31 janeiro 2006

Triple Play (IPTV) não salvará as teles

Richard Stastny comenta que a operadora não possui diferencial competitivo significativo para tirar lucratividade sobre o "bundling":

If some telco asked me if VoD or IPTV is a good idea, I always asked back: Why should I get on the Internet a movie from a telco, if I can get it from the owner direct? Or why should I get TV out of a (very limited) selection from a telco, if I could get it from the TV-station direct?

Ok, one argument was that it is more efficient to distribute the signal locally and not drag it via the whole international IP backbone. Yes, but locally I do not need a telco to recieve TV, I get it over the air, via cable or satellite.

Telefonia celular se renderá aos "brands"

Brough Turner discute o processo de mudança que está acontecendo com as operadoras de celular em seu blog. A idéia é que o serviço de celular será separada em dois pedaços: uma operadora "virtual" que possui apenas a marca (mobile virtual network operator - MVNO) e a operadora de fato, que provê a rede, mas que o cliente pouco vê.

Pelo jeito seria parecido com os cartões de crédito, onde a marca do cartão fica no canto e todo o resto do cartão é dedicado a comunidade a qual este cliente está filiado.

E porquê isso? Porque é pouco produtivo investir em marcas de operadoras que prestam serviços relativamente indiferenciados. Marcas mais poderosas e abrangentes (como Google, Yahoo, Disney) podem ter mais sucesso com menores custos.
Vodafone President Bill Morrow has already said the company is talking to as many as 30 potential MVNOs. Japanese and international entertainment companies, local retailers and established MVNOs...

26 janeiro 2006

Lançado VideoFone da Grandstream


Enfim estamos chegando ao fim da era da telefonia PSTN (TDM). Para que uma onda de substituição de tecnologia pudesse acontecer seria necessário criar uma "killer application" que não poderia ser facilmente replicada na tecnologia anterior.

Nestes últimos anos estávamos em busca da "killer application" que faria esta mudança acontecer. Ela ainda não apareceu, mas a capacidade de vídeo nas nossas comunicações pode vir a ser esta promessa.

Uma das possíveis "killer application" pensadas nos últimos anos era o conceito de presença, evitando que as pessoas tentassem contatos enquanto as pessoas estavam indisponíveis. Este conceito apareceu na comunicação instantânea e foi integrada a voz inicialmente pelo Skype, e depois por outras empresas. Entretanto este não foi ainda um bom motivo para abandonar a telefonia convencional.

Outro conceito que apareceu foi o "codec wideband", oferecendo qualidade de rádio FM para a telefonia. Com isto seria possível distinguir o som da letra "f" e o som da letra "s", o que hoje não é possível pelo telefone convencional. Mas também não foi uma força que justificasse a mudança.

Agora tudo indica que vai ser diferente, teremos vídeo sem custo adicional nas nossas comunicações. O conceito de vídeo-conferência é antigo e existe como produto a algumas décadas mas nunca pegou, provavelmente pelos custos e pela dificuldade tecnológica (uso de ISDN BRI).

Agora poderemos compar telefones IP que embutem capacidade de vídeo. Continua sendo um telefone IP SIP, só que tem um botão que habilita a transmissão de vídeo para o outro lado.

O videofone anunciado no Internet Telephony Conference & Expo é o Grandstream GXV-3000, e o preço anunciado é de $295 dólares. Tom Keating conseguiu uma foto deste produto que está ao lado deste post.

Operadora na Estônia diz: "Se nós não fizermos primeiro (broadband), as cidades e as "utilities" farão

Interessante, a Estônia não é um país rico, mas está avançando rapidamente nas novas maneiras de fazer negócios. James Enck comenta que serviços de 5Mbps por 30 euros já estão disponíveis, e a operadora Elion está se posicionando rapidamente para oferecer os serviços broadband demandados.
Toivo Praakel of Elion in Estonia
presented the incumbent viewpoint, which was, "If we don't do it first,
the municipalities and utilities will." He also pointed out the
apparent contradictions inherent in Estonia - GDP per capita of only
EUR6000, post-tax average monthly earnings of EUR400, but 6% of GDP
expended on telecom services and 4% on IT services (indeed Elion's
5Mbps internet/voice/TV product costs EUR30 per month), 90% of consumer
financial transactions are electronic, and the Estonian government no
longer uses paper. He basically made the case that given this
background, in Estonia exclusion from access to the internet genuinely
constitutes social and economic exclusion.


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Redes WiFi Mesh, custos e concorrentes

O Blog The Corporate Rat and The Elusive Cheese apresentou um relatório interessante sobre a tecnologia sendo usada para cobrir cidades ao redor do mundo com redes sem fio mesh, onde os "access points" ficam transmitindo os dados de "access point" para "access point" até atingir a sua casa.

A tecnologia é inovadora e várias empresas estão oferecendo soluções. Tropos é a precursora, e por isso possui a maior base instalada:
The simple answer is timing. Today, Tropos is deployed at over 300 sites successfully. Cisco has seen this success and has put their entire weight behind their own version of mesh-networking. Unlike Nortel, which chose to deploy OSPF as a routing protocol between access points, Cisco has developed its own ‘secret sauce routing protocol’ just as Tropos had done years ago. Today, Tropos is clearly 2 years ahead of the game. Whether Cisco or others can catch or not is another question. The point to consumers is that competition is healthy. Bigwigs such as Cisco will channel in millions of dollars in this space perfecting the technology while smaller fish like Tropos will continue to innovate to stay a leader. Net-Net: consumer profits irrespective of which company wins.
Os preços para instalação deste tipo de equipamentos não são altos, pois são baseados em tecnologia já comoditizada:
The cost for this technology is just about right as well. As an
example, to unwire Mountain view, Google’s install cost for 400 nodes
is $1,000,000 (approx) and a recurring cost of $17,000 pa (ref: here )
Um ponto interessante dos produtos oferecidos para implementação de redes Meshs é a discussão sobre o uso de redes sem fio sobreposta com um segundo rádio para o roteamento dos dados (soluções da Nortel e Cisco) ou o uso do mesmo rádio para o roteamento e acesso ao destino (soluções da Tropos).

Um teste prático feito pela Universidade de Tsinghua chegou a seguinte conclusão:
In summary, what he found was that as the number of hops increases
(acess point – access point transfers) the Tropos thoughput fall-off
was at 1/n while Nortel throughput decreased at (1/2)^n
. Quite contrary to the theoretical assumptions of the double advantage
of double radio, eh ? The reason? An efficient routing protocol affects
throughput rates in a more significant way than adding another radio
channel.


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25 janeiro 2006

FTTH no Japão: 1Gbps por ~100 reais


EuroTelcoblog comenta sobre instalação de FTTH (Fiber to the Home) pela Bell Canada e pela NTT do Japão.

A parte interessante é sobre o processo de conversão do ADSL para fibra no Japão, onde 4 milhões de residências já tem a fibra e 20 mil são instalados por semana. E para deixar o resto do mundo com água da boca, ele comenta sobre o serviço "Hyper Family" de 1Gbps por algo como 100 reais por mês com provedor incluído.


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Interconexão de VoIP em larga escala entre operadoras de TV a cabo na Holanda

Richard Stastny comenta que as empresas de TV a cabo na Holanda (penetração de 97% no país) contruíram o primeiro acordo nacional de interconexão puramente IP entre operadoras de VoIP sobre cabo.

Mais de 7 milhões de assinantes da UPC Netherlands, Casema, MultiKabel, Essent e CaiWDutch Cable Consortium irão utilizar dos serviços das empresas de interconexão VoIP XConnect e Kayote Networks para permitir verdadeira interconexão IP.

Este pode ser um marco no processo de substituição da telefonia convencional PSTN. Este exemplo pode se espalhar pelo mundo e tornar irrelevante rapidamente a planta de telefonia existente.

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24 janeiro 2006

Telefone WiFi com Vídeo da Philips


Tom Keating apresenta em seu blog o novo telefone WiFi com vídeo da Philips. É baseado em Linux e usa resolução VGA (640x480) com 30 frames por segundo.

Uma das grandes vantagens do aparelho é que é todo baseado em padrões abertos, utilizando SIP para estabelecer chamadas.

Será este o precursor dos terminais de comunicação do futuro?

19 janeiro 2006

Wi-Fi 802.11n a caminho da ratificação pela IEEE

Apesar de que a ratificação possa demorar até 2007, agora que o draft foi confirmado os fabricantes de chip já caminham para a fabricação.

Provavelmente já em 2007 teremos equipamentos implementando Wi-Fi com throughput de mais de 300Mbps seguindo a especificação draft.

17 janeiro 2006

Google Talk fala agora com qualquer servidor XMPP (Jabber)

O Google Talk agora permite comunicação com servidores de mensagens instantâneas XMPP espalhados na Internet de forma direta e integrada.

Pelo jeito a crítica que fiz sobre o fato do Google Talk ser um "Jardim Murado" perdeu todo o sentido, pois agora o servidor Jabber de qualquer empresa que esteja configurado na Internet corretamente consegue falar com todos os usuários da Google Talk e vice-versa sem necessidade de nenhuma adaptação.

Agora só falta o Gaim 2.0 ser disponibilizado com suporte à áudio para termos um sistema equivalente ao Skype totalmente aberto (RFC3920), e com a força e o código fonte do Google para fazer acontecer.

Será que veremos o destronamento do SIP como a última palavra em VoIP?

France Telecom lança 100Mbps em Paris e cidades vizinhas

Antes do verão de 2006, France Telecom testará altissima velocidade em 6 distritos de Paris e 6 cidades no Hauts-de-Seine. Este experimento, baseado em fibra ótica instalada nas residências atingirá milhares de casas.

E o preço? 59 euros para 100Mbps! Oferecendo Internet, televisão, telefonia sobre IP e video-on-demand.

Parece que no Brasil estamos copiando o modelo americano de proteger os interesses das operadoras de telefonia em detrimento da sociedade. A regulamentação que foi criada de separar o acesso do provedor no ADSL virou uma piada sem graça criada pela Anatel, pois quem provê o acesso curto-circuitou o provimento da Internet, liberando para o provedor apenas o serviço de e-mail e home-pages.

Estava na hora da Anatel impor respeito e obrigar as operadoras a oferecerem acesso direto ao par-de-fios para instalação de DSLAM dos provedores junto as centrais e acabar com esta hipocrisia onde quem oferece o "acesso" pode cobrar diferenciado por velocidade de transmissão dos dados...

Quem sabe assim teremos competição de fato como tem acontecido na França e na Coréia.

13 janeiro 2006

Quem deve investir no broadband nas cidades?

A cidade de Portland deseja construir uma rede de fibra ótica, e a discussão principal é se o projeto deve ser tocado pela cidade ou pela iniciativa privada.

Proponentes de que o investimento seja feito pela cidade dizem que o custo de 470 milhões de dólares é grande, mas é próximo do custo da construção de um estádio de futebol americano (que normalmente é bancado pela cidade).

Quem fala que o investimento deve ser privado defende que a cidade não deve tentar competir com empreendimentos privados já feitos e que investimentos em broadband não são tão relevantes para a comunidade.

Esta parece ser a discussão do broadband para os próximos anos: a comunicação é um bem público do cidadão ou um serviço prestado para quem pode pagar? O broadband deve ser considerado da mesma maneira que a estrada que leva você a sua casa ou como uma TV a cabo que você contrata conforme seu interesse?

A TV a cabo não é um instrumento significativo de potencialização de geração de riquezas na comunidade, mas o broadband é. Com base nos exemplos onde o broadband é pervasivo, negócios florecem e empregos são criados, da mesma forma que a energia elétrica favoreceu as cidades que investiram nela no século passado. Portanto a resposta não é tão simples.

Existem ainda formas alternativas de implementar o broadband, onde o negócio é separado em dois: atacado de conectividade e prestação de serviço de varejo. Neste caso o estado implementa apenas o atacado de conectividade nos locais de interesse público (regiões pobres, escolas, tribunais, etc) e deixa a iniciativa privada prover o resto.

O exemplo de Amsterdam é uma variação desta separação, onde o atacado de conectividade é separado mais uma vez: fibra escura e serviço de roteamento de atacado.

10 janeiro 2006

Será que a história da energia elétrica se repetirá com o broadband?

Veja a história de algumas empresas de energia elétrica aqui do Brasil:
A fusão que deu origem à CPFL envolveu as seguintes pequenas empresas de eletricidade que atuavam no interior paulista: Empresa Força e Luz de Botucatu (Botucatu), Força e Luz de Agudos/Pederneiras (Agudos e Pederneiras), Força e Luz São Manoel (São Manoel) e Companhia Elétrica do Oeste de São Paulo (Dois Córregos).
Essas quatro empresas foram extintas alguns anos após a incorporação definitiva pela CPFL. Os primeiros anos da CPFL se confundem com a trajetória de empreendedores paulistas como Manfredo Antônio da Costa, José Balbino de Siqueira, Joaquim Mário de Souza Meirelles e Francisco Machado de Campos, os verdadeiros fundadores, que iniciaram a tarefa de tornar realidade a iluminação das ruas, casas e a movimentação de motores, com a eletricidade gerada nas usinas hidrelétricas.
O aparecimento das empresas geradoras de energia elétrica no interior paulista permitiu acelerar o desenvolvimento em São Paulo, sem paralelo em outros Estados brasileiros.
No Paraná, o primeiro esforço para a eletrificação ocorreu em 9 de setembro de 1890, quando o presidente da Intendência Municipal de Curitiba, Dr. Vicente Machado, assinou contrato com a Companhia de Água e Luz do Estado de São Paulo, para iluminar a cidade com "uma força iluminativa de onze mil velas". Baseada nesse contrato e com uma concessão de 20 anos, a Companhia instalou a primeira usina elétrica do Paraná num terreno próximo à antiga estação ferroviária, localizada atrás do então Congresso Estadual (hoje, Câmara Municipal de Curitiba).
Em 1º de fevereiro de 1943, através do Decreto-Lei Estadual nº 328, foi criada a Comissão Estadual de Energia Elétrica- CEEE, então subordinada à Secretaria de Estado dos Negócios das Obras Públicas, com o objetivo de prever e sistematizar, em plano geral, para todo o Estado, o aproveitamento de seus potenciais hidráulicos em conexão com suas reservas carboníferas.
Em 1945, a CEEE lançou-se à programação de obras de eletrificação, constituída de pequenas usinas hidrelétricas formadoras do mercado e preparadoras de pessoal. 0 programa foi apresentado ao Conselho Nacional de Águas e Energia e à Divisão de Águas do Ministério da Agricultura, que aprovam o acordo com os Decretos nº 18.318, de 6 de abril de 1945, e 19.896, de 29 de outubro de 1945.
Em 4/08/1946, numa tentativa de utilização de capital privado foi criada, através do Decreto-Lei Estadual nº 2060, a União Rio-Grandense de Usinas EIétricas S/A - URGUE.
Em 9/11/1946, pelo Decreto Lei nº 1252, foi restaurada a vigência do Decreto Lei nº328, de 01/02/1943, pelo prazo em que se fizessem necessários os serviços da Comissão Estadual de Energia Elétrica- CEEE.
Em 21/03/1947, pelo Decreto-Lei nº 1392, a CEEE passou a ser subordinada diretamente ao Governo do Estado.
A Centrais Elétricas de Santa Catarina – Celesc, foi criada em dezembro de 1955 pelo decreto estadual nº 22, assinado pelo governador Irineu Bornhausen. Até a metade do século, as necessidades energéticas do estado eram supridas por pequenos e médios sistemas elétricos regionalizados, geralmente mantidos pela iniciativa privada.
Ainda na primeira década do século, por exemplo, Blumenau já dispunha de um rudimentar sistema de iluminação pública. Lá, a Usina Hidrelétrica Salto Weissbach, datada de 1916, significou uma evolução dos pequenos geradores mantidos pelo espírito empreendedor dos imigrantes desde a virada do século. A Usina Salto foi definitiva para a extraordinária expressão industrial de todo o Médio Vale do Itajaí.
1934: Promulgado pelo Presidente Getúlio Vargas o Código de Águas, assegurando ao poder público a possibilidade de controlar rigorosamente as concessionárias de energia elétrica.
1939: O presidente Getúlio Vargas criou o Conselho Nacional de Águas e Energia - CNAE para sanear os problemas de suprimento, regulamentação e tarifa referentes à indústria de energia elétrica do país.
1952: Criado o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico - BNDE para atuar nas áreas de energia e transporte.
Esta história toda mostrou um padrão mais ou menos uniforme:
  • até a virada para o século 20 uns malucos aficcionados e com dinheiro brincavam com a tecnologia;
  • no início do século passado, empreendedores visionários usaram seu dinheiro para construir empresas que iluminariam suas cidades e abasteceriam as indústrias;
  • na década de trinta o governo começou a botar ordem na casa para organizar e disseminar a energia elétrica;
  • e na década de cinquenta o Estado começou realmente a torrar dinheiro para a eletrificação do país.
Ou seja, 50 anos para entender que o investimento e/ou involvimento do Estado na infraestrutura é determinante para o sucesso econômico do país.

Esperamos que os exemplos da Coréia do Sul, Japão, França e Inglaterra ajudem a entender que estamos perdendo oportunidade de favorecer o Brasil na competição global.

China tomará o mercado de equipamentos para Telecom

Sobre a Huawei na Newsweek:
In 2004, Huawei got a $10 billion credit line from the state-owned China Development Bank and $600 million from the Export-Import Bank of China to fund its global expansion. That, analysts say, has helped Huawei undercut competitors' bids by as much as 70 percent and offer vendor-financed loans. In April, the consulting firm MWL reports, Nigeria received $200 million in loans from the China Development Bank to buy Huawei equipment. "Beijing sees that Chinese high-tech [firms] are weak compared with larger Western corporations," Beijing consultant Li says, "so they want to help." Adds Clark of BDA: "It's a Wal-Mart vacuum-cleaner approach. They're just sucking up the market."
Om Malik está comentando que na semana passada a Huawei conseguiu uma grande parte dos negócios pedidos pela BT que foram avaliados em 19 bilhões de dólares. A Huawei foi considerada preferencial para equipamentos de comunicação óticos.

Marconi, Alcatel e Nortel praticamente não vão participar das novas plataformas, e os players mais consolidados que ficaram foram Cisco e Juniper. Nas palavras de Om Malik: "In the world of IP, there seems to be no room for old timers."

As novas empresas vindas da Ásia: Huawei, ZTE e UTStarcom estão dando as cartas do jogo, disputando para ganhar o jogo mundial de comoditização dos produtos de telecom.

06 janeiro 2006

Video poderá ser a "killer application" do VoIP

A Broadcom anunciou o lançamento de um Chipset Wi-Fi com capacidade de processamento de vídeo interna para ser usado em Video-Fones sem fio. A Texas Instruments também está preparando seus chips para este mesmo merdado.

Quando os produtos com estes chips chegarem ao mercado, qual será o impacto?

Video pode muito bem vir a ser a força que levará ao ponto de virada para enterrar a tecnologia de telefonia convencional. Já faz várias décadas que as operadoras estão tentando lançar a vídeo conferência como um serviço adicional, mas o mercado não se mostrou interessado em grandes investimentos para isso.

Agora, com a comoditização do processamento de vídeo, redução do preço dos LCDs, a mobilidade oferecida pelo Wi-Fi, a ampla banda disponíveis nos acessos broadband e terminais por um preço equivalente ao de um telefone celular, é bem possível que a telefonia fixa e celular convencional se veja numa situação muito complicada.

05 janeiro 2006

Cidades obrigadas a participar no negócio broadband

O Blog Wi-Fi Networking News explora o porquê das cidades ao redor do mundo estarem investindo em oferecer Internet por quaisquer tecnologias necessárias (fibra, WiFi, etc).

Várias cidades ao redor do mundo, especialmente na Ásia, já oferecem broadband em altíssimas velocidades com preços baixos. As cidades que possuem broadband acabam sendo favorecidas para novos negócios e para atrair moradores da mesma maneira que a eletrificação de algumas cidades trazia oportunidades para elas no século passado.

O impacto disso é que a inovação tecnológica de produtos e serviços acaba acontecendo nos lugares onde o broadband é lugar comum (veja o documentário sobre a Coréia do Sul no blog do Om Malik).

O problema é que as operadoras se recusam a oferecer para o governo conectividade de alta velocidade, pois sabe que o governo abandonaria a telefonia convencional rapidamente num ambiente de acessibilidade plena por IP, sendo obrigada a perder margem e dividir receitas com outras empresas numa nova cadeia de valor.

E o paralelo como a energia elétrica é incrivelmente forte, como mostra este trecho do artigo apontado:

Borrowing from Richard Rudolph and Scott Ridley's 1986 book, Power Struggle: The Hundred-Year War Over Electricity, Baller showed that when electricity first became available in the 1880s, privately owned utilities marketed “the new technology as synonymous with wealth, power and privilege,” lighting large cities, businesses, and the homes of the rich. Electricity also allowed factories to stay open 24 hours a day, and led to the institution of swing shifts. But communities that didn't have electricity couldn't produce as much, and couldn't keep up with urban competitors. Rural communities were left with the choice of forming a government-owned utility or being left in the dark. Even big cities like Detroit built municipal power systems to cut prices and extend service. In response, private utility companies responded with a massive propaganda and misinformation campaign that attacked advocates of municipal power as “un-American,” “Bolshevik,” and “an unholy alliance of radicals.”

But the expansion of electricity, Baller argued, showed that the presence—or even threat—of competition from the public sector is one of the surest ways to secure quality service and reasonable prices from private enterprises delivering critical public services. FDR, he notes, called municipal power systems “a birch rod in the cupboard, to be taken out and used only when the child gets beyond the point where more scolding does any good.”

And Roosevelt picked up the birch rod himself. In 1935, he created the Rural Electrification Administration (REA), which gave loans and other help to small towns and farmer cooperatives interested in setting up their own power systems. The REA turned out to be one of the New Deal's most successful programs. Within two years, hundreds of new municipal power utilities were up and running across the country, and within 20 years, virtually all of rural America had electricity, provided either by rural co-ops or big utilities spurred to action by municipal competition. Baller concluded: “The plain, hard truth is that universal electric service would never have developed on a timely basis in the absence of municipally owned electric utilities and rural electric cooperatives”—which still account for more than a quarter of the power in the country today.

Telefonia IP por CPE ou on-demand?

Linksys anuncia IP PBX baseado em SIP por $400 dólares, com 2 portas para telefone e aceitando 4 a 16 extensões SIP no SIP proxy. O produto está sendo ofertado para operadoras de telefonia IP revenderem para residências e pequenas empresas.

É um produto semelhante ao DVX-1000 da D-Link, só que com 2 FXS embutidas, mas com SIP Proxy mais limitado em linhas e sem servidor de conferências.

O mercado de CPEs para telefonia IP ainda é uma incógnita. Considerando que uma das grandes vantagens do mundo IP é permitir prestação de serviço remotamente (hosted ou on-demand), será que o IP PBX não acabará sendo um feature adicional de um CRM ou Contact Center on-demand qualquer?

03 janeiro 2006

PSTNoIP afundará neste ano de 2006

Alec Saunders faz uma previsão em seu blog de que várias empresas de telefonia sobre IP baseadas na replicação da telefonia convencional falharão.

Esta é uma previsão simples de fazer, o dificil é precisar o ano. Entretanto concordo que com as recentes investidas nas empresas de portais e busca, é bem possível que 2006 seja o ano.

E por que elas falharão?

Já comentei algumas vezes sobre isto antes, mas resumindo o valor da comunicação caminhará para outras direções: mobilidade, presença, diretório, conectividade e facilitação de transação.