IPTV é a tecnologia que permite transmitir TV em tempo real por uma rede IP, possivelmente a Internet. Esta tecnologia faz parte do desenho da estratégia Triple Play (voz, dados e TV) que estão sendo desenvolvidos pelas operadoras fixas para recuperar a relevância delas no mercado e aumentar o valor ofertado ao cliente.
Entretanto esta estratégia pode ser um jogo perdido. As operadoras esperam casar o serviço de IPTV com suas redes através do uso do diferencial do qualidade de serviço (QoS) que não é oferecido na Internet em geral.
Mas se no final de contas o QoS não for necessário? Neste caso qualquer provedor de serviço em qualquer lugar do mundo poderia prover conteúdo pela Internet convencional.
E o que é necessário para que o QoS fique irrelevante? Basicamente duas coisas: a capacidade de store-and-replay (armazenamento do vídeo a frente enquanto é apresentado) nas premissas do usuário e banda de acesso a Internet superior a velocidade de reprodução em tempo real.
Equipamentos de store-and-replay estão ficando comuns, alguns gravadores de DVD já fazem isso. Nos EUA também já existem equipamentos como Tivo e ReplayTV com este fim.
Quando a banda de acesso parece inexorável que só tenderá a aumentar e ter seus custos por unidade de banda reduzidos.
Alguns meses atrás comentei exatamente sobre isso para o caso da TV no celular e também para o caso da discussão da TV digital a ser adotado no Brasil, mostrando que o conceito de streaming e canais de televisão estão com os dias contados.
E Martin Gueddes em seu blog Telepocalypse está elaborando exatamente sobre este futuro, onde ele prevê que mecanismos de reputação serão desenvolvidos para substituir o programador da grade de programas das TVs de hoje em dia. Este mecanismo será necessário para que consigamos selecionar audiovisuais que nos interessem do mar de lixo que provavelmente estará disponível da Internet.
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