Om Malik comenta em seu blog que os consumidores dos EUA estão finalmente caminhando para ter um aumento expressivo das velocidades de acesso a Internet e experimentar o verdadeiro broadband pela primeira vez. As velocidades estão caminhando de 512Kbps para 6Mbps, depois 8 e logo 15Mpps.
O curioso é que este movimento foi
quase simultâneo com o movimento que está acontecendo no Brasil. Nós aqui das Américas estamos mesmo alguns anos atrás dos países asiáticos (Japão, Coréia do Sul), e todas as novidades estão acontecendo primeiro lá.
Outra observação interessante é a observação do impacto do aumento de banda para os usuários. Já é sabido desde o final dos anos 90 que a banda agregada de dados sendo transportada na Internet cresce muito próximo de uma reta, onde a banda disponível (instalada) é um fator menos condicionante a real banda consumida (desconsiderando condições extremas de banda reprimida).
O uso da navegação Web consome algo como 1mbps. Todas as outras aplicações, desconsiderando downloads, é efetivamente controlado em banda pela outra ponta, e não pela velocidade de acesso.
O download apresenta uma limitação prática, que é o consumo deste dado. Se for música ou vídeo, a banda chega a ficar acima da velocidade de reprodução (muito acima, no caso de música), o que já desencoraja os downloads preventivos (muito antes de um eventual uso do dado).
Tudo isso leva a um limite prático do uso da banda, que caminha a ser muito inferior a banda sendo oferecida ao cliente pelo serviço de broadband. Esta situação já é observada na Coréia do Sul, onde é comum obter acessos de 100mbps e as pessoas usam uma parte muito pequena desta banda.
É possível traçar uma analogia com a energia elétrica, onde a banda disponível é a capacidade do transformador no poste e na fiação de acesso a sua casa, e você consome realmente aquilo que deseja. Seguindo esta analogia, será que no futuro passaremos a ser cobrados pelos gigabytes transportados em vez da velocidade de acesso, da mesma forma que pagamos pelo kwh de energia?