A FCC foi realmente conservadora e não aceitou as principais provisões sugeridas pelo Google para a licitação das freqüências de 700MHz.
As obrigações sugeridas de aceitar qualquer uso e por qualquer dispositivo terminal foram aceitas, o que defendem pelo menos o conceito de Net Neutrality, só que a obrigação que acabaria por criar um mercado competitivo de conectividade sem fio através da obrigação de oferecer o serviço no atacado a empresas terceiras foram vistas como um favorecimento direto ao Google.
Parece que nos EUA ainda não foi desta vez que o duopólio será combatido.
Opinião sobre a área de tecnologia, de comunicações digitais, empreendedorismo, motivação, fotografia, e qualquer outro assunto da hora...
30 julho 2007
Enfim o Wireless USB substituirá os cabos
O Wireless USB é a nova especificação do grupo de tecnologias USB que enfim resolve o problema do uso dos incômodos cabos.
O Wireless USB é baseada na tecnologia Ultra WideBand (UWB) e é capaz de transmitir até 480Mbps a 3 metros (equivalente ao USB 2.0) ou 110Mbps a 10 metros.
Alguns notebooks já estão sendo anunciados com suporte nativo a tecnologia, o que permitirá conexões de velocidade altas com diversos dispositivos, sem a necessidade de disputar as portas USB presentes no computador.
A primeira grande leva de produtos com certeza será dos adaptadores USB2.0 para Wireless USB e vice-versa, o que permitirá que você ligue um adaptador na sua impressora USB e outro na porta USB do seu computador atual e permita a ligação em alta velocidade sem alterar a funcionalidade existente.
A tendência é que esta tecnologia se popularize ainda mais que o USB por cabo. Provavelmente logo veremos filmadoras, home threaters, aparelhos de som, aparelhos de som de carro sem nenhum conector que não seja de alimentação exposto, mas permitindo uma infinidade de tipos de conexões sem fio e trocando informações.
Imagine transferir suas músicas de um Wireless Pen Drive para a memória interna do seu aparelho de som de seu carro sem conectar nada, ou ligar sua TV de alta definição, seu home theater, seu videogame e sua filmadora e os únicos cabos existentes sejam os de alimentação.
Para isso acontecer, só falta a popularização da tecnologia e a simplificação do hardware necessário. Para isso, a WisAir acabou de lançar um chip com toda a tecnologia integrada, o que permitirá o uso em dispositivos pequenos e consumo ainda menor de energia.
O Wireless USB é baseada na tecnologia Ultra WideBand (UWB) e é capaz de transmitir até 480Mbps a 3 metros (equivalente ao USB 2.0) ou 110Mbps a 10 metros.
Alguns notebooks já estão sendo anunciados com suporte nativo a tecnologia, o que permitirá conexões de velocidade altas com diversos dispositivos, sem a necessidade de disputar as portas USB presentes no computador.
A primeira grande leva de produtos com certeza será dos adaptadores USB2.0 para Wireless USB e vice-versa, o que permitirá que você ligue um adaptador na sua impressora USB e outro na porta USB do seu computador atual e permita a ligação em alta velocidade sem alterar a funcionalidade existente.
A tendência é que esta tecnologia se popularize ainda mais que o USB por cabo. Provavelmente logo veremos filmadoras, home threaters, aparelhos de som, aparelhos de som de carro sem nenhum conector que não seja de alimentação exposto, mas permitindo uma infinidade de tipos de conexões sem fio e trocando informações.
Imagine transferir suas músicas de um Wireless Pen Drive para a memória interna do seu aparelho de som de seu carro sem conectar nada, ou ligar sua TV de alta definição, seu home theater, seu videogame e sua filmadora e os únicos cabos existentes sejam os de alimentação.
Para isso acontecer, só falta a popularização da tecnologia e a simplificação do hardware necessário. Para isso, a WisAir acabou de lançar um chip com toda a tecnologia integrada, o que permitirá o uso em dispositivos pequenos e consumo ainda menor de energia.
25 julho 2007
Itália também busca separação de varejo e atacado nas redes telefônicas
Continuando o assunto da postagem anterior, agora os reguladores da Itália ficaram com inveja do sucesso obtido com a separação da British Telecom em varejo e atacado e estão estudando copiar o modelo.
A idéia é obrigar a Telecom Italia a criar uma unidade de negócio com gerenciamento separado para a gestão das linhas telefônicas. Com isso, operadoras de varejo poderão oferecer telefonia, VoIP e xDSL sobre o par telefônico se utilizando da infraestrutura existente.
Alguma chance da ANATEL obrigar a Telemar/Oi, BrasilTelecom e a Telefonica permitir o uso dos pares de fios para outros ISPS? O que você acha? :-)
A idéia é obrigar a Telecom Italia a criar uma unidade de negócio com gerenciamento separado para a gestão das linhas telefônicas. Com isso, operadoras de varejo poderão oferecer telefonia, VoIP e xDSL sobre o par telefônico se utilizando da infraestrutura existente.
Alguma chance da ANATEL obrigar a Telemar/Oi, BrasilTelecom e a Telefonica permitir o uso dos pares de fios para outros ISPS? O que você acha? :-)
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23 julho 2007
Google quebrará o duopólio das comunicações nos EUA?
Já comentei várias vezes que a maneira mais certa de conseguir aumentar a competição nos serviços de comunicação móveis ou fixas de voz ou de dados é a separação dos negócios de comunicação no atacado e do varejo.
Esta foi a técnica adotada pelos reguladores com a British Telecom, onde a empresa foi obrigada a ser dividida exatamente nestes termos.
Também foi o caso na França, onde os reguladores obrigaram a France Telecom vender o uso do par de fios e de espaço em suas centrais para prestadores de serviços no varejo, como a Free.
Nos EUA, o duopólio da AT&T e da Verizon come solto, com o pessoal da FCC claramente trabalhando para defender os interesses destas incumbents.
Agora aparece o espectro de 700MHz que hoje é utilizado para TV analógica e que deverá ter este uso descontinuado em 2009 para dar espaço para outras aplicações. A grande vantagem desta freqüência é o fato de ter longo alcance e ser uma faixa que atravessa muito bem obstáculos como paredes.
A FCC deseja fazer uma licitação convencional, oferecendo as tradicionais empresas de telefonia o seu uso. Já a Google está fazendo lobby para conseguir que a freqüência seja utilizada de forma não discriminatória e aberta para competição.
As operadoras convencionais provavelmente desejarão ganhar a licitação para evitar que apareçam competidores e que possa preservar a rentabilidade do duopólio estabelecido.
A idéia da Google é exatamente conseguir que a FCC adote uma metodologia que está dando certo em alguns lugares do mundo, a separação do negócio de comunicação no atacado do negócio do varejo. A empresa que ganhar a licitação seria impedida de oferecer serviços a clientes finais e seria obrigada a oferecer conectividade no atacado para outras prestadoras de serviços especializadas no varejo.
A FCC está argumentando que a adoção de regras restritivas na licitação, reduzirá a atratividade do negócio para as operadoras, e que por isso seria contrário ao interesse da sociedade de viabilizar e rentabilizar o Estado com a licitação.
Agora o Chairman da Google Eric Schmidt fez uma oferta para a FCC que não pode recusar: a Google oferecerá no mínimo $4,6 bilhões de dólares para participar desta licitação, desde que as exigências de abertura da rede sejam definidos pela FCC para qualquer dos ganhadores da licitação.
Isto destrói o argumento de que não haveria interessados na licitação caso a FCC definisse regras restritivas sobre o ganhador da licitação, colocando a FCC numa situação difícil de ter que escolher o melhor para sociedade em vez de defender os interesses dos lobbistas.
Os EUA caminham para uma situação inusitada: interesses corporativos de uma empresa (a Google) estão tentando forçar o governo a caminhar para uma situação de maior competição.
Esta foi a técnica adotada pelos reguladores com a British Telecom, onde a empresa foi obrigada a ser dividida exatamente nestes termos.
Também foi o caso na França, onde os reguladores obrigaram a France Telecom vender o uso do par de fios e de espaço em suas centrais para prestadores de serviços no varejo, como a Free.
Nos EUA, o duopólio da AT&T e da Verizon come solto, com o pessoal da FCC claramente trabalhando para defender os interesses destas incumbents.
Agora aparece o espectro de 700MHz que hoje é utilizado para TV analógica e que deverá ter este uso descontinuado em 2009 para dar espaço para outras aplicações. A grande vantagem desta freqüência é o fato de ter longo alcance e ser uma faixa que atravessa muito bem obstáculos como paredes.
A FCC deseja fazer uma licitação convencional, oferecendo as tradicionais empresas de telefonia o seu uso. Já a Google está fazendo lobby para conseguir que a freqüência seja utilizada de forma não discriminatória e aberta para competição.
As operadoras convencionais provavelmente desejarão ganhar a licitação para evitar que apareçam competidores e que possa preservar a rentabilidade do duopólio estabelecido.
A idéia da Google é exatamente conseguir que a FCC adote uma metodologia que está dando certo em alguns lugares do mundo, a separação do negócio de comunicação no atacado do negócio do varejo. A empresa que ganhar a licitação seria impedida de oferecer serviços a clientes finais e seria obrigada a oferecer conectividade no atacado para outras prestadoras de serviços especializadas no varejo.
A FCC está argumentando que a adoção de regras restritivas na licitação, reduzirá a atratividade do negócio para as operadoras, e que por isso seria contrário ao interesse da sociedade de viabilizar e rentabilizar o Estado com a licitação.
Agora o Chairman da Google Eric Schmidt fez uma oferta para a FCC que não pode recusar: a Google oferecerá no mínimo $4,6 bilhões de dólares para participar desta licitação, desde que as exigências de abertura da rede sejam definidos pela FCC para qualquer dos ganhadores da licitação.
Isto destrói o argumento de que não haveria interessados na licitação caso a FCC definisse regras restritivas sobre o ganhador da licitação, colocando a FCC numa situação difícil de ter que escolher o melhor para sociedade em vez de defender os interesses dos lobbistas.
Os EUA caminham para uma situação inusitada: interesses corporativos de uma empresa (a Google) estão tentando forçar o governo a caminhar para uma situação de maior competição.
16 julho 2007
Wideband em celulares já em 2008?
Brought comenta que existem boatos que uma operadora francesa planeja oferecer serviço de voz usando codecs Wideband entre os telefones celulares.
Em abril deste ano comentei que o wideband acabaria aparecendo apenas através do VoIP, como um diferencial da telefonia convencional, mas parece que existe a possibilidade da telefonia celular inovar usando sua tecnologia atual.
Se começarem a aparecer telefones celulares wideband, existem grandes chances de termos uma nova explosão de trocas de aparelhos e também acabar de vez com a telefonia fixa. A experiência do áudio wideband para os usuários terá um efeito semelhante ao da troca de um rádio em AM para um rádio FM.
Em abril deste ano comentei que o wideband acabaria aparecendo apenas através do VoIP, como um diferencial da telefonia convencional, mas parece que existe a possibilidade da telefonia celular inovar usando sua tecnologia atual.
Se começarem a aparecer telefones celulares wideband, existem grandes chances de termos uma nova explosão de trocas de aparelhos e também acabar de vez com a telefonia fixa. A experiência do áudio wideband para os usuários terá um efeito semelhante ao da troca de um rádio em AM para um rádio FM.
05 julho 2007
iPhone coloca operadora em segundo plano
O tão falado iPhone da Apple foi lançado na sexta passada. Até aí não é nenhuma novidade já que fomos bombardeados com esta notícia sem parar a vários dias...
O que é menos falado é o que este lançamento marca na mudança de como a telefonia celular é vendida e como seu valor é percebido.
Está certo que atualmente o aparelho está amarrado com a AT&T, mas claramente se vê é que as pessoas estão comprando o aparelho e não o serviço. É o eletrônico de consumo que está puxando o negócio.
Sem falar que a AT&T não pode bloquear demais as facilidades do aparelho que são independentes da AT&T. O browser Web, o leitor de e-mail, a integração com o iTunes são todos elementos que, apesar de poderem funcionar na rede EDGE da AT&T, vão mesmo ser muito mais rápidos e baratos utilizando as redes Wi-Fi já bastande disponíveis.
O conteúdo, ou vem da Web, ou vem da Apple pelo iTunes. O aparelho é da Apple e é vendido como como ícone com margens bastante significativas. Sobrou para AT&T apenas cobrar pelo minuto da chamada e pelo uso do EDGE para dados, serviços que são comoditizados e com preço em queda.
Claramente se vê que o poder de controle da experiência está caminhando da operadora para os vendedores dos aparelhos e para o próprio consumidor.
O que é menos falado é o que este lançamento marca na mudança de como a telefonia celular é vendida e como seu valor é percebido.
Está certo que atualmente o aparelho está amarrado com a AT&T, mas claramente se vê é que as pessoas estão comprando o aparelho e não o serviço. É o eletrônico de consumo que está puxando o negócio.
Sem falar que a AT&T não pode bloquear demais as facilidades do aparelho que são independentes da AT&T. O browser Web, o leitor de e-mail, a integração com o iTunes são todos elementos que, apesar de poderem funcionar na rede EDGE da AT&T, vão mesmo ser muito mais rápidos e baratos utilizando as redes Wi-Fi já bastande disponíveis.
O conteúdo, ou vem da Web, ou vem da Apple pelo iTunes. O aparelho é da Apple e é vendido como como ícone com margens bastante significativas. Sobrou para AT&T apenas cobrar pelo minuto da chamada e pelo uso do EDGE para dados, serviços que são comoditizados e com preço em queda.
Claramente se vê que o poder de controle da experiência está caminhando da operadora para os vendedores dos aparelhos e para o próprio consumidor.
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