20 dezembro 2005

Verdadeiro broadband nos EUA aparece depois do Brasil

Om Malik comenta em seu blog que os consumidores dos EUA estão finalmente caminhando para ter um aumento expressivo das velocidades de acesso a Internet e experimentar o verdadeiro broadband pela primeira vez. As velocidades estão caminhando de 512Kbps para 6Mbps, depois 8 e logo 15Mpps.

O curioso é que este movimento foi quase simultâneo com o movimento que está acontecendo no Brasil. Nós aqui das Américas estamos mesmo alguns anos atrás dos países asiáticos (Japão, Coréia do Sul), e todas as novidades estão acontecendo primeiro lá.

Outra observação interessante é a observação do impacto do aumento de banda para os usuários. Já é sabido desde o final dos anos 90 que a banda agregada de dados sendo transportada na Internet cresce muito próximo de uma reta, onde a banda disponível (instalada) é um fator menos condicionante a real banda consumida (desconsiderando condições extremas de banda reprimida).

O uso da navegação Web consome algo como 1mbps. Todas as outras aplicações, desconsiderando downloads, é efetivamente controlado em banda pela outra ponta, e não pela velocidade de acesso.

O download apresenta uma limitação prática, que é o consumo deste dado. Se for música ou vídeo, a banda chega a ficar acima da velocidade de reprodução (muito acima, no caso de música), o que já desencoraja os downloads preventivos (muito antes de um eventual uso do dado).

Tudo isso leva a um limite prático do uso da banda, que caminha a ser muito inferior a banda sendo oferecida ao cliente pelo serviço de broadband. Esta situação já é observada na Coréia do Sul, onde é comum obter acessos de 100mbps e as pessoas usam uma parte muito pequena desta banda.

É possível traçar uma analogia com a energia elétrica, onde a banda disponível é a capacidade do transformador no poste e na fiação de acesso a sua casa, e você consome realmente aquilo que deseja. Seguindo esta analogia, será que no futuro passaremos a ser cobrados pelos gigabytes transportados em vez da velocidade de acesso, da mesma forma que pagamos pelo kwh de energia?

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