruptiva para o crescimento parece ser o uso do cabo da TV a cabo para o transporte de VoIP, o que indica que provavelmente a tendência de abandonar a telefonia pela linha fixa de cobre das Teles deverá aumentar.

Infonetics diz que IPTV gerará faturamento mundial de $44B no mundo em 2009

Saiu um anúncio da Infonetics comentando que o negócio Triple Play das operadoras através de IPTV caminhará para ser grande, e será sustentado pelo fato que os clientes estão adquirindo altas velocidades de acesso a Internet DSL no mundo todo.


O IPTV é visto como uma forma de obter receita e aumentar o retorno por assinante para as operadoras. Resta saber se o cliente e a regulação aceitarão o bundling, ou se os negócios de acesso (DSL) e serviço (IPTV) se separarão através da grande força de unbundling da tecnologia IP.

TV a cabo na França (UPC) testa 100Mbps por FTTH

James Enk comenta em seu blog que as empresas de TV a cabo não estão considerando o cabo como único modo de acesso ao assinante e já estão testando implantação de fiber-to-the-home (FTTH) em alguns lugares.

A empresa de TV a cabo francesa UPC está testando esta tecnologia e esta velocidade de acesso à Internet provavelmente da cidade de Sevres (tradução para inglês pelo google).

Agora é a TVA oferecendo realmente banda larga. Cadê a BrasilTelecom?

A TVA anunciou novos planos no seu serviço Ajato para se adaptar a nova situação de competição de Internet de Alta Velocidade aqui no Brasil.

As novas velocidades de conexão oferecidas pelo Ajato são 400 kbps (R$ 39,90), 600 kbps (R$ 49,90), 800 kbps (R$ 59,90), 1.200 kbps (R$ 79,90) e 2.100 kbps (R$ 89,90).

BrasilTelecom, daqui a pouco você perde mais um cliente. Seja mais rápido. :-)

Logo teremos internet, telefone e SMS nos aviões...

O sistema de comunicação broadbant via satélite da Inmarsat está a dois terços de ficar completo. O primeiro satélite cobriu a Europa, África, o Oriente Médio, Ásia, e o Oceano Índico.

O lançamento recente adicionou América do Sul, a maior parte da América do Norte, o Oceano Atlântico e parte do Pacífico. Falta ainda cobrir regiões sobre o oceano em vôos entre a Ásia e o Pacífico.

Para uso durante o vôo, OnAir, a joint venture entre Airbus, SITA, e Tenzing, vão implementar serviço garantido por avião de 500 Kbps a 2 Mbps de tráfego simétrico até o final do próximo ano.

Fonte: Wi-Fi Netgworking News

Alternativas de futuro para as Teles

Martin Geddes preparou um comentário interessante a respeito do consórcio anunciado em Amsterdam para instalação de FTTH (fibra até a casa) cobrindo 10% da cidade até o fim de 2006 sem custo para o Estado.

Este consórcio garantirá conectividade de altissima velocidade e baixo custo para os usuários e abrirá todo um mercado de prestação de serviços sobre esta rede.

Este caso de Amsterdam é apenas um caso entre várias dezenas que estão acontecendo a nível municipal em vários lugares do mundo, e a mensagem é clara para as atuais Teles: conectividade e serviço vão se separar...

Martin sugere quatro caminhos para as atuais Teles:

• fazer sua capilaridade ser superior a qualquer outra alternativa, atingindo lugares que redes como esta não estarão disponíveis;
• compartilhe a propriedade das redes com seus usuários e outros prestadores de serviço para que os interesses sejam compatibilizados;
• conquiste e mantenha um monopólio ou oligopólio mandado pelo Estado (regulação);
• separar a empresa em duas: conectividade e serviços (voz sendo o primeiro serviço). Os reguladores da Inglaterra obrigaram a BT (BritishTelecom) a seguir este caminho e é bem possível que a BT vai acabar agradecendo os reguladores por esta obrigação daqui a alguns anos.
  

Quadri Play das TV a cabo com celular faz mais sentido que integração fixo-móvel ou Triple Play das Telcos

Foi anunciado dias atrás uma parceria entre Comcast, Time Warner Cable, Cox e Advance/Newhouse com a operadora de celular Sprint Nextel nos EUA onde as operadoras de TV a cabo passarão a oferecer um serviço integrado de vídeo, voz por VoIP pelo cabo, dados pelo cabo, voz pelo celular, voz pelo WiFi ligado no cabo e dados e vídeo pelo celular.

É uma proposta quadri-play porque integra vídeo, voz, dados e mobilidade num pacote único de serviços de forma transparente, uma proposta totalmente convergente.

E ainda faz muito sentido, as TV a cabo já possuem relações para adquirir conteúdo de vídeo e a operadora de celular faz apenas sua especialidade, oferecer mobilidade, duas das coisas que fazem o triple-play e fixo-móvel das teles fixas serem problemáticas.

Enfim a banda larga aparece no Brasil...

Se você perguntar para alguém do Japão ou da Coréia do Sul o que é banda larga, eles diriam que seria acesso de Internet de mais de 1Mbps, não estas velocidades hoje oferecidas no Brasil.

Mas algo mudou... A Net anunciou Vírtua com 2 Mbps por 79,90 reais por mês, 4 Mbps por 99,90 e 8 Mbps por 199,90 a partir de 3 de novembro, fazendo o Brasil entrar de fato na era do Broadband.

A turma das operadoras vão ter que correr atrás rapidamente para não sofrerem uma debandada em massa, e começou com o Speedy, da Telefônica, que passou a oferecer assinaturas de 1 Mbps por 109,90 reais e 8 Mbps por 199,90 reais.

Falta agora as outras operadoras, como a BrasilTelecom (que eu sou cliente). Competição de verdade não é ótimo?

Resta saber se as operadoras não vão ter que correr atrás na atualização de suas redes ADSL para redes ADSL2+. O padrão DOCSIS 2.0 usados pelas TV a cabo habilitam bandas na ordem de 30Mbps nas duas direções, e o ADSL convencional se limita em 8Mbps para descida e 1Mbps para subida. Com mais um empurrãozinho da NET o negócio ADSL das operadoras poderia sofrer um revés sem precedentes.

VoIP é ruim, telefonia fixa/móvel também é...

Richard Stastny novamente escreve um artigo crítico sobre a situação colocada pelo VoIP sobre a telefonia convencional.

Ele começa observando que será impossível regular a futura telefonia. A tecnologia vai permitir que qualquer obstáculo regulatório seja superado pelos próprios clientes. A competição pura deverá ser a regulação.

Uma crítica interessante é a de que o nível de robustez da telefonia fixa e móvel degradou bastante nas últimas décadas, onde as centrais telefônicas evoluíram para digital e CPAs com o custo menor mas também menos segura.

Enquanto isso, a telefonia VoIP só tem evoluído devido ao aumento da banda disponível na Internet e pelo desenvolvimento de codecs de áudio melhores que o A-Law usados na telefonia TDM.

Outro ponto discutido é a provável evolução da central local para algo como um ATA (ou devolução?), o que seria a melhor alternativa possível para barateamento dos custos das operadoras. Com isso os assinantes passariam para IP o mais cedo possível.

Entretanto ele conclui que o cliente pode ainda assim não aceitar este ATA por não permitir este cliente participar dos novos paradigmas de VoIP 2.0 (presença, IM, vídeo, mobilidade, etc).

Quem vai montar redes metropolitanas de rede sem fio?

Esta é uma pergunta interessante, e provavelmente você responderia que seria ou uma operadora de celular oferecendo dados ou um provedor de Internet que deseja usar outra tecnologia de acesso.

E como fazer esta implementação? Provavelmente usando tecnologia Mesh que permite distribuição de sinal com pouco cabeamento ou usando a tecnologia do WiMax.

Entretanto a empresa que hoje possui a maior vantagem competitiva para isso são as operadoras de TV a Cabo.

Para elas, bastaria colocar gateways entre o cabo (por DOCSIS) e WiFi e espalhar nos postes em que já colocam os equipamentos de distribuição de sinal de vídeo.

VoIP já é irreversível e telefonia não será mais a mesma

Todos os comentários na Futurecom já davam como favas contadas o fato que VoIP está afetando o mercado e que não há alternativa a esta tecnologia.

Rich Tehrani em seu blog final sobre a ITEXPO (Internet Telephony Expo) que foi quase concomitante a Futurecom comentou exatamente isto, que já é uma unanimidade que VoIP será a próximo passo.

Aqui na Futurecom os fornecedores de equipamentos e serviços apresentavam como única alternativa para as operadoras apenas o IMS, que não deixa de ser o ISDN ou BISDN reinventado sobre SIP e conceitos de presença.

Resta saber se o cliente vai encontrar alguma coisa com o IMS, afinal de contas é ele que tem que ser atendido, e não as operadoras. O IMS é um instrumento que preserva o bundling de conectividade com serviço, e o cliente está se acostumando com o unbundling provocado pelo VoIP.

Telefonia fixa no Brasil vai morrer?

Acabei de participar do congresso na Futurecom e a impressão que ficou foi esta mesmo.

Choradeira geral de que a taxa de retorno do negócio está a 7%aa enquanto o custo de capital está em 15%aa e que desta maneira não vão poder continuando a investir no negócio.

Também comentam que a receita de voz é de algo como 70% da receita total e que a competição provocada pelo celular e pelo VoIP está fazendo cair esta receita devido à disputa por preço e pelo abandono do uso da linha fixa.

O faturamento em negócios novos como ADSL (ou um futuro Triple Play) não conseguem recuperar a margem que está sendo perdida e a visão apresentada é que a ANATEL tem que mostrar um futuro para estas operadoras.

O exemplo europeu mostra que nem a ANATEL vai salvar a rentabilidade do negócio de telefonia fixa, e que as empresas terão que aprender reduzir seus custos em uma ordem de grandeza para poder continuar a existir.

O próprio ex-chairman da FCC americana comentou sobre este assunto e comentou que a oportunidade que se apresenta para as fixas agora é a popularização do ADSL para as classes de mais baixa renda e não mais considerar como um serviço de valor adicionado.

Pelo jeito a ANATEL está dizendo para a telefonia fixa se virar, o que é bom em pelo menos num sentido: a reinvenção destas empresas que terá que acontecer nos próximos anos poderá ser o maior instrumento de inclusão digital para a nossa sociedade.

Acesso, diretório e aplicações serão separados, as Teles não terão chance

Richard Stastny escreveu um artigo interessante especulando o que acontecerá com o serviço de comunicação nos próximos anos.

Os elementos que compõem hoje o negócio de comunicação por telefonia se compõem do acesso, o diretório e as aplicações, e as forças competitivas estão isolando estes elementos de acordo com as vantagens competitivas que cada elemento pode desenvolver.

O acesso por natureza é um serviço local, que exige especialização sobre a localidade.

Já o diretório e as aplicações não necessitam de amarração local, conseguindo o melhor ganho de escala através de atuação global.

O serviço de diretório e de aplicações estão em pleno processo de consolidação, como o artigo do Stastny está descrevendo.

Os principais players deste processo parecem ser o eBay/Skype, o Google, e a Yahoo. Observem que estes players estão desenvolvendo através de formas diferentes os conceitos de diretório e aplicação, mas a meta final é comum: facilitar a comunicação e intermediar negócios.

Neste processo, a voz (no caso VoIP) é apenas a base de suporte ao processo, e é por isso que os três tem disponibilizado este serviço sem custo.

Stastny conclui o artigo com uma provocação: se as Teles ficarão apenas com o negócio local de acesso, a maldição de trabalho do tipo chinês cairá sobre os empregados das mesmas. :-)

Web 2.0 para CRM

Salesforce.com é uma das primeiras empresas a oferecer um serviço completo de CRM remoto pela Web. Em vez de você gastar tempo e recursos em preparar equipamentos e pessoal para montar sistemas de banco de dados e softwares de CRM você adquire uma assinatura de um serviço prestado pela Web usando apenas um browser.

Ainda é um conceito revolucionário por remover a posse das empresas das suas ferramentas de funcionamento e depender da acessibilidade pela Internet para que qualquer coisa possa acontecer na empresa, mas nos 6 anos de vida da empresa várias pequenas e médias empresas já implementaram este sistema.

Agora o CEO da Salesforce.com está implementando uma extensão desta idéia, a AppExchange.

A AppExchange criaria o conceito de mercado de aplicações por Web Services, algo como um eBay (aqui seria o MercadoLivre) de prestação de serviços remotamente para empresas.

Este sistema permitiria o desenvolvimento de todo um ecossistema de prestação de serviços virtuais onde desenvolvedores ao redor do mundo poderão resolver problemas para as empresas sem que as empresas tenham que necessáriamente comprar e instalar software.

Obviamente o processo de mudança será lento, mas é possível prever que o mercado de software em caixinhas não será mais o mesmo daqui para frente.

O que é Web 2.0

Tim O'Reilly escreveu um artigo compreensivo descrevendo o conceito emergente sendo chamado hoje de Web 2.0. Web 2.0 é o nova bolha de especulação sendo desenvolvida nos EUA onde muita gente vai acabar perdendo dinheiro. :-)

A transição de Web 1.0 para Web 2.0 significa:

• DoubleClick --> Google AdSense
• Ofoto --> Flickr
• Akamai --> BitTorrent
• mp3.com --> Napster
• Britannica Online --> Wikipedia
• websites pessoais --> blogs
• evite --> upcoming.org e EVDB
• chutar o nome dos sites --> otimização gerada pelo site de busca
• páginas acessadas --> custo por click
• colagem de telas --> serviços web
• publicação --> participação
• sistemas de gerenciamento de conteúdo --> wikis
• diretórios (taxonomia) --> marcação por tags (ver Google Mail)
• auto apelo --> associações livres (RSS)
  

Ou seja, a experiência Web passa a ser focado muito mais na pessoa, tornando a experiência de relacionamento pela Internet mais amigável e não intrusiva. A base dos novos serviços Web 2.0 serão:

1. A Web como a plataforma;
2. Geração de valor com base da inteligência coletiva;
3. Os dados nas bases de dados serão o diferencial competitivo, não mais os motores de uso dos mesmos;
4. Fim do ciclo de desenvolvimento de software (plataforma Web não envolve instalação);
5. Motores Webs leves, ou seja, oferecer diferenciais específicos e não a aplicação completa;
6. Não mais amarrado a ser usado apenas num PC;
7. Experiência Web rica, baseado em conceitos AJAX.

Embratel incorpora Net e planeja VoIP residencial

A Embratel anunciou a incorporação de parte da Net e anuncia que prepara para oferecer telefonia VoIP sobre o cabo até o final do ano.

Com isso, as duas operadoras de TV a cabo estarão competindo com a empresa de telefonia fixa e caminhando para a derrocada da lucratividade de enterrar cobre até as casas apenas para telefonia.

Conectividade sem fio pelos municípios

Om Malik reporta que existe uma oportunidade de $700 milhões de doláres para redes municipais sem fio.

Aqui no Brasil temos o caso da cidade de Sud Mennuci que instalou WiFi público para todos usarem devido a falta de interesse das operadoras de oferecer conectividade para uma cidade menor.

Existe uma linha de pensamento que considera a conectividade um serviço público, da mesma maneira que água e luz elétrica. O exemplo mostra que esta linha faz sentido e impulsiona os negócios da cidade.

Acredito que veremos esta discussão acirrar nos próximos anos, quando as operadoras deverão questionar se é legítimo ter como concorrentes o Estado.

TV na Internet do Google: episódio piloto do Show de TV de Chris Rock

O Google está apresentando um episódio piloto de um show de TV pela Internet.

Sinal que o vento está mudando e trazendo mudanças... A Google está se preparando para comoditizar mais um serviço: A emissora de televisão.

GoogleNet e GoogleTV

Preparem-se operadoras de telefonia e de televisão aberta ou a cabo... A Google está preparando algo grande!

Om Malik comenta que a Google está se preparando comprando fibra escura a rodo dentro dos EUA, investindo em estrutura para produzir um canal de televisão (ou algo parecido), investindo em acesso de Internet seguro sobre a Internet limitada que as operadoras estão implantando (VPN) e implementando infraestrutura massiva para interconexão com outras operadoras de telefonia.

Google tem muito capital, é arrojada, é boa praça com os consumidores, tudo é bem feito e geralmente de graça e está disposta a comoditizar os negócios de todos os cartéis instalados na área de telefonia, notícias e TV.

Martin Geddes: qual é o valor do IMS para o cliente?

Martin do blog Telepocalypse mais uma vez escreve um artigo espinafrando o IMS.

Ele andou conversando com empresas que estão desenvolvendo e vendendo soluções IMS e foi atrás de uma visão que justifique a tecnologia IMS.

Apesar dos vendedores tentarem mostrar como isto vai revolucionar as possibilidades das operadoras, Martin questiona se o que o IMS tenta oferecer é mais limitado que o que já é possível fazer sobre a Internet.

Considerando a quantidade de aplicações e serviços já disponíveis sobre a rede Internet hoje, qual o sentido de oferecer uma plataforma limitada pela Operadora?

Isto só seria possível se o acesso livre a Internet fosse limitado de alguma maneira para justificar o premium que a operadora irá cobrar, mas será que este espaço existe?

Para telefonia fixa o jogo já está terminado, a Internet já é pervasiva pelo ADSL e TV a Cabo. Sobra o celular, que terá seu dia de prova com as novas tecnologias WiFi, WiMax e Clarion.

Quem quer 20Mbps por 30 reais por mês?

A guerra do ADSL2+ na França está esquentando...

Agora a Club Internet está oferecendo por 9,90 euros conexões de 20Mbps por 3 meses e subindo para 19,90 euros em seguida. Ainda assim é um bom preço, não?

Ainda falta uma competição decente aqui no Brasil...

eBay comprou o Skype

Esta é uma notícia inesperada por todos. Poucas pessoas poderiam prever que o eBay encontraria razões para ter uma operação conjunta com o Skype.

O argumento básico é que o eBay está no negócio de redução do atrito inerente nas relações de negócios. As reduções que o eBay percebe são:
- falta de confiança nos negociadores -> esquema de pontuação;
- custo da transação financeira -> payPal (já adquirida pela eBay);
- custo da comunicação -> Skype.

Resta saber se a comunicação via texto (e-mail e mensagens instantâneas) já não eram suficientes para reduzir o custo da comunicação.

O eBay entretanto argumenta que o uso da voz será mais para facilitar os negócios de custos mais altos como carros e imóveis, e talvez negócios que envolvam duração como prestação de serviços em vez de envio apenas de mercadorias.

Mais informações aqui.

Google Talk usa XMPP (jabber) apenas para acesso ao cliente

Apesar da promessa de revolucionar a comunicação por Mensagens Instantâneas, o Google Talk apenas imitou todas as outras implementações e instalou um "Jardim Murado", onde apenas aqueles que pertencem ao jardim conseguem falar entre si.

Isto porque os servidores do Google Talk não implementam o protocolo servidor a servidor que permitiria a comunicação descentralizada da mesma maneira que o email faz.

Enquanto o Google não implementar este protocolo, não será possível, por exemplo, usar um servidor Jabber numa pequena empresa para Mensagens Instantâneas internas e conseguir falar com usuários do Google Talk apenas colocando o domínio gmail.com.

Não há uma posição definida, mas segundo o site da Google parece que eles não pretendem deixar acesso aberto entre servidores, apenas para alguns parceiros de uma "federação".

Neste link há mais discussão sobre esta questão e uma comparação de como historicamente o conceito de e-mail evoluiu.

Estudo da sinalização do Google Talk...

James Seng fez uma análise do protocolo de estabelecimento da chamada de voz sobre o Google Talk e publicou um log de um estabelecimento de chamada.

É possível ver que toda a comunicação XMPP cliente-servidor para implementar mensagens instantâneas está implementada conforme a norma.

O estabelecimento da chamada de voz é um protocolo proprietário sobre o XMPP que estabelece uma negociação semelhante ao SIP/SDP. O tráfego de áudio parece ser sobre RTP convencional.

A lista de codecs é grande e estão documentados no Google Talk Developer Site.

Um ponto interessante na negociação da chamada de voz que não existe no SIP/SDP é a negociação de um endereço remoto para o RTP. A impressão é que vários endereços são fornecidos e o cliente pode escolher segundo algum critério.

Se vários endereços estão sendo fornecidos, é provável que estes endereços são para retransmissão do áudio, de forma que implementa a forma mais robusta de atravessar NAT com RTP puro.

Uma importante suspeita é que os softwares clientes Google Talk devem estar se oferecendo como retransmissores de áudio, mostrando que a chamada de voz deva ser P2P de uma forma parecida com o Skype.

Saiu o Google Talk

Provavelmente a maior ameaça ao Skype está começando a operar. É o Google Talk (http://talk.google.com), oferecendo IM (mensagens instantâneas) e voz em cima disso.

Diferenciais:

• É o GOOGLE!
• Usa XMPP (protocolo do Jabber) que é padrão IETF.
• Qualidade de voz muito boa, usando codecs WideBand.
• Aceita qualquer cliente Jabber para IM.
• Interface minimalista, mais simples que o próprio Skype.
  

O negócio do Skype é montar o "efeito rede" do serviço PABX-IP virtual

No blog do Om Malik existe um novo artigo interessante discutindo o que o Skype está fazendo e o efeito sobre os negócios de telefonia corporativa.

O Skype oferece a custos muito baixos as funcionalidades de um PABX, como conferência e voice-mail, além de facilidades dos PABX-IPs novos, como o conceito de presença.

Se você tem estas funcionalidades a mão, sem a necessidade de investir em equipamentos e sem ter que suportar este equipamento, porque não usá-lo?

Além disso, se todo mundo que você precisa contactar já está cadastrado no Skype, porque você vai se dar ao trabalho de montar uma rede própria de contatos num outro PABX IP? Este é o "efeito rede" que está trabalhando a favor do Skype.

Número de linhas fixas está caindo mais rápido

O sempre interessante blog do James Enck (EuroTelcoblog) está comentando sobre a redução da quantidade de linhas telefônicas fixas.

Continuando neste passo (4% a 5% anualizados na Europa, 5% a 10% nos EUA) o que será da telefonia fixa? Veremos uma morte lenta?

E quais as razões deste processo? Provavelmente a principal é a competição da telefonia celular, mas será que também não existe o interesse de aumentar a rentabilidade por asssinante, alterando a variável quantidade de assinantes?

Telefonia IP para telefone fixo de graça para 24 países

Parece que o serviço VoipBuster está comprando sua entrada no mercado do SkypeOut.

Ele oferece ligações para telefones fixos de 24 principais países requisitando apenas a compra de um dólar de crédito a título de cadastro.

Para o Brasil não é de graça, mas o preço é bom: 3,2 euros para fixo e 17,2 euros para celular.

Neste link o Blog Skype Journal avalia o serviço.

Qualcomm compra a Flarion

Qualcomm é a empresa por trás da tecnologia CDMA. Flarion é a empresa que nos últimos anos conseguiu implementar a tecnologia OFDM pré Wi-Max para algumas operações tipo 3G.

Com isso, a Qualcomm saiu do processo de irrelevância (CDMA apresenta limitações para banda e distância) que estava caminhando e se estabeleceu como a principal fornecedora das tecnologias de comunicação sem fio de 3a geração até que o Wi-Maxcomoditize este mercado.

Om Malik's Broadband Blog comenta mais sobre isto.

Crítica ao trabalho IMS da ITU

Toda vez que um comitê tenta determinar o futuro desconfie. O consenso (ponto de menor atrito entre os presentes) é a garantia da pior solução para os usuários (que normalmente não são representados). Veja uma crítica bem humorada na Business Communications Review do processo que está acontecendo com a IMS:

"...On a serious note, the ITU’s IMS (IP Multimedia Subsystem) shows every sign of becoming the latest example of systems standards groupthink. Its concepts are more than seven years old and still not deployed, while its release train lengthens with functional expansions and change requests. ... The proliferation of boxes and protocols, and the state management required for data tracking and control, lead to cognitive overload but little end user value..."

Serviço de presença deverá ser o fator de quebra da prestação de serviço de chamadas telefônicas

Martin escreveu um artigo muito interessante no blog Telepocalypse, onde descreve uma visão de como o negócio da telefonia atual deverá quebrar em diversos serviços e negócios desconectados.

Esta quebra em princípio desmontaria a venda casada de conectividade e o serviço de chamadas telefônicas, algo que o IP está forçando a acontecer. Entretanto ao mesmo tempo abrirá novas oportunidades de prestação de serviços premium como conectividade em roaming, conceito de presenças elaboradas, serviços de diretório, brokering de contados, gerência de relacionamentos, etc.

Este processo está acontecendo porque as pessoas querem pagar pelos serviços, querem opções nestes serviços, e gostariam de pagar mais por diferentes serviços. A era industrial já passou, está na hora da chegada da terceira onda acontecer na telefonia: a customização massiva de produtos de comunicação, serviços de conectividade a rede, serviços de suporte ao estabelecimento do contato entre as pessoas.

Nos próximos anos alta velocidade significará muito mais...

É uma questão de tempo, a tecnologia está se desenvolvendo com o ADSL2, VDSL2, DOCSIS 3.0 (cabo), fibra e novos padrões WiFi.

O Slashdot está comentando um artigo da Broadband Reports que diz: "In four years: half all Verizon DSL users should have fiber, half of all SBC subscribers should have 10-20Mbps DSL, and one tenth of all BellSouth customers should have 50Mbps DSL. At the same time cable companies should begin deploying DOCSIS 3.0 technology in 2006, eventually bringing 100Mbps speeds to end users."

Entretanto, com a falta de competição no Brasil, provavelmente vai demorar um pouco para acontecer aqui.

Mais um imitador de Skype...

A alguns dias atrás eu tinha falado do Jajah, um software que tenta oferecer um serviço equivalente ao Skype.

A sipphone acabou de disponibilizar uma versão beta do serviço tipo Skype no projeto Gizmo, que oferece um serviço também equivalente. Não é P2P, mas entretando não prende seus usuários em um "jardim murado" como os outros serviços, ou seja, você pode receber e fazer chamadas SIP diretamente do seu softfone.

Competição para o Skype: Jajah

Atualização: Jajah não está mais disponibilizando o softfone...

Uma empresa européia chamada Jajah está disponibilizando um softfone semelhante ao Skype com o objetivo de concorrer no mesmo mercado.

Como diferenciais, suporte a um protocolo proprietário P2P semelhante ao Skype, SIP, H323, integração com o próprio Skype, codec wideband de 22KHz (o Skype é de 16KHz), skins customizáveis, animações no chat e preços bastante competitivos para completamento de chamadas na rede pública.

Resta saber se os diferenciais serão suficientes para criar sombra...

Internet banda larga será como energia elétrica?

Será que já estamos chegando a uma situação onde acesso a Internet deixará de ser um serviço de alto valor agregado e passará a ser mais um provimento de commodity, exatamente como a energia elétrica?

O serviço de "Naked ADSL" está começando a surgir em alguns pontos do mundo, tendo como diferencial o seu preço baixo e desatrelado da telefonia fixa.

T-Mobile usará UMTS contra ADSL na República Tcheca

A T-Mobile anunciou que disponibilizará o serviço de acesso a rede de dados através da rede de 3G UMTS sendo implementada na República Tcheca.

A estratégia de negócio dela é acabar com a última justificativa de ter uma linha física de telefone na residência que era o acesso a ADSL.

Operadoras de celular interessadas em substituição do ADSL demorarão a aparecer aqui. Ainda assim as operadoras de ADSL devem ter que se preparar para reduzir seus preços e aumentar a banda a ser disponibilizada para seus clientes (ADSL2?) antes que seus clientes passem para o acesso de dados por celular 3G ou por WiMax.

Yahoo está se preparando para enfrentar o Skype

A Yahoo acabou de adquirir a Dialpad, uma empresa que desde 2000 oferecia chamadas telefônicas de PCs para a rede pública. Também firmou parceria com a Xten para integrar tecnologia do Eyebeam no seu Yahoo Messenger a ser lançado no próximo mês.

Yahoo está se posicionando para competir com a Skype usando o padrão SIP e a marca Yahoo. Será que não está entrando tarde?

SIP terá facilidades P2P

Os serviços "jardim murado" sendo oferecidos pelas operadoras VoIP (Skype, Vonage, MSN, GVT, UOL, etc) vão começar a ser questionados se normas IETF começarem a estimular um padrão de localização P2P de endereço SIP.

O servidor SIP deixará de existir e poderemos localizar pessoas sem depender da boa vontade de um operador ou servidor. Além disso, a configuração de um ambiente SIP tenderá a ser mais simples, necessitando apenas a especificação de um endereço IP de um nó da rede P2P.

Este artigo discute o processo de criação desta especificação e o impacto dos negócios VoIP.

IMS é o "jardim murado" IP com conceitos do ATM

Lembram do ATM que seria a rede ponta a ponta com controle de qualidade embutida e que forneceria possibilidade de cobranças diferenciadas para as operadoras de acordo com o tipo de serviço sendo usado?

E depois mais tarde a mesma coisa foi tentada através do IntServ, onde através do protocolo RSVP esta diferenciação ocorreria sobre IP?

O Blog Telepocalypse está analisando o novo conceito que está sendo desenvolvido para as operadoras fixas e móveis. É o IMS, que está tentando mais uma vez diferenciar o uso da banda com base na aplicação que o cliente deseja usar.

O que o futuro nos reserva? A comunicação será feita através de clientes inteligentes e rede burra ou através de clientes burros com a rede inteligente?

Lançamento TriplePlay da BritishTelecom

A BritishTelecom acabou de lançar um pacote de serviços TriplePlay por 19 francos por 3 meses (foto do anúncio):

• 1Mbps para PC, com opções de 2 ou 4 Mbps;
  
• 1000 filmes e 3000 video-clips on-demand;
• uma semana de programas de televisão gravados em qualidade MPEG2;
  
• ligações telefônicas sem limites a noite e finais de semana dentro da Inglaterra (fixo-fixo).
  

Previsões para VoIP nos EUA do ex-chairman da FCC

Esta apresentação feita por Reed Hundt, ex-FCC e atual consultor da McKinsey, apresentou na Georgia Institute of Technology previsões sobre a telefonia IP para os próximos anos nos EUA:

• hoje menos de 1 milhão de casas possuem VoIP. Este número deverá crescer para 5 milhões em até o final de 2006 e para 15 milhões até 2009;
• 40% dos usuários de modem a cabo usarão VoIP em 2009;
• VoIP pode ser uma ferramenta de aumento de penetração da banda larga nas casas;
• xDSL está sendo oferecido hoje mais para clientes com poder aquisitivo alto;
  
• as operadoras a cabo tentarão agregar valor com VoIP para poder competir com as TVs por satélite;
• as operadoras de xDSL terão que reduzir suas margens e popularizar a banda larga e o VoIP devido a concorrência do cabo.
  

Computador será o futuro telefone?

Acabou de sair a notícia que nos EUA o número de Laptops vendidos ultrapassou o de desktops (53% contra 46%).

Umas das razões deste rápido aumento na venda de Laptops é o wireless permitindo grande mobilidade a quem o usa. A capacidade de processamento não é considerada essencial, mas a autonomia das baterias é.

Rede wireless é na realidade um mecanismo de comunicação, o que mostra que o Laptop está se tornando hoje o terminal multimídia de comunicação, tanto para uso doméstico como nas empresas.

Vendas de Pabx IP puro cresce, TDM e Híbrido caem

Om Malik comentou sobre um artigo da Infonetics Research que apresenta pesquisas sobre o mercado de comutação privada entre o último trimestre de 2004 e o primeiro de 2005.

• mercado mundial é de 1,5 bilhões de dólares;
• comutação puramente IP é a única que cresce (10%), com tamanho de 223 milhões de dólares (15%);
• vendas TDM cairam 20% (volume de 28%);
• vendas de híbridos cairam 12% apesar de concentrarem a maior volume em vendas entre os três (57%);
• previsão que em 2008 híbridos terão 67%, IP puro 23% e TDM 9%.

É um cenário bastante provável, desde que não aconteça nenhuma "revolução" na comunicação corporativa (video fone, presença, etc).

Como será o suicídio das telcos européias?

James Enck descreve aqui como ele vê o futuro das teles na Europa nos próximos anos. Ele está chamando o processo de EuroTelcocide, onde a corrida para o preço 0 obrigará a uma revolução onde as operadoras terão que aprender a operar com uma ordem de grandeza a menos no seu custo, sem falar da expectativa irrealista que as altas margens de lucratividade poderão ser recuperadas no futuro.

Adoção de celular de 3G está lenta

Qualcomm investiu seu futuro em avançar a tecnologia CDMA para a 3G, implementando a tecnologia W-CDMA (UMTS) na frente e disponibilizando no mercado com o objetivo de pegar a onda no início. O problema é que a onda está crescendo lentamente.

Triple Play para as operadoras vai dar dinheiro?

A promessa do Triple Play é muito interessante: receber num pacote único e numa conta única tudo o que você precisa de dados, voz e televisão. É a realização da convergência e das economias de escala para prestação de serviço para as pessoas.

É a coisa certa, não?

Será?

A telefonia fixa está praticamente estagnada no mundo inteiro e também no Brasil, e a aposta de prestar este serviço integrado não é garantia de sustentação do negócio destas operadoras.

A televisão sobre IP (IPTV) não é um grande diferencial e teria que competir com as TV a cabo no serviço de agregação e transporte de conteúdo. Tentar entrar num outro mercado para disputar apenas pelo preço não é uma estratégia de longo prazo viável.

Os estrategistas das empresas na Europa estão bastante pessimistas, pois não conseguem ver o Triple Play como uma salvação, apenas como uma tecnologia adicional que o mercado acabe exigindo apenas para se manter no mercado.

Aqui no Brasil a BrasilTelecom fez um acordo com a Claxson para testar este mercado e disponibiliza alguns conteúdos por demanda no serviço TurboVideo para ser assistidos no PC (não tem um set-top box?). A julgar pela quantidade de hits no google acredito que não deve estar sendo muito utilizado.

VoIP tem futuro?

Até agora as operadoras de VoIP entraram no negócio apenas pela arbitragem entre o preço da longa distância das operadoras de telefonia convencionais e a eficiência comoditizada da transferência sobre IP.

Atacar a margem do concorrente é a melhor estratégia? E em longo prazo quando o concorrente baixar seus preços?

Usar ATAs e Telefones IPs com cara de telefone fixo é o anacronismo gerado por este modelo de competição. É tentar fazer a telefonia do século passado continuar a viver como um morto-vivo.

Os adolecentes de hoje já sabem qual vai ser o futuro. Na área de tecnologia é assim, os adolecentes são os visionários, aprenda com eles...

Observem como eles se comunicam para fazer os trabalhos escolares ou agendam compromissos...

Presença, chat, short-message, transporte de arquivos, imagem, são as novas premissas da comunicação, não aquela voz de fundo de poço que usamos nos nossos telefones após discar quase uma dezena de dígitos que já desistimos de decorar (você lembra os números da agenda do seu celular?).

A geração que logo entrará na vida adulta e começará a trabalhar vai trazer um conceito novo e interessante, vão usar o computador sobre sua mesa como o novo telefone como já fazem hoje.

Ou talvez o telefone celular acabe virando um computador, ou ainda algo que ainda não foi inventado?

O negócio vai deixar de ser VoIP, vai ser muito mais que voz...

O IPv6 virá ou teremos que contornar o NAT o tempo todo?

A tecnologia de IP versão 6 está especificada e funcionando em vários sistemas operacionais já a alguns anos, mas não vemos sendo adotada nos roteadores disponíveis no mercado para ADSL, TV a Cabo, etc.

O mais comum é encontrar poderosos mecanismos de NAT implementados nestes roteadores, tentando contornar a limitação imposta do IPv4.

Os softwares de nova geração estão todos implementando mecanismos embutidos para contornar este problema, seja através de STUN no SIP, SuperNodes na rede Skype, Kazza e Gnutella, técnicas próprias do MSN, etc.

A outra alternativa seria a implementação de redes sobrepostas a rede IPv4, onde a promessa do IPv6 estaria disponível para as aplicações.

O futuro está incerto, pois existem forças que desejam preservar a estrutura IPv4 e outros querem as facilidades adicionais da transparência da conexão fim a fim para suas aplicações.

FCC definiu a questão sobre 911 e operadoras VoIP

Lembram do meu comentário sobre o questionamento sendo feito ao FCC a respeito do serviço 911?

Basicamente o FCC disse que se o serviço parece telefonia convencional, tem que seguir as normas de telefonia convencional, independentemente da tecnologia aplicada.

E disse mais, as operadoras de VoIP vão ter que se adaptar em 120 dias! A Vonage já anunciou que está fazendo acordos com operadoras fixas para encaminhar chamadas 911 para elas.

Yahoo Messenger lançado para competir com MSN e Skype

A Yahoo lançou sua última novidade, o beta do Yahoo Messenger.

Conforme as primeiros reports sobre o software, a novidade é voz sobre IP baseado em SIP e com codecs wideband, o que o faz um competidor direto do Skype.

Outros diferenciais é o voicemail que é gratuito, e o Skype cobra por isso, e o compartilhamento de gráficos e transferencias de arquivos.

Ainda assim vai ser difícil competir, o Yahoo vai ter ainda que apresentar um diferencial muito significativo para combater a popularidade que o Skype já tem.

Skype tem uma estratégia!

Ao longo dos últimos anos, Skype tem criado um ecossistema de parceiros passando por toda a cadeia de valor:

• dispositivos (Motorola, Plantronics, RTX Telecom, Buffalo, i-mate),
  
• conectividade de usuário (Broadreach),
• conectividade IP por atacado e interconexão com a telefonia pública(Colt, iBasis, Level3, Teleglobe, Cable & Wireless, B3G Telecom),
• portais(tom.com),
• serviços de pagamentos (Moneybookers),
  
• co-branding (Hutchison),
• sistemas operacioais (Xandros),
• desenvolvedores VAR através da API, que abre o Skype para diversos usos particulares.

Dá para ver que a empresa tem uma estratégia, e ela é baseada na penetração em todos os mercados de comunicação de voz onde o uso de IP já acontece.

Nenhuma outra empresa de VoIP se posiciona desta maneira, será que alguém vai conseguir competir com ela quando o Skype virar a base da comunicação corporativa?

Operadoras VoIP nos EUA podem ser inviáveis no futuro

Depois de um período onde as operadoras VoIP nos EUA conseguiram implementar seus negócios e oferecer uma inovação para os seus clientes, os lobbies estão atuando fortemente para tentar inviabilizar o futuro desta tecnologia.

As grandes questões desta tecnologia para os americanos são o serviço de emergência 911, a interceptação legal CALEA (grampo autorizado) e a numeração dos telefones (planos de discagem).

A bola da vez agora é o serviço 911, que está sendo pressionado sobre as operadoras VoIP devido a uma ocorrência com um pai que não conseguiu ligar para o 911 por estar usando o serviço Vonage para chamar ajuda para um problema com a filha, e esta criança acabou morrendo antes da chegada da ajuda.

Era a desculpa para os lobbistas pressionarem o FCC e imporem normas que inviabilizem o negócio.

A situação curiosa é que, como no Brasil, as determinações do FCC não regulam a tecnologia, mas sim o serviço oferecido pelas operadoras. Se isto é verdade, porque esta pressão para o FCC definir novas regras?

Esta pressão sobre o FCC com certeza tem como origem o fato que estas novas operadoras estão realmente afetando os negócios das antigas operadoras. Será que logo veremos o mesmo tipo de briga na ANATEL aqui no Brasil?

Triple Play esquentando nos EUA

Em termos de acesso a Internet de alta velocidade os EUA estavam atrás de vários países asiáticos como a Coréia do Sul e da Europa como a Suécia.

Mas as coisas estão mudando, algumas empresas estão apostando em tecnologias de alta velocidade e preparando suas redes para um futuro onde o usuário terá vários megabits de banda.

O grande objetivo dos provedores de acesso é oferecer o falado "Triple Play", onde a banda será usada para oferecer o serviço de televisão de alta definição, chamadas telefônicas e acesso de dados integrada num pacote.

Duas das empresas que estão nesta empreitada são a Verizon e a Cablevison. A Verizon, que tinha basicamente ADSL como acesso, começou uma grande empreitada de levar fibra diretamente para a casa do cliente com o serviço chamado Fios (5mb down, 2mb up por $35 dólares no pacote que inclui voz).

Ao mesmo tempo, a Verizon começou a montar parcerias para conseguir conteúdo para oferecer o serviço de vídeo.

Agora, a Cablevision está se posicionando de forma agressiva neste mercado usando sua rede de TV a cabo, onde o casamento audio, video e dados está mais adiantado pelo fato do conteúdo de vídeo já ser do seu negócio.

Skype contra Vonage

Agora que o Skype possui o SkypeIn, SkypeOut e Voice Mail, o serviço Skype passa a ser um concorrente direto das operadoras de telefonia baseado em IP.

Vonage é a maior operadora de telefonia IP nos EUA, com 600 mil linhas de assinantes, que pagam uma mensalidade em torno de $25 dólares para 500 minutos livres de telefonia. O Skype possui 35 milhões de usuários registrados, que na maioria não pagam nada para o Skype, em torno de 1,5 milhões já pagaram por créditos no SkypeOut para gerar chamadas na rede de telefonia convencional. (defesa do ponto de vista do modelo de assinatura)

Os modelos de tarifação são diferentes, sendo que a Vonage usa um modelo mais da preferência do americano (all you can eat). Os custos de operação dos dois serviços são relativamente semelhantes para as operadoras, entretanto a Vonage estã levantando capital para investimentos em marketing para aumentar sua base instalada, ao contrário do Skype que tem se difundido apenas de boca em boca.

A competição será mais forte daqui para frente, e pelos números absolutos parece que o Skype está levando a vantagem contra o Vonage, mas ainda é cedo para a conclusão.

Aqui no Brasil as operadoras de telefonia IP estão seguindo mais o modelo Skype, medido pelo uso, com assinatura de baixo custo ou inexistente.

Outras diferenciações sobre VoIP

As grandes empresas de software já estão entendendo melhor o VoIP. VoIP é apenas tecnologia e o que vai fazer a diferença é o que a solução que contém o VoIP pode fazer.

O que é a comunicação digital? Os elementos relevantes são:

• presença,
• colaboração,
• conferência de vídeo, áudio e texto e
  
• compartilhamento de conteúdo (Web, Flash, planilhas, apresentações, etc).

A sorte está lançada, todos os players estão montando soluções fechadas para este futuro, onde o telefone será abandonado. Quanto a massa crítica aparecer, e as pessoas começarem a colocar a identificação na rede fechada de um dos players nos seus cartões de visita, não vai ter mais volta.

Hoje o Skype parece estar na frente, pois já está ficanto comum o uso do ID do Skype nas assinaturas de e-mail. Algum tempo atrás era o ICQ e o MSN, lembram?

Agora a Macromedia está lançando o Breeze 5 e a Microsoft o Office Communicator. Os dois com facilidades tentando atender os ítens acima, se diferenciando no compartilhamento de conteúdo. Provavelmente a Microsoft terá a maior chance em conseguir a massa crítica no futuro por causa da base instalada de Windows, mas nada ainda é garantido.

O Skype mostrou que interfaces simples, intuitivas, sem configuração (just works, como o site diz) e fácil de instalar podem ser a inovação mais relevante que a tecnologia de VoIP.

Telefonia IP será mais do mesmo

É, parece que não tem jeito. Continuaremos pagando ligação telefônica praticamente da mesma maneira na telefonia IP, fixa ou celular.

A questão é que as os usuários comuns (ovelhas?) estão se cadastrando nas redes fechadas IP de telefonia e se submetendo as regulações para completamento de chamada para fora desta rede, seja SkypeOut, Vonage, GVT, etc.

A visão de transformar o SIP no SMTP (protocolo de e-mail) para a telefonia não vai acontecer, a massa crítica não está se formando. Esta massa crítica hoje está se formando mais rapidamente apenas na rede fechada Skype.

As operadoras tradicionais, principalmente as de celulares, estão confiantes que a plataforma IMS (IP Multimedia Subsystem) a ser implementada na rede de terceira geração conseguirão o mesmo resultado através da preservação do seu parque de usuários.

A briga será boa para o usuário, pois é provável que os preços se mantenham baixos até a provável cartelização mais tarde, mas não ganharemos a mesma liberdade do e-mail.

Operação fixa-móvel está fazendo água?

A Brasil Telecom acabou de se desfazer da operação de celular, vendendo todo o serviço para a TIM.

Está certo que a principal razão foi a disputa societária da Brasil Telecom que provocou esta cisão, mas não deixa de mostrar que para muita gente esta associação fixo-móvel não se justifica.

A associação de 6 operadoras fixo-móvel Fixed-Mobile Convergence Alliance (FMCA) formada em meados do ano passado tornou-se irrelevante e a promessa de serviços integrados continua sendo apenas uma promessa.

Não era difícil de prever isso, juntar um mercado estagnado (fixa) com um em crescimento (celular) só faz sentido para quem está no mercado estagnado...

Telefonia IP sem SIP URI não é telefonia IP!

É isso mesmo, a telefonia IP ainda não chegou.

Tudo que estamos vendo aí nada mais é que POTSoIP (Plain Old Telephony System over IP) implementando operadoras privadas de telefonia usando planos privados de discagem.

Será que um dia teremos a promessa cumprida? Parece que não, pois não vejo a massa crítica sendo criada para que o endereço sip:eu@em.algum.lugar passe a fazer sentido...

Ver mais no Richard's Blog.

AOL também terá "Instant Messaging" com VoIP

A AOL deverá lançar até o final do ano um software para "Instant Messaging" com VoIP interno chamado Triton (notícia).
Vai ser difícil conseguir contratacar o Skype, que já tem tudo isso hoje!
É bom que ela consiga algum diferencial para poder fazer alguma diferença.

SIP morreu! Ou não?

Skype está crescendo a 1000% ao ano e, nesta taxa, em dois anos terá 200 milhões de usuários!
O SIP está a vários anos sendo precionado como tecnologia mas ainda não temos um softfone decente que é bonito e fácil de usar de cara na forma que o Skype permite.
Já tem até blogs que estão declarando que a guerra já está perdida...