A idéia que ronda as operadoras é criar uma espécie de ilha de conectividade de alta performance para os clientes e para os serviços prestados pela operadora ou por suas parceiras, e um serviço deliberadamente limitado ou oferecido por preço diferenciado o acesso aos serviços não filiados.
A plataforma IMS foi criada exatamente com este objetivo, que através de mecanismos de QoS (sabotagem?) facilita especialmente o tráfego de interesse destas operadoras, criando "ilhas de conectividade" ou "jardins murados". As operações celular 3G e de integração fixo-móvel futuras prevêem o uso do conteito IMS.
Esta briga está sendo feia, de um lado as operadoras querendo descobrir uma maneira de preservar suas margens absurdas, e do outro lado os grandes prestadores de serviço como Yahoo, Google, Amazon, Vonage, etc. Quem vai ganhar?
Dean Bubley comenta no blog Disruptive Wireless que a visão de Internet controlada pela operadora será difícil de ser implementada. Ele lista alguns problemas que a operadora teria que enfrentar:
- VPNs escondendo o tráfego, impedindo a filtragem e reordenamento pela operadora;
- as aplicações Web estão caminhando para serem desestruturadas, possivelmente requisitando dezenas de requisições Web para diferentes lugares para completar uma atividade (não bastaria prejudicar o QoS do IP da Amazon, por exemplo);
- ter alguém responsável por administrar estes QoS geram um risco legal e contratual que podem envolver clientes e parceiros na área de redes, negócios de dados no atacado, marketing, regulamentação, legal, recursos humanos, grandes contas, etc.;
- aplicações vão evoluir para contornar as limitações impostas pela rede;
- operações de manipulação do tráfego no agregado com certeza provocarão impactos não previstos nos negócios de clientes e parceiros.
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