05 julho 2006

Acesso ao broadband, deve ser regulado até que ponto?

Interessante observações no blog Communications sobre propriedade pública ou privada dos meios de acesso ao broadband.

Brough levanta as velocidades de mudança das camadas da conexão broadband:
  • roteadores e switches, TCP/IP ou Ethernet: Lei de Moore ou ainda mais rápido
  • tecnologia de luz para fibra: Lei de Moore ou mais rápido
  • a fibra em si (camada zero): evolução lenta, vida útil acima de 20 anos
  • condutos e postes: evolução muito lenta, vida útil de 20-50 anos (com manutenção)
  • direitos de uso para acesso às pessoas (ligação aérea, subterrânea, etc): limitada, fixa, de propriedade da comunidade.
Com esta análise em mãos, Brough defende que somente a camada zero ("layer 0") se presta a regulação pela comunidade através do processo político. Os elementos acima mudam numa velocidade incompatível com quaisquer mecanismos regulatórios.

Desta maneira, a fibra terminaria num centro de distribuição comunitário e seria acesa pelo provedor de escolha do cliente da fibra, de forma que a competição facilitada protegeria os interesses das pessoas.

Esta instalação de fibra seria regulada e poderia ser feita por uma empresa regulada como as distribuidoras de energia elétrica que existem hoje no país e/ou adquirida pelo próprio usuário da fibra.

Em Amsterdam, o processo de instalação de fibra para seus habitantes separa em três camadas e é bastante semelhante ao que Brough sugere. A camada zero foi licitada por uma empresa, a camada intermediária é um prestador de serviço que gerencia a rede, instala roteadores e fornece conectividade no atacado, e a camada superior são quaisquer prestadores de serviço que podem contratar os serviços no atacado e fornecer individualmente serviços diferenciados aos usuários finais.

No Estado de Utah nos EUA, existe uma organização bancada pelo estado chamada UTOPIA que separa a parte regulada na altura do provimento de conectividade MPLS, sendo acima da camada sugerida por Brough, o que sugere problemas com o avanço da tecnologia ao longo do tempo.

Nenhum comentário: