Opinião sobre a área de tecnologia, de comunicações digitais, empreendedorismo, motivação, fotografia, e qualquer outro assunto da hora...
12 dezembro 2007
Singapura adotará separação de conectividade e prestação de serviço
Como já discuti isso em vários artigos anteriores, a forma mais inteligente de garantir a competição e permitir o crescimento da conectividade da banda larga é a separação dos negócios de infraestrutura de conectividade dos negócios de prestação de serviço de comunicações.
O exemplo da quebra da British Telecom entre estes dois negócios foi um dos primeiros e mostrou exatamente o sucesso desta iniciativa.
Brough discute neste artigo a decisão de Singapura de adotar este conceito na implantação do seu plano de rede de nova geração, mostrando que o monopólio natural ocorre exatamente dos direitos de acesso às residências e empresas, devido ao custo de instalação e manutenção e pelo longo prazo para a recuperação deste investimento.
Obrigando empresas que trabalham nos acessos a oferecerem conectividade no atacado de forma regulada para empresas prestadoras de serviço permite que todo um ecossistema seja desenvolvido com alta competitividade.
08 novembro 2007
Você pagaria $250 dólares por este telefone?
Você tem que ver que este telefone não é um telefone qualquer...
É tri-band, usa cartão SIM de qualquer operadora, e a bateria aguenta em torno de 4 dias sem recarregar.
Sem falar que é robusto, difícil de perder, se encaixa muito bem no ouvido e o som e o ring são tradicionalíssimos.
Fonte: MichiganTelephone
26 setembro 2007
Diferenciação nas operadoras VoIP apenas por preço
Alec Saunders mostra por A mais B que operadoras VoIP competindo apenas por preço com operadoras convencionais é uma estratégia perdedora em médio prazo.
Várias operadoras VoIP estão em dificuldades financeiras, em especial a maior de todas Vonage. Não bastasse a dificuldade de atrair novos clientes, a briga por propriedade intelectual com a Sprint gerou ainda mais um revés.
Alec mostra que a diferenciação tem que vir de outra coisa além de preço, pois preço é um jogo que as operadoras podem jogar também. A Skype mostra que é possível enfrentar as operadoras usando outros modelos de negócio.
Várias operadoras VoIP estão em dificuldades financeiras, em especial a maior de todas Vonage. Não bastasse a dificuldade de atrair novos clientes, a briga por propriedade intelectual com a Sprint gerou ainda mais um revés.
Alec mostra que a diferenciação tem que vir de outra coisa além de preço, pois preço é um jogo que as operadoras podem jogar também. A Skype mostra que é possível enfrentar as operadoras usando outros modelos de negócio.
31 julho 2007
Conectividade aberta no atacado sugerida pela Google não foi aprovada
A FCC foi realmente conservadora e não aceitou as principais provisões sugeridas pelo Google para a licitação das freqüências de 700MHz.
As obrigações sugeridas de aceitar qualquer uso e por qualquer dispositivo terminal foram aceitas, o que defendem pelo menos o conceito de Net Neutrality, só que a obrigação que acabaria por criar um mercado competitivo de conectividade sem fio através da obrigação de oferecer o serviço no atacado a empresas terceiras foram vistas como um favorecimento direto ao Google.
Parece que nos EUA ainda não foi desta vez que o duopólio será combatido.
As obrigações sugeridas de aceitar qualquer uso e por qualquer dispositivo terminal foram aceitas, o que defendem pelo menos o conceito de Net Neutrality, só que a obrigação que acabaria por criar um mercado competitivo de conectividade sem fio através da obrigação de oferecer o serviço no atacado a empresas terceiras foram vistas como um favorecimento direto ao Google.
Parece que nos EUA ainda não foi desta vez que o duopólio será combatido.
30 julho 2007
Enfim o Wireless USB substituirá os cabos
O Wireless USB é a nova especificação do grupo de tecnologias USB que enfim resolve o problema do uso dos incômodos cabos.
O Wireless USB é baseada na tecnologia Ultra WideBand (UWB) e é capaz de transmitir até 480Mbps a 3 metros (equivalente ao USB 2.0) ou 110Mbps a 10 metros.
Alguns notebooks já estão sendo anunciados com suporte nativo a tecnologia, o que permitirá conexões de velocidade altas com diversos dispositivos, sem a necessidade de disputar as portas USB presentes no computador.
A primeira grande leva de produtos com certeza será dos adaptadores USB2.0 para Wireless USB e vice-versa, o que permitirá que você ligue um adaptador na sua impressora USB e outro na porta USB do seu computador atual e permita a ligação em alta velocidade sem alterar a funcionalidade existente.
A tendência é que esta tecnologia se popularize ainda mais que o USB por cabo. Provavelmente logo veremos filmadoras, home threaters, aparelhos de som, aparelhos de som de carro sem nenhum conector que não seja de alimentação exposto, mas permitindo uma infinidade de tipos de conexões sem fio e trocando informações.
Imagine transferir suas músicas de um Wireless Pen Drive para a memória interna do seu aparelho de som de seu carro sem conectar nada, ou ligar sua TV de alta definição, seu home theater, seu videogame e sua filmadora e os únicos cabos existentes sejam os de alimentação.
Para isso acontecer, só falta a popularização da tecnologia e a simplificação do hardware necessário. Para isso, a WisAir acabou de lançar um chip com toda a tecnologia integrada, o que permitirá o uso em dispositivos pequenos e consumo ainda menor de energia.
O Wireless USB é baseada na tecnologia Ultra WideBand (UWB) e é capaz de transmitir até 480Mbps a 3 metros (equivalente ao USB 2.0) ou 110Mbps a 10 metros.
Alguns notebooks já estão sendo anunciados com suporte nativo a tecnologia, o que permitirá conexões de velocidade altas com diversos dispositivos, sem a necessidade de disputar as portas USB presentes no computador.
A primeira grande leva de produtos com certeza será dos adaptadores USB2.0 para Wireless USB e vice-versa, o que permitirá que você ligue um adaptador na sua impressora USB e outro na porta USB do seu computador atual e permita a ligação em alta velocidade sem alterar a funcionalidade existente.
A tendência é que esta tecnologia se popularize ainda mais que o USB por cabo. Provavelmente logo veremos filmadoras, home threaters, aparelhos de som, aparelhos de som de carro sem nenhum conector que não seja de alimentação exposto, mas permitindo uma infinidade de tipos de conexões sem fio e trocando informações.
Imagine transferir suas músicas de um Wireless Pen Drive para a memória interna do seu aparelho de som de seu carro sem conectar nada, ou ligar sua TV de alta definição, seu home theater, seu videogame e sua filmadora e os únicos cabos existentes sejam os de alimentação.
Para isso acontecer, só falta a popularização da tecnologia e a simplificação do hardware necessário. Para isso, a WisAir acabou de lançar um chip com toda a tecnologia integrada, o que permitirá o uso em dispositivos pequenos e consumo ainda menor de energia.
25 julho 2007
Itália também busca separação de varejo e atacado nas redes telefônicas
Continuando o assunto da postagem anterior, agora os reguladores da Itália ficaram com inveja do sucesso obtido com a separação da British Telecom em varejo e atacado e estão estudando copiar o modelo.
A idéia é obrigar a Telecom Italia a criar uma unidade de negócio com gerenciamento separado para a gestão das linhas telefônicas. Com isso, operadoras de varejo poderão oferecer telefonia, VoIP e xDSL sobre o par telefônico se utilizando da infraestrutura existente.
Alguma chance da ANATEL obrigar a Telemar/Oi, BrasilTelecom e a Telefonica permitir o uso dos pares de fios para outros ISPS? O que você acha? :-)
A idéia é obrigar a Telecom Italia a criar uma unidade de negócio com gerenciamento separado para a gestão das linhas telefônicas. Com isso, operadoras de varejo poderão oferecer telefonia, VoIP e xDSL sobre o par telefônico se utilizando da infraestrutura existente.
Alguma chance da ANATEL obrigar a Telemar/Oi, BrasilTelecom e a Telefonica permitir o uso dos pares de fios para outros ISPS? O que você acha? :-)
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23 julho 2007
Google quebrará o duopólio das comunicações nos EUA?
Já comentei várias vezes que a maneira mais certa de conseguir aumentar a competição nos serviços de comunicação móveis ou fixas de voz ou de dados é a separação dos negócios de comunicação no atacado e do varejo.
Esta foi a técnica adotada pelos reguladores com a British Telecom, onde a empresa foi obrigada a ser dividida exatamente nestes termos.
Também foi o caso na França, onde os reguladores obrigaram a France Telecom vender o uso do par de fios e de espaço em suas centrais para prestadores de serviços no varejo, como a Free.
Nos EUA, o duopólio da AT&T e da Verizon come solto, com o pessoal da FCC claramente trabalhando para defender os interesses destas incumbents.
Agora aparece o espectro de 700MHz que hoje é utilizado para TV analógica e que deverá ter este uso descontinuado em 2009 para dar espaço para outras aplicações. A grande vantagem desta freqüência é o fato de ter longo alcance e ser uma faixa que atravessa muito bem obstáculos como paredes.
A FCC deseja fazer uma licitação convencional, oferecendo as tradicionais empresas de telefonia o seu uso. Já a Google está fazendo lobby para conseguir que a freqüência seja utilizada de forma não discriminatória e aberta para competição.
As operadoras convencionais provavelmente desejarão ganhar a licitação para evitar que apareçam competidores e que possa preservar a rentabilidade do duopólio estabelecido.
A idéia da Google é exatamente conseguir que a FCC adote uma metodologia que está dando certo em alguns lugares do mundo, a separação do negócio de comunicação no atacado do negócio do varejo. A empresa que ganhar a licitação seria impedida de oferecer serviços a clientes finais e seria obrigada a oferecer conectividade no atacado para outras prestadoras de serviços especializadas no varejo.
A FCC está argumentando que a adoção de regras restritivas na licitação, reduzirá a atratividade do negócio para as operadoras, e que por isso seria contrário ao interesse da sociedade de viabilizar e rentabilizar o Estado com a licitação.
Agora o Chairman da Google Eric Schmidt fez uma oferta para a FCC que não pode recusar: a Google oferecerá no mínimo $4,6 bilhões de dólares para participar desta licitação, desde que as exigências de abertura da rede sejam definidos pela FCC para qualquer dos ganhadores da licitação.
Isto destrói o argumento de que não haveria interessados na licitação caso a FCC definisse regras restritivas sobre o ganhador da licitação, colocando a FCC numa situação difícil de ter que escolher o melhor para sociedade em vez de defender os interesses dos lobbistas.
Os EUA caminham para uma situação inusitada: interesses corporativos de uma empresa (a Google) estão tentando forçar o governo a caminhar para uma situação de maior competição.
Esta foi a técnica adotada pelos reguladores com a British Telecom, onde a empresa foi obrigada a ser dividida exatamente nestes termos.
Também foi o caso na França, onde os reguladores obrigaram a France Telecom vender o uso do par de fios e de espaço em suas centrais para prestadores de serviços no varejo, como a Free.
Nos EUA, o duopólio da AT&T e da Verizon come solto, com o pessoal da FCC claramente trabalhando para defender os interesses destas incumbents.
Agora aparece o espectro de 700MHz que hoje é utilizado para TV analógica e que deverá ter este uso descontinuado em 2009 para dar espaço para outras aplicações. A grande vantagem desta freqüência é o fato de ter longo alcance e ser uma faixa que atravessa muito bem obstáculos como paredes.
A FCC deseja fazer uma licitação convencional, oferecendo as tradicionais empresas de telefonia o seu uso. Já a Google está fazendo lobby para conseguir que a freqüência seja utilizada de forma não discriminatória e aberta para competição.
As operadoras convencionais provavelmente desejarão ganhar a licitação para evitar que apareçam competidores e que possa preservar a rentabilidade do duopólio estabelecido.
A idéia da Google é exatamente conseguir que a FCC adote uma metodologia que está dando certo em alguns lugares do mundo, a separação do negócio de comunicação no atacado do negócio do varejo. A empresa que ganhar a licitação seria impedida de oferecer serviços a clientes finais e seria obrigada a oferecer conectividade no atacado para outras prestadoras de serviços especializadas no varejo.
A FCC está argumentando que a adoção de regras restritivas na licitação, reduzirá a atratividade do negócio para as operadoras, e que por isso seria contrário ao interesse da sociedade de viabilizar e rentabilizar o Estado com a licitação.
Agora o Chairman da Google Eric Schmidt fez uma oferta para a FCC que não pode recusar: a Google oferecerá no mínimo $4,6 bilhões de dólares para participar desta licitação, desde que as exigências de abertura da rede sejam definidos pela FCC para qualquer dos ganhadores da licitação.
Isto destrói o argumento de que não haveria interessados na licitação caso a FCC definisse regras restritivas sobre o ganhador da licitação, colocando a FCC numa situação difícil de ter que escolher o melhor para sociedade em vez de defender os interesses dos lobbistas.
Os EUA caminham para uma situação inusitada: interesses corporativos de uma empresa (a Google) estão tentando forçar o governo a caminhar para uma situação de maior competição.
16 julho 2007
Wideband em celulares já em 2008?
Brought comenta que existem boatos que uma operadora francesa planeja oferecer serviço de voz usando codecs Wideband entre os telefones celulares.
Em abril deste ano comentei que o wideband acabaria aparecendo apenas através do VoIP, como um diferencial da telefonia convencional, mas parece que existe a possibilidade da telefonia celular inovar usando sua tecnologia atual.
Se começarem a aparecer telefones celulares wideband, existem grandes chances de termos uma nova explosão de trocas de aparelhos e também acabar de vez com a telefonia fixa. A experiência do áudio wideband para os usuários terá um efeito semelhante ao da troca de um rádio em AM para um rádio FM.
Em abril deste ano comentei que o wideband acabaria aparecendo apenas através do VoIP, como um diferencial da telefonia convencional, mas parece que existe a possibilidade da telefonia celular inovar usando sua tecnologia atual.
Se começarem a aparecer telefones celulares wideband, existem grandes chances de termos uma nova explosão de trocas de aparelhos e também acabar de vez com a telefonia fixa. A experiência do áudio wideband para os usuários terá um efeito semelhante ao da troca de um rádio em AM para um rádio FM.
05 julho 2007
iPhone coloca operadora em segundo plano
O tão falado iPhone da Apple foi lançado na sexta passada. Até aí não é nenhuma novidade já que fomos bombardeados com esta notícia sem parar a vários dias...
O que é menos falado é o que este lançamento marca na mudança de como a telefonia celular é vendida e como seu valor é percebido.
Está certo que atualmente o aparelho está amarrado com a AT&T, mas claramente se vê é que as pessoas estão comprando o aparelho e não o serviço. É o eletrônico de consumo que está puxando o negócio.
Sem falar que a AT&T não pode bloquear demais as facilidades do aparelho que são independentes da AT&T. O browser Web, o leitor de e-mail, a integração com o iTunes são todos elementos que, apesar de poderem funcionar na rede EDGE da AT&T, vão mesmo ser muito mais rápidos e baratos utilizando as redes Wi-Fi já bastande disponíveis.
O conteúdo, ou vem da Web, ou vem da Apple pelo iTunes. O aparelho é da Apple e é vendido como como ícone com margens bastante significativas. Sobrou para AT&T apenas cobrar pelo minuto da chamada e pelo uso do EDGE para dados, serviços que são comoditizados e com preço em queda.
Claramente se vê que o poder de controle da experiência está caminhando da operadora para os vendedores dos aparelhos e para o próprio consumidor.
O que é menos falado é o que este lançamento marca na mudança de como a telefonia celular é vendida e como seu valor é percebido.
Está certo que atualmente o aparelho está amarrado com a AT&T, mas claramente se vê é que as pessoas estão comprando o aparelho e não o serviço. É o eletrônico de consumo que está puxando o negócio.
Sem falar que a AT&T não pode bloquear demais as facilidades do aparelho que são independentes da AT&T. O browser Web, o leitor de e-mail, a integração com o iTunes são todos elementos que, apesar de poderem funcionar na rede EDGE da AT&T, vão mesmo ser muito mais rápidos e baratos utilizando as redes Wi-Fi já bastande disponíveis.
O conteúdo, ou vem da Web, ou vem da Apple pelo iTunes. O aparelho é da Apple e é vendido como como ícone com margens bastante significativas. Sobrou para AT&T apenas cobrar pelo minuto da chamada e pelo uso do EDGE para dados, serviços que são comoditizados e com preço em queda.
Claramente se vê que o poder de controle da experiência está caminhando da operadora para os vendedores dos aparelhos e para o próprio consumidor.
17 maio 2007
Dicas sobre o futuro da TV
Ótimo artigo de David S. Isenberg analisando o futuro da TV. Quatro aspectos são observados que demonstram para onde a sociedade está indo:
- Conteúdo gerado pelos usuários finais: já existe uma quantidade enorme de conteúdo gerado pelos usuários com qualidades variadas. A maior parte é de baixa qualidade, mas a seleção natural está permitindo que várias fontes na Web sejam consideradas melhores que qualquer outra publicação convencional ou programa televisivo;
- RSS (Really Simple Syndication), o protocolo tipo "pull" para busca de conteúdo novo para blog e podcasts é o novo meio de fazer a publicação do conteúdo, quase como escolher a dezena de canais que você recebe na TV a cabo entre uma seleção de vários milhões de canais;
- Dispositivos: iPod para consumo de áudio. Precisa dizer mais?
- Downloads mais-rápidos-que-tempo-real: hoje a TV e o rádio abastecem o seu dispositivo de recepção na mesma velocidade que é consumido, ou seja, é em tempo real (realtime). O download de um MP3 ou até de um vídeo pelo youtube hoje é implementado em velocidade superior ao tempo real, permitindo que em alguns segundos você possa abastecer 2 minutos de áudio no seu iPod, por exemplo.
15 maio 2007
Redes municipais W-Fi mesh comunitárias
Já tinha comentado sobre o equipamento da Meraki que permite a montagem simples de redes Wi-Fi Mesh de custos muito baixos.
Neste mesmo artigo tinha comentado também que iniciativas comunitárias poderiam entrar em conflito com as redes sendo preparadas e operadas por iniciativas das cidades.
Pois então, a construção da rede Wi-Fi municipal de San Francisco anda complicada pelos conflitos políticos e corporativos, o que não impediu que uma iniciativa privada comunitária começasse a formar uma rede pública baseada em roteadores Meraki e custeadas pelos próprios instaladores dos nós da rede.
09 maio 2007
Salesforce.com integrado ao Skype
Considerando que a ligação telefônica cada vez mais torna-se um commodity de valor muito baixo, claramente se forma uma tendência de tornar a comunicação um acessório das soluções de serviço inteligente de gerenciamento de contatos e relacionamentos.
Este é o caso da anunciada integração implementada pela PamConsult GmbH, um parceiro da Skype Developer Program que disponibilizou na plataforma AppExchange da Salesforce.com um módulo de integração das aplicações.
Com isso, de dentro da aplicação de CRM da Salesforce é possível iniciar contatos de chat e de voz com parceiros ou consumidores diretamente pelo Skype ou pelo SkypeOut no caso da outra ponta não pertencer a rede Skype.
Chamadas recebidas pelo Skype automaticamente abrem janelas pop-up do Salesforce que permitem o registro imediato do relacionamento em questão, mostrando inclusive o relacionamento passado do usuário que iniciou o contato.
Este é o caso da anunciada integração implementada pela PamConsult GmbH, um parceiro da Skype Developer Program que disponibilizou na plataforma AppExchange da Salesforce.com um módulo de integração das aplicações.
Com isso, de dentro da aplicação de CRM da Salesforce é possível iniciar contatos de chat e de voz com parceiros ou consumidores diretamente pelo Skype ou pelo SkypeOut no caso da outra ponta não pertencer a rede Skype.
Chamadas recebidas pelo Skype automaticamente abrem janelas pop-up do Salesforce que permitem o registro imediato do relacionamento em questão, mostrando inclusive o relacionamento passado do usuário que iniciou o contato.
03 maio 2007
Todas as linhas fixas serão desativadas até 2013
Com uma chamada destas com certeza consegui sua atenção.
Só que a previsão não é minha, é de Tom Evlsin que argumenta que telefones Wi-Fi com VoIP substituirão qualquer vantagem que a telefonia fixa ainda preserva em comparação com a telefonia celular.
Hoje a principal razão do uso da telefonia fixa é o custo mais baixo das ligações telefônicas, mas com a popularização do broadband, dos roteadores Wi-Fi e dos celulares com capacidade de chamadas SIP através de operadoras VoIP muito baratas logo não teremos necessidade de manter aquele telefone sem fio ligado na rede fixa nas nossas casas.
Com a contínua sangria provocada pelas desativações das linhas fixas, logo não será justificável comercialmente para as operadoras manterem suas antiquadas redes de pares de fios de cobre espalhadas pela cidade.
Só que a previsão não é minha, é de Tom Evlsin que argumenta que telefones Wi-Fi com VoIP substituirão qualquer vantagem que a telefonia fixa ainda preserva em comparação com a telefonia celular.
Hoje a principal razão do uso da telefonia fixa é o custo mais baixo das ligações telefônicas, mas com a popularização do broadband, dos roteadores Wi-Fi e dos celulares com capacidade de chamadas SIP através de operadoras VoIP muito baratas logo não teremos necessidade de manter aquele telefone sem fio ligado na rede fixa nas nossas casas.
Com a contínua sangria provocada pelas desativações das linhas fixas, logo não será justificável comercialmente para as operadoras manterem suas antiquadas redes de pares de fios de cobre espalhadas pela cidade.
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30 abril 2007
Consolidação em andamento: Tim e Vivo com mesmo dono
A Telefónica adquiriu o controle da Telecom Itália por $4bi botando fim nas especulações de quem seria o novo dono dos negócios da Telecom Itália e, portanto, da Tim: a AT&T/TelMex desistiu/perdeu.
Agora fica a dúvida sobre o que vai acontecer aqui no Brasil. É um pepino para a ANATEL: a Tim e a Vivo são exatamente as maiores operadoras.
Agora fica a dúvida sobre o que vai acontecer aqui no Brasil. É um pepino para a ANATEL: a Tim e a Vivo são exatamente as maiores operadoras.
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27 abril 2007
IMS R4, o IMS que é apenas SIP
Interessante como o marketing e a tecnologia caminham.
A plataforma IMS (IP Multimedia System) está a muitos anos sendo especificada pela 3GPP, a organização que especifica padrões para wireless.
Esta plataforma IMS não é bem vista por muitos, porque até agora não se descobriu um grande valor para os usuários que seja um diferencial, sendo mais uma maneira de utilizar a comoditização e o barateamento provocados pela VoIP, mas preservando o modelo de ambiente fechado das redes de voz atuais tentando preservar seus monopólios através de sobreposições de controles pesados em cima do SIP.
Só que a maior parte do valor que o IMS iria entregar aos usuários já está sendo oferecida pelas operadoras VoIP atuais, sejam baseadas em SIP ou proprietárias como o Skype.
Agora olha só o que os fornecedores tem inventado para salvar a cara: a primeira versão do IMS apareceu no 3GPP release 5, então criaram o termo IMS R4 para descrever o uso de softswitches SIP convencionais sobre a rede wireless, sem nada das gestões de QoS, controle de acesso, etc. especificados para o IMS.
Basicamente, fornecedores como a Ericson, Nokia e Huawei implementaram redes ditas IMS, usando especificações 3GPP R4 (pre-IMS), softswitches e aplicações SIP específicas para implementar Push-to-Talk,
Pelo jeito o IMS veio para ficar, basta definir IMS apropriadamente.
A plataforma IMS (IP Multimedia System) está a muitos anos sendo especificada pela 3GPP, a organização que especifica padrões para wireless.
Esta plataforma IMS não é bem vista por muitos, porque até agora não se descobriu um grande valor para os usuários que seja um diferencial, sendo mais uma maneira de utilizar a comoditização e o barateamento provocados pela VoIP, mas preservando o modelo de ambiente fechado das redes de voz atuais tentando preservar seus monopólios através de sobreposições de controles pesados em cima do SIP.
Só que a maior parte do valor que o IMS iria entregar aos usuários já está sendo oferecida pelas operadoras VoIP atuais, sejam baseadas em SIP ou proprietárias como o Skype.
Agora olha só o que os fornecedores tem inventado para salvar a cara: a primeira versão do IMS apareceu no 3GPP release 5, então criaram o termo IMS R4 para descrever o uso de softswitches SIP convencionais sobre a rede wireless, sem nada das gestões de QoS, controle de acesso, etc. especificados para o IMS.
Basicamente, fornecedores como a Ericson, Nokia e Huawei implementaram redes ditas IMS, usando especificações 3GPP R4 (pre-IMS), softswitches e aplicações SIP específicas para implementar Push-to-Talk,
Pelo jeito o IMS veio para ficar, basta definir IMS apropriadamente.
24 abril 2007
Time Warner Cable permite seus clientes instalarem roteadores Wi-Fi Fon
Time Warner Cable nos EUA fechou um acordo com a Fon para permitir que os clientes de banda larga deles possam compartilhar o acesso a rede para outras pessoas através do serviço Wi-Fi da Fon.
A Fon, apesar de ser uma organização privada, foi criada para implementar um mecanismo de compartilhamento de acessibilidade Wi-Fi aberta para quem pertence a rede.
Para pertencer a rede é necessário adquirir um roteador Wi-Fi LinkSys especificamente modificado por eles para que permita um acesso controlado a todos os equipamentos que pertençam a rede.
O interessante deste acordo é que com a legitimidade de uma operadora a cabo os usuários se sentirão estimulados a entrarem na Fon e ganharem os benefícios de acessar a Internet de graça em qualquer lugar do mundo onde um roteador Fon for encontrado.
Com isso surge uma alternativa legítima às iniciativas de cobertura de cidades por Wi-Fi com investimento público ou de organizações privadas (como a Vex): a do investimento privado comunitário.
A Fon, apesar de ser uma organização privada, foi criada para implementar um mecanismo de compartilhamento de acessibilidade Wi-Fi aberta para quem pertence a rede.
Para pertencer a rede é necessário adquirir um roteador Wi-Fi LinkSys especificamente modificado por eles para que permita um acesso controlado a todos os equipamentos que pertençam a rede.
O interessante deste acordo é que com a legitimidade de uma operadora a cabo os usuários se sentirão estimulados a entrarem na Fon e ganharem os benefícios de acessar a Internet de graça em qualquer lugar do mundo onde um roteador Fon for encontrado.
Com isso surge uma alternativa legítima às iniciativas de cobertura de cidades por Wi-Fi com investimento público ou de organizações privadas (como a Vex): a do investimento privado comunitário.
16 abril 2007
Consolidação das Operadoras no Brasil
Dave Burstein comenta em sua newsletter:
Entretanto no mercado brasileiro ainda sobrevive alguns elementos competitivos: a vontade da Telefónica de brigar pelo seu espaço, e a visão nacionalista de criar uma poderosa empresa nacional (visão do nosso ministro Hélio Costa) para poder competir com estas forças.
Para isso, ou por causa disso, poderosas forças políticas estão brigando para minar a estrutura competitiva montada no processo de privatização e permitir o agrupamento das empresas de telefonia e de TV a cabo sem limites.
Todas as empresas de telefonia do Brasil já estão fazendo seu dever de casa para recuperar a rentabilidade e interromper todos os processos de investimento, sinal de que estão todos se posicionando para a "consolidação" do mercado.
Considerando que a ANATEL mal consegue manter um ambiente competitivo nas condições de hoje, já dá para prever o que vai acontecer quando a tal da "consolidação" chegar.
Ed Whitacre is the most powerful man on the Internet, despite being unknown outside the industry. AT&T has the largest international backbone and the dominant position in the United States. Ed made over $100M from his options at AT&T in 2006. Profits went up, dividends and buybacks even more so, and the stock price recovered about a third of its previous losses. The comeback was fueled by price increases made possible by buying out the competition and politicians, while cutting capital spending in half, to a remarkable 30% less than depreciation.Ou seja, AT&T está tentando descobrir como tirar dinheiro o mais rápido possível do virtual monopólio montado com a reunificação da empresa.
Ed’s old partner, Carlos Slim of Telmex wants to dominate wireless in Brazil, so Ed Whitacre is buying a piece of Telecom Italia and bearding the Mexican, as well as supplying half the cash. Slim of Telmex has a $10B side interest in this deal: that’s what he’s separately offering for TIM Brazil, per Christopher King of Stifel. TIM Brazil is the #2 wireless carrier with high profit margins. Slim and Whitacre would control a $30B+ company by paying $3.4B for 66% of Olimpia/Olivetti, which in turn owns 18% of Telecom Italia. A very slim price to influence the sale of Brazilian assets,Numa ação relativamente coordenada, este processo tende a se estender sobre toda a América Latina através da compra das empresas de telecomunicações e a montagem de monopólios privados cada vez mais fortes.
Slim brought Big Ed early to Telmex, and SBC’s investment has gone up ten-fold. Ed returned the favor in 2001 by overpaying $100M buying Prodigy deal from board member Slim. Om Malik calls them the “Tango and Cash” of telecom. Their business strategies have been similar for the last few years. Cut investment, keep prices high, and support generously friendly politicians to avoid competition. SBC’s typical capex has been 30% less than depreciation. Their likely moves will be to fire tens of thousands at Telecom Italia, while resisting Gentiloni’s demand for investing in broadband for all Italians. Italian politicians who go along can expect generous awards, such as the cool million SBC dropped on Illinois Congressman Bobby Rush.Portanto a Telmex (controladora da Embratel, Claro e parte da NET) esta buscando o mesmo processo que aconteceu nos EUA: a unificação em uma grande e poderosa empresa de comunicações, tipo a AT&T.
Entretanto no mercado brasileiro ainda sobrevive alguns elementos competitivos: a vontade da Telefónica de brigar pelo seu espaço, e a visão nacionalista de criar uma poderosa empresa nacional (visão do nosso ministro Hélio Costa) para poder competir com estas forças.
Para isso, ou por causa disso, poderosas forças políticas estão brigando para minar a estrutura competitiva montada no processo de privatização e permitir o agrupamento das empresas de telefonia e de TV a cabo sem limites.
Todas as empresas de telefonia do Brasil já estão fazendo seu dever de casa para recuperar a rentabilidade e interromper todos os processos de investimento, sinal de que estão todos se posicionando para a "consolidação" do mercado.
Considerando que a ANATEL mal consegue manter um ambiente competitivo nas condições de hoje, já dá para prever o que vai acontecer quando a tal da "consolidação" chegar.
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10 abril 2007
Como fazer uma rede mesh simples entre apartamentos?
Até agora, para formar uma rede mesh Wi-Fi era necessário adquirir equipamentos caros e avançados da Tropos, BelAir, etc, para a montagem de redes municipais de uso público.
Agora uma startup americana chamada Meraki desenvolveu um pequeno rodeador doméstico de $50 dólares chamado Meraki Mini que, de forma muito trivial e gastando apenas uma tomada a cada 3 a 4 apartamentos, permite a distribuição de acesso broadband por Wi-Fi para todo um condomínio.
O negócio é tão bacana que instituições sem fins lucrativos como a Netequality está usando esta tecnologia para implementar inclusão digital em comunidades de baixa renda nos EUA.
O único problema é que como usa freqüências não regulada, já existe gente prevendo conflitos entre iniciativas de cobertura Wi-Fi municipais e iniciativas comunitárias locais disputando a banda de freqüência.
Obs: Locais onde encontrar o Meraki aqui no Brasil: WNI do Brasil.
Penetração do broadband no mundo
Artigo interessante no GigaOM expõe como está o crescimento da planta de broadband.
Informações interessantes:
- Em 2006, 67 milhões passaram a ter broadband, totalizando 281 milhões de usuários ativos;
- DSL é a tecnologia usada por 2/3 dos acessos;
- FTTH chegou a 10% .
05 abril 2007
Wideband móvel
Quando mudamos do telefone fixo para o móvel, aceitamos uma perda da qualidade do áudio em troca da mobilidade que o celular oferece.
A qualidade do áudio é pior devido a codificação usada para aumentar a capacidade de telefones em uso simultâneos da faixa de radiofreqüência reservada para a operadora.
Só que a tecnologia de codificação evoluiu muito, e a capacidade de processamento dos terminais está também aumentando, permitindo que com um pequeno aumento da banda de radiofreqüência seja possível melhorar bastante a qualidade do áudio, em especial através do aumento da faixa de freqüência do áudio capturado pelos terminais, tecnologia essa chamada de wideband.
Hoje, tanto o telefone fixo como o móvel utilizam um limitador no áudio obtido no seu microfone, permitindo que apenas o intervalo de 300Hz a 3.4kHz seja possível representar no áudio que sai no outro telefone.
Já tinha comentado neste artigo, mas com o wideband, podemos ir até quase 8KHz ou até mesmo 16KHz, permitindo que seja possível escutar nuances da voz que normalmente não escutamos nas ligações telefônicas. Esta é uma razão do porquê da qualidade do Skype ser tão boa, o Skype usa um codec wideband desde a primeira versão.
Agora, com a popularização dos telefones tipo PDA, e com a banda de 3G e Wi-Fi, já não existe impedimento técnico para o uso disseminado desta tecnologia, falta agora ter um padrão e uma força de mudança vinda das operadoras e/ou dos fabricantes de celular.
Um exemplo de testes por uma operadora foi uma demonstração da DoCoMo no Japão de um terminal tipo PDA com capacidade de wideband.
A qualidade do áudio é pior devido a codificação usada para aumentar a capacidade de telefones em uso simultâneos da faixa de radiofreqüência reservada para a operadora.
Só que a tecnologia de codificação evoluiu muito, e a capacidade de processamento dos terminais está também aumentando, permitindo que com um pequeno aumento da banda de radiofreqüência seja possível melhorar bastante a qualidade do áudio, em especial através do aumento da faixa de freqüência do áudio capturado pelos terminais, tecnologia essa chamada de wideband.
Hoje, tanto o telefone fixo como o móvel utilizam um limitador no áudio obtido no seu microfone, permitindo que apenas o intervalo de 300Hz a 3.4kHz seja possível representar no áudio que sai no outro telefone.
Já tinha comentado neste artigo, mas com o wideband, podemos ir até quase 8KHz ou até mesmo 16KHz, permitindo que seja possível escutar nuances da voz que normalmente não escutamos nas ligações telefônicas. Esta é uma razão do porquê da qualidade do Skype ser tão boa, o Skype usa um codec wideband desde a primeira versão.
Agora, com a popularização dos telefones tipo PDA, e com a banda de 3G e Wi-Fi, já não existe impedimento técnico para o uso disseminado desta tecnologia, falta agora ter um padrão e uma força de mudança vinda das operadoras e/ou dos fabricantes de celular.
Um exemplo de testes por uma operadora foi uma demonstração da DoCoMo no Japão de um terminal tipo PDA com capacidade de wideband.
02 abril 2007
Como será que a música será vendida daqui para a frente?
Não muito tempo atrás, mantínhamos uma coleção de bolachas de vinil dentro de sacos plásticos e acondicionadas em envelopes de papel cartão para poder ter momentos agradáveis sozinhos ou com os amigos aproveitando boas músicas. O pânico naquela época era os malditos riscos que produziam estalos insurportáveis quando manipulávamos os discos de maneira inadequada.
A quase uns 20 anos atrás, o CD se popularizou e, um aparelho menor e mais simples que a vitrola
trouxe o som digital puro para os nossos ouvidos. Escutar música nunca mais foi a mesma coisa.
Um monte de gente passou a gastar uma grana para reconstruir seus acervos de clássicos agora na mídia ótica, pois claramente o vinil se mostrava com os dias contados.
Só que nos últimos anos estamos vendo uma nova transição: estamos escutando nossas músicas em MP3 players, guardando músicas em pen-drives e nos discos rígidos no computador. A mídia ótica está deixando de ser atrativa, e estamos obtendo nossas músicas por trocas entre mídias, on-line e off-line.
Mark Cuban escreveu um artigo interessante comentando sobre isso, observando que a indústria terá que se reinventar rapidamente para sobreviver, pois a venda de CDs está com os dias contados.
A quase uns 20 anos atrás, o CD se popularizou e, um aparelho menor e mais simples que a vitrola
trouxe o som digital puro para os nossos ouvidos. Escutar música nunca mais foi a mesma coisa.
Um monte de gente passou a gastar uma grana para reconstruir seus acervos de clássicos agora na mídia ótica, pois claramente o vinil se mostrava com os dias contados.
Só que nos últimos anos estamos vendo uma nova transição: estamos escutando nossas músicas em MP3 players, guardando músicas em pen-drives e nos discos rígidos no computador. A mídia ótica está deixando de ser atrativa, e estamos obtendo nossas músicas por trocas entre mídias, on-line e off-line.
Mark Cuban escreveu um artigo interessante comentando sobre isso, observando que a indústria terá que se reinventar rapidamente para sobreviver, pois a venda de CDs está com os dias contados.
26 março 2007
Prefeituras autorizadas a operar Wi-Fi
Depois de tantos fatos consumados, a ANATEL agora arranjou um jeitinho para considerar este modo de operação como legal.
Ainda não é possível que a prefeitura possa obter alguma remuneração pelo serviço, o que obriga as prefeituras oferecer o serviço apenas de graça para a população, mas que é exatamente a melhor forma de facilitar a inclusão digital nas pequenas cidades.
A gambiarra parece que envolveu buscar algum subterfúgio para a legalização e então arranjaram um tal de serviço limitado privado para que as prefeituras não precisem montar empresa de capital privado ou misto para operar uma licença de comunicação multimídia (SCM).
Pelo jeito isto é que é maneira de implementar política pública no Brasil...
Ainda não é possível que a prefeitura possa obter alguma remuneração pelo serviço, o que obriga as prefeituras oferecer o serviço apenas de graça para a população, mas que é exatamente a melhor forma de facilitar a inclusão digital nas pequenas cidades.
A gambiarra parece que envolveu buscar algum subterfúgio para a legalização e então arranjaram um tal de serviço limitado privado para que as prefeituras não precisem montar empresa de capital privado ou misto para operar uma licença de comunicação multimídia (SCM).
Pelo jeito isto é que é maneira de implementar política pública no Brasil...
12 março 2007
Skype Prime, 0900 do Skype
Não muito tempo atrás (até 1997/1998) convivíamos com o serviço 0900 oferecido pelas teles. O preço das chamadas era muito superior e permitia que um terceiro prestasse serviços e que fosse remunerado pela operadora, algo como 30% do custo da ligação. As reclamações e as ações judiciais foram tantas que o serviço acabou sendo desativado no Brasil.
Agora a Skype está se preparando (em beta test) para oferecer este mesmo serviço em nível global, onde quem liga paga com créditos pré-pagos do Skype e quem recebe é remunerado pelo paypal.
Todas as chamadas iniciam como grátis e então vão para pagas se e quando o chamador confirmar a taxa que o chamado deseja cobrar.
As taxas cobradas pelo Skype podem ser baseadas em tempo, de $0,50 a $2,50 dólares por minuto ou podem ser de $0,50 até $12,00 por chamada.
Os 0900 normalmente eram utilizados para serviços bastante populares como telesexo, sorteios, piadas e teleamizade, só que no caso do Skype será muito mais fácil qualquer um se tornar prestador de serviços por voz, e um mecanismo de ranking tipo mercadolivre avalie os serviços, o que faz com que muitos acreditem que o desenvolvimento de milhares de pequenos serviços profissionais bem remunerados mais sérios apareçam na cauda longa.
Agora a Skype está se preparando (em beta test) para oferecer este mesmo serviço em nível global, onde quem liga paga com créditos pré-pagos do Skype e quem recebe é remunerado pelo paypal.
Todas as chamadas iniciam como grátis e então vão para pagas se e quando o chamador confirmar a taxa que o chamado deseja cobrar.
As taxas cobradas pelo Skype podem ser baseadas em tempo, de $0,50 a $2,50 dólares por minuto ou podem ser de $0,50 até $12,00 por chamada.
Os 0900 normalmente eram utilizados para serviços bastante populares como telesexo, sorteios, piadas e teleamizade, só que no caso do Skype será muito mais fácil qualquer um se tornar prestador de serviços por voz, e um mecanismo de ranking tipo mercadolivre avalie os serviços, o que faz com que muitos acreditem que o desenvolvimento de milhares de pequenos serviços profissionais bem remunerados mais sérios apareçam na cauda longa.
08 março 2007
DSL ainda crescendo no mundo
Informações interessantes sobre instalação de ADSL no mundo recentemente enviadas pela DSL PRIME:
Na venda de DSLAMs, Ericsson cresceu fortemente atingindo terceiro lugar, logo após Alcatel e Huawei. Thomson vence em CPEs, com vendas subindo de $300M par $500M, muito acima da antiga líder Siemens.
A penetração na China está crescendo mais rapidamente que na Europa, que pela sua vez está adicionando mais DSL e casas com broadband que os EUA. Já Japão e Coréia estão perdendo usuários DSL para fibra.
- 2005: 72,6M portas DSLAM, 51M CPEs, 41M novos clientes, totalizando 141M.
- 2006: 85,9M portas DSLAM, 58M CPEs, about 40M novos clientes, totalizando 181M.
Na venda de DSLAMs, Ericsson cresceu fortemente atingindo terceiro lugar, logo após Alcatel e Huawei. Thomson vence em CPEs, com vendas subindo de $300M par $500M, muito acima da antiga líder Siemens.
A penetração na China está crescendo mais rapidamente que na Europa, que pela sua vez está adicionando mais DSL e casas com broadband que os EUA. Já Japão e Coréia estão perdendo usuários DSL para fibra.
Na França a competição no broadband come solta
Já tinha comentado sobre a rede FTTH da Iliad/Free que iria oferecer 50Mbps por 30 Euros.
Agora é a vez da Neuf anunciar que cobrirá a aposta oferecendo em Paris por 30 Euros por mês um serviço que inclui 50 Mbps simétrico, telefonia (ligações locais e para 30 outros países ilimitadas), canais de TV, e video on demand.
Agora é a vez da Neuf anunciar que cobrirá a aposta oferecendo em Paris por 30 Euros por mês um serviço que inclui 50 Mbps simétrico, telefonia (ligações locais e para 30 outros países ilimitadas), canais de TV, e video on demand.
07 março 2007
Defesa da posse pública dos meios de distribuição do broadband nas cidades
Continuando o tema da última postagem sobre o envolvimento do governo na garantia da disponibilização do broadband para toda a população, este paper faz uma defesa bem argumentada deste envolvimento baseado nas experiências da construção de infraestruturas como estradas e água encanada.
Os argumentos apresentados:
Os argumentos apresentados:
- Redes de informação de alta velocidade são infraestrutura pública básica: da mesma forma que estradas permitem deslocamento físico, redes permitem deslocamento virtual. E a situação de ter que montar redes de fibra não é muito diferente do envolvimento governamental que aconteceu para a disponibilização do par de fios do telefone no século passado;
- Propriedade pública garante competição: uma rede de propriedade pública (especialmente uma rede passiva ótica) com acesso aberto encoraja a entrada de competidores;
- Redes de propriedade pública podem gerar receita para o governo: o investimento em redes óticas passivas é relativamente baixo e com retorno rápido (em torno de 2 anos, segundo experiências em outros países). O governo pode obter receita recorrente sobre quem se utilizar da infraestrutura e ainda pode se utilizar da mesma sem custos;
- Propriedade coletiva pode garantir acesso universal: estradas, água encanada, esgoto e calçadas públicas conectam todos sem discriminação. Propriedade privada tende a privilegiar apenas as maiores fontes de receita;
- Propriedade coletiva pode garantir redes não discriminatórias: estratégias de controle de tráfego para maximizar rentabilidade podem ser desincentivadas pelas estratégicas públicas e pela maior competição.
06 março 2007
Se os nossos governantes fossem assim?
O governador de Vermont (EUA) anunciou que pretende transformar seu estado no primeiro estado americano totalmente coberto por broadband.
Ele comenta que esta empreitada será a plataforma para o crescimento da economia e para a criação de empregos para cada setor da economia por muitos anos a frente.
Ele comenta que esta empreitada será a plataforma para o crescimento da economia e para a criação de empregos para cada setor da economia por muitos anos a frente.
“We would be the first state where every community redefines civic involvement with local blogs, online forums and real local content. The first state where every classroom has its own wiki and every student can access the library at Oxford, tour the Louvre or converse with a peer halfway around the world -- all from their rural home in the mountains of Vermont."
01 março 2007
A parte passiva das redes broadband precisam do apoio do governo
O regulador de telecom da França entende do assunto de implantação de futuro de broadband pervasivo na sociedade: É absolutamente necessário o envolvimento do governo para criar as condições de compartilhamento de forma justa de uma estrutura de rede passiva (fibra apagada, por exemplo) entre empresas prestadoras de serviços de telecomunicação em competição saudável.
O maior custo de redes de acesso de alta velocidade é o custo da estrutura passiva, algo como 70% a 80%, e o custo de engenharia civil é quase 50% deste custo.
A maior parte disso não depende da quantidade de fibras que serão instaladas e muitas vezes podem ser efetuadas junto de manutenções de outras redes das cidades, como de energia elétrica ou de água.
Considerando isso, as economias de escopo e a igualdade de condições de competição só serão realizadas através da posse compartilhada desta infraestrutura passiva.
O maior custo de redes de acesso de alta velocidade é o custo da estrutura passiva, algo como 70% a 80%, e o custo de engenharia civil é quase 50% deste custo.
A maior parte disso não depende da quantidade de fibras que serão instaladas e muitas vezes podem ser efetuadas junto de manutenções de outras redes das cidades, como de energia elétrica ou de água.
Considerando isso, as economias de escopo e a igualdade de condições de competição só serão realizadas através da posse compartilhada desta infraestrutura passiva.
23 fevereiro 2007
Tráfego agregado na Internet cresce de forma ordenada, apesar do vídeo
Comentário interessante no VoIP and ENUM: o tráfego de vídeo está crescendo rapidamente, mas não impactando ainda as curvas de crescimento de tráfego agregado nos backbones da rede.
Apesar de que o vídeo ter crescido de 5% a 10% do tráfego cinco anos atrás para 50% ou 60% do tráfego atual, ainda assim o crescimento do tráfego nos backbones estão crescendo em torno de 50% ao ano.
Este crescimento é menor do que os 100% ao ano que as operadoras experimentavam na época do boom da Internet nos EUA.
Portanto as previsões de que a Internet não irá aguentar a revolução do vídeo é na realidade relacionado aos limites atuais nas plantas de acessos dos usuários da Internet, basicamente ADSL e cabo. Sinal de que continuando este passo, a fibra logo terá que chegar pelo menos nas quadras (FTTC).
Apesar de que o vídeo ter crescido de 5% a 10% do tráfego cinco anos atrás para 50% ou 60% do tráfego atual, ainda assim o crescimento do tráfego nos backbones estão crescendo em torno de 50% ao ano.
Este crescimento é menor do que os 100% ao ano que as operadoras experimentavam na época do boom da Internet nos EUA.
Portanto as previsões de que a Internet não irá aguentar a revolução do vídeo é na realidade relacionado aos limites atuais nas plantas de acessos dos usuários da Internet, basicamente ADSL e cabo. Sinal de que continuando este passo, a fibra logo terá que chegar pelo menos nas quadras (FTTC).
16 fevereiro 2007
3G ou WiMAX?
Interessante os desdobramentos tecnológicos que puderam ser observados no 3GSM World Congress que aconteceu na semana passada.
A Sprint Nextel anunciou que usará a tecnologia WiMAX para implementar suas redes móveis de alta velocidade em vez da tecnologia 3G (redes de terceira geração, baseadas nas tecnologias de redes de celular GSM e, especialmente, CDMA) que já estava em crescimento em algumas partes do mundo, em especial na Ásia e da Europa.
As tecnologias móveis estavam tentando evoluir progressivamente das redes de voz para as redes de dado para efetuar uma transição gradual não disruptiva, mas os modelos Wi-Fi e WiMAX que vieram das tecnologias de redes de dados estão vindo de forma disruptiva através de menores custos.
Isto é um sinal de que tratar voz de forma especial pelas operadoras com o objetivo de manter a rentabilidade e o modelo de negócio será cada vez mais difícil.
A Sprint Nextel anunciou que usará a tecnologia WiMAX para implementar suas redes móveis de alta velocidade em vez da tecnologia 3G (redes de terceira geração, baseadas nas tecnologias de redes de celular GSM e, especialmente, CDMA) que já estava em crescimento em algumas partes do mundo, em especial na Ásia e da Europa.
As tecnologias móveis estavam tentando evoluir progressivamente das redes de voz para as redes de dado para efetuar uma transição gradual não disruptiva, mas os modelos Wi-Fi e WiMAX que vieram das tecnologias de redes de dados estão vindo de forma disruptiva através de menores custos.
Isto é um sinal de que tratar voz de forma especial pelas operadoras com o objetivo de manter a rentabilidade e o modelo de negócio será cada vez mais difícil.
05 fevereiro 2007
KPN (Holanda) anuncia desligamento completo da telefonia tradicional até 2010
Jeff Pulver comentou sobre mais um anúncio de uma operadora sobre o desligamento completo da telefonia convencional por telefonia VoIP.
A operadora KPN da Holanda prevê que toda a sua rede será transformada em VoIP em apenas 3 anos.
Já tinha comentado sobre isso antes, mas é interessante observar as operadoras definindo suas escalas de tempo para a transição.
A operadora KPN da Holanda prevê que toda a sua rede será transformada em VoIP em apenas 3 anos.
Já tinha comentado sobre isso antes, mas é interessante observar as operadoras definindo suas escalas de tempo para a transição.
29 janeiro 2007
A influência do governo Francês na implementação de FTTH
Na MuniWireless há um resumo interessante de um artigo de uma reguladora de telecom francesa sobre o compartilhamento de redes passivas óticas para a implementação de redes FTTH em áreas mediamente ou densamente povoadas, com ênfase no caso da implantação na França.
Elementos principais:
Elementos principais:
- é necessária coordenação do governo para manter um ambiente regulado e de concorrência saudável;
- é necessária a isolação do negócio de conectividade no atacado, para não permitir a monopolização do acesso por uma operadora vertical;
- 70% a 80% do custo é a implementação da conectividade ótica passiva, e a maior parte é devido aos custos de engenharia civil;
- compartilhamento de infraestrutura é chave para a implementação de operadoras de conectividade no atacado, bastando apenas que a engenharia civil seja compartilhada e várias operadoras possam implantar suas fibras nas mesmas empreitadas.
22 janeiro 2007
Om Malik observa redução de 23% de linhas fixas nos EUA entre 2001 e 2006
Om Malik anuncia que a nova promoção da AT&T de oferecer ligações gratuitas de móvel para fixo dentro da rede da operadora é uma tentativa de recuperar a relevância das linhas fixas.
O número mais impressionante é a redução de 23% das linhas fixas ativas entre 2001 e 2006 numa queda relativamente contínua, mostrando a tendência de abandono do uso da linha fixa para o móvel ou para IM, VoIP ou e-mail.
Nesta tendência, em 2010 metade das linhas fixas de 2001 estariam fora de uso.
Outro ponto observado é que juntando os minutos falados dos fixos e dos móveis, nos últimos 5 anos houve uma redução de 15% do uso. Uma possibilidade é que o IM/VoIP/e-mail está ganhando espaço e/ou ainda seja reflexo do desligamento das linhas de acesso a Internet discada.
De qualquer maneira, o anúncio é de alto impacto. Algo como 100 milhões de linhas fixas e móveis da AT&T passarão a ligar sem custo, com certeza levando milhares de consumidores a trocarem as operadoras concorrentes para a monopolista AT&T.
Sem falar que o preço de mercado da ligação telefônica fica cada vez mais próximo do seu custo, que é muito próximo de zero.
O número mais impressionante é a redução de 23% das linhas fixas ativas entre 2001 e 2006 numa queda relativamente contínua, mostrando a tendência de abandono do uso da linha fixa para o móvel ou para IM, VoIP ou e-mail.
Nesta tendência, em 2010 metade das linhas fixas de 2001 estariam fora de uso.
Outro ponto observado é que juntando os minutos falados dos fixos e dos móveis, nos últimos 5 anos houve uma redução de 15% do uso. Uma possibilidade é que o IM/VoIP/e-mail está ganhando espaço e/ou ainda seja reflexo do desligamento das linhas de acesso a Internet discada.
De qualquer maneira, o anúncio é de alto impacto. Algo como 100 milhões de linhas fixas e móveis da AT&T passarão a ligar sem custo, com certeza levando milhares de consumidores a trocarem as operadoras concorrentes para a monopolista AT&T.
Sem falar que o preço de mercado da ligação telefônica fica cada vez mais próximo do seu custo, que é muito próximo de zero.
02 janeiro 2007
QoS na Internet? Nunca!
Ou melhor, sempre! :-)
Na verdade, QoS, a sigla que representa qualidade de serviço (Quality of Service) sempre foi considerada a única maneira possível de implementar transporte seguro e de qualidade de comunicação em tempo real multimídia, como a nossa telefonia convencional.
Várias empresas tentaram desenvolver modelos de negócios para cobrar um premium pelo serviço de melhor qualidade, mas nestas últimas décadas nada conseguiu surgir.
A plataforma IMS, que está sendo definida pelas empresas de telefonia celular e fixa como o futuro das redes de comunicação multimídia implementa QoS nativamente, na esperança de que os usuários pagem mais pelo serviço onde a voz, imagem, etc. é priorizada.
Provavelmente vai falhar da mesma maneira como as outras iniciativas.
Brough Turner publicou um artigo muito interessante listando as principais referências sobre como o futuro reserva um mundo onde o serviço "Best Effort" é tudo o que todo mundo precisa para a grande maioria das aplicações da Internet, e que o QoS é atualmente necessário apenas nas redes de acesso a Internet, devido as ainda as relativas baixas velocidades do ADSL e do Cabo.
Com um acesso de 100Mbps, como já é possível adquirir na Coréia do Sul por preços razoáveis, quem precisará priorizar algum tráfego? HDTV mal chega a 30Mbps.
Na verdade, QoS, a sigla que representa qualidade de serviço (Quality of Service) sempre foi considerada a única maneira possível de implementar transporte seguro e de qualidade de comunicação em tempo real multimídia, como a nossa telefonia convencional.
Várias empresas tentaram desenvolver modelos de negócios para cobrar um premium pelo serviço de melhor qualidade, mas nestas últimas décadas nada conseguiu surgir.
A plataforma IMS, que está sendo definida pelas empresas de telefonia celular e fixa como o futuro das redes de comunicação multimídia implementa QoS nativamente, na esperança de que os usuários pagem mais pelo serviço onde a voz, imagem, etc. é priorizada.
Provavelmente vai falhar da mesma maneira como as outras iniciativas.
Brough Turner publicou um artigo muito interessante listando as principais referências sobre como o futuro reserva um mundo onde o serviço "Best Effort" é tudo o que todo mundo precisa para a grande maioria das aplicações da Internet, e que o QoS é atualmente necessário apenas nas redes de acesso a Internet, devido as ainda as relativas baixas velocidades do ADSL e do Cabo.
Com um acesso de 100Mbps, como já é possível adquirir na Coréia do Sul por preços razoáveis, quem precisará priorizar algum tráfego? HDTV mal chega a 30Mbps.
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