Opinião sobre a área de tecnologia, de comunicações digitais, empreendedorismo, motivação, fotografia, e qualquer outro assunto da hora...
26 outubro 2006
Nokia E60, E61 e E70 surgem no mercado com GSM e Wi-Fi com SIP embutido
Já tinha discutido sobre a expectativa da destruição do negócio de telefonia celular que está se materializando para os próximos anos: o uso do Wi-Fi como alternativa privada de mobilidade na comunicação de voz.
Os primeiros celulares híbridos GSM/Wi-Fi para consumidor final já estão surgindo, como os da Nokia que já possuem pilha SIP interna capaz de estabelecer chamadas IP diretamente sobre a rede Wi-Fi.
Além da Nokia, temos os telefones Wi-Fi como o F1000 da UTStarcom e outros híbridos tipo PDA de diversos fabricantes menores normalmente baseados em WindowsCE como a Paragon.
E já existem os "early adopters" prontos para usar estas novas facilidades a seu favor, configurando o Asterisk para usar estes celulares Nokia.
E então, através do Wi-Fi, veremos a VoIP repetir na rede celular o estrago que foi feito na rede fixa... :-)
Parlamento da Holanda propõe separação da intraestrutura de redes da prestação de serviço
O Parlamento da Holanda votou de forma unânime duas resoluções que induzem a separação do negócio de infraestrutura de rede dos serviços prestados para todos os negócios de comunicações.
O conceito é equivalente ao que foi feito com a British Telecom, onde a empresa foi separada em duas usando o mesmo princípio, entretanto esta é uma resolução para valer em todo o mercado holandês e não apenas para uma empresa.
Na França, o unbundling implementado obriga que as empresas detentoras das redes a oferecerem os acessos para prestadores de serviço terceiros conseguindo estabelecer boa competição sem obrigar o racha da France Telecom. O mesmo está sendo tentado aqui com a resolução 402 da Anatel mas sem sucesso.
O projeto de FTTH de Amsterdam prevê um mecanismo de separação competitiva usando conceitos semelhantes apenas para este projeto de FTTH. Neste caso 3 tipos de empresas existiriam: malha de fibra ótica, tecnologia de rede e roteamento e finalmente os prestadores de serviço para usuário final.
A primeira resolução do parlamento holandês observa que em todo o mundo está acontecendo concentração vertical com o objetivo de monopolização das telecomunicações, e pede a separação do mercado de infraestrutura do mercado de serviços através de um modelo de precificação desta infraestrutura e da proibição do bundling de provimento de rede e serviços.
A segunda resolução implementa o "network neutrality" obrigando o acesso mandatório, aberto e não discriminatório de todas as redes para todos os provedores de serviços.
Quem sabe este conceito acaba sendo copiado aqui no Brasil e o Governo consiga obrigar as empresas a se separarem em negócios separados? Seria uma revolução competitiva no Brasil...
O conceito é equivalente ao que foi feito com a British Telecom, onde a empresa foi separada em duas usando o mesmo princípio, entretanto esta é uma resolução para valer em todo o mercado holandês e não apenas para uma empresa.
Na França, o unbundling implementado obriga que as empresas detentoras das redes a oferecerem os acessos para prestadores de serviço terceiros conseguindo estabelecer boa competição sem obrigar o racha da France Telecom. O mesmo está sendo tentado aqui com a resolução 402 da Anatel mas sem sucesso.
O projeto de FTTH de Amsterdam prevê um mecanismo de separação competitiva usando conceitos semelhantes apenas para este projeto de FTTH. Neste caso 3 tipos de empresas existiriam: malha de fibra ótica, tecnologia de rede e roteamento e finalmente os prestadores de serviço para usuário final.
A primeira resolução do parlamento holandês observa que em todo o mundo está acontecendo concentração vertical com o objetivo de monopolização das telecomunicações, e pede a separação do mercado de infraestrutura do mercado de serviços através de um modelo de precificação desta infraestrutura e da proibição do bundling de provimento de rede e serviços.
A segunda resolução implementa o "network neutrality" obrigando o acesso mandatório, aberto e não discriminatório de todas as redes para todos os provedores de serviços.
Quem sabe este conceito acaba sendo copiado aqui no Brasil e o Governo consiga obrigar as empresas a se separarem em negócios separados? Seria uma revolução competitiva no Brasil...
10 outubro 2006
10 Coisas que Eu Odeio em Você
James Enck montou um resumão imperdível da situação das teles ao redor do mundo. O resumo aqui em baixo não faz juz ao artigo, portanto vá ler o original...
- As teles perderam o controle de seu produto principal;
- Voz se tornou uma facilidade, não mais um serviço;
- Teles não conseguem entender que os clientes estão querendo algo diferente do que estão oferecendo;
- Teles existem para tirar valor de um produto excasso, mas o futuro reserva abundância de banda e conectividade;
- Cultura de controle e comando morreu, APIs abertas serão determinantes;
- DNA das teles é fundamentalmente incapaz de lidar com a corrente dinâmica dos conteúdos;
- Teles expandem territorialmente, não por nichos virtuais;
- Teles não conseguem inovar;
- Teles não deveriam tentar inovar;
- A fundação de tudo pode estar errada.
06 outubro 2006
Compartilhamento de Infraestrutura de Celular
A Futurecom este ano foi bastante interessante, onde as discussões foram mais na direção de ajudar o Brasil a se tornar mais justo e competitivo no mundo, em vez das choradeiras do ano passado sobre a rentabilidade dos negócios de telecom.
O presidente da Vivo propôs a criação de uma empresa de capital aberto única para administrar a infraestrutura das redes de celular de todas as operadoras, de forma que todas as operadoras passariam a ser operadoras virtuais, tipo MVNO.
É uma idéia ótima para a Vivo, considerando que ela está querendo implementar uma rede GSM sobre sua rede CDMA para conseguir manter a competitividade no mercado brasileiro, e desta forma seu investimento necessário seria minimizado.
Obviamente os concorrentes se defenderam e disseram que o compartilhamento seria apenas viável aonde eles ainda não investiram ainda, como redes 3G. Qual o sentido para eles de nivelar a competição enquanto eles estão na frente?
E aí, surge o conselheiro da Anatel e pega a idéia e sugere como uma forma de levar o 3G como ferramenta de universalização da banda larga no território nacional.
Será que é uma boa idéia?
Será que se amarrar no W-CDMA (tecnologia proposta) agora é a coisa mais inteligente? Ou será que o WiMax ou o WiFi Mesh pode acabar sendo a forma mais econômica, ou o 4G chega 2 anos depois tornando o 3G obsoleto rapidamente (tipo celulares analógicos e TDMA)?
O subsecretário do Ministério do Planejamento apresentou uma idéia muito mais razoável, propondo o uso dos prédios públicos do estado como pontas de lança do acesso da conectividade às comunidades remotas do país, abrindo espaço para que pequenas empresas ou associações resolvam a última milha se utilizando desta estrutura.
O presidente da Vivo propôs a criação de uma empresa de capital aberto única para administrar a infraestrutura das redes de celular de todas as operadoras, de forma que todas as operadoras passariam a ser operadoras virtuais, tipo MVNO.
É uma idéia ótima para a Vivo, considerando que ela está querendo implementar uma rede GSM sobre sua rede CDMA para conseguir manter a competitividade no mercado brasileiro, e desta forma seu investimento necessário seria minimizado.
Obviamente os concorrentes se defenderam e disseram que o compartilhamento seria apenas viável aonde eles ainda não investiram ainda, como redes 3G. Qual o sentido para eles de nivelar a competição enquanto eles estão na frente?
E aí, surge o conselheiro da Anatel e pega a idéia e sugere como uma forma de levar o 3G como ferramenta de universalização da banda larga no território nacional.
Será que é uma boa idéia?
Será que se amarrar no W-CDMA (tecnologia proposta) agora é a coisa mais inteligente? Ou será que o WiMax ou o WiFi Mesh pode acabar sendo a forma mais econômica, ou o 4G chega 2 anos depois tornando o 3G obsoleto rapidamente (tipo celulares analógicos e TDMA)?
O subsecretário do Ministério do Planejamento apresentou uma idéia muito mais razoável, propondo o uso dos prédios públicos do estado como pontas de lança do acesso da conectividade às comunidades remotas do país, abrindo espaço para que pequenas empresas ou associações resolvam a última milha se utilizando desta estrutura.
02 outubro 2006
Tim lança o TIM Casa para neutralizar o Telefone Único da BrasilTelecom
A Tim, operadora de celular GSM de cobertura nacional, acaba de lançar o serviço Tim Casa.
Este é um serviço pago a parte em pacotes de minutos bem mais em conta mas que só pode ser usado junto a torre de celular próxima a sua residência.
E qual é o objetivo? Competir com as operadoras de telefonia fixa desencorajando o uso do telefone fixo quando você está em sua residência.
O Meio-Bit comentou isso como sendo um ataque frontal a Telemar com o objetivo de provocar o desligamento das linhas fixas, mas acredito que isto não é a principal razão.
Na minha opinião, a principal razão é neutralizar a ação de operações Fixo-Móvel (FMC), e especificamente o caso da BrasilTelecom, que está oferecendo o Kit Telefone Único onde o celular usa a linha fixa para completar a ligação desde que esteja ao alcance da conexão Bluetooth.
A estratégia competitiva da BrasilTelecom é encorajar a troca da operadora celular Tim para a BrasilTelecom para que fosse possível usar a linha fixa para efetuar as ligações com custo mais baixo.
Este é um serviço pago a parte em pacotes de minutos bem mais em conta mas que só pode ser usado junto a torre de celular próxima a sua residência.
E qual é o objetivo? Competir com as operadoras de telefonia fixa desencorajando o uso do telefone fixo quando você está em sua residência.
O Meio-Bit comentou isso como sendo um ataque frontal a Telemar com o objetivo de provocar o desligamento das linhas fixas, mas acredito que isto não é a principal razão.
Na minha opinião, a principal razão é neutralizar a ação de operações Fixo-Móvel (FMC), e especificamente o caso da BrasilTelecom, que está oferecendo o Kit Telefone Único onde o celular usa a linha fixa para completar a ligação desde que esteja ao alcance da conexão Bluetooth.
A estratégia competitiva da BrasilTelecom é encorajar a troca da operadora celular Tim para a BrasilTelecom para que fosse possível usar a linha fixa para efetuar as ligações com custo mais baixo.
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