Os negócios estavam indo bem. Não na velocidade que a gente espera mas continuamente melhor a cada dia. Ai chega uma grande mudança e parece que o mundo cai abaixo.
Em agosto deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego baixou a portaria 1510 regulamentando o mercado de ponto eletrônico. Esta regulamentação foi uma surpresa o nosso time da Ahgora, como deve ter sido para grande parte das empresas que usam ou desenvolvem soluções para ponto eletrônico.
De início, dá para ver que é uma mudança drástica. Existe uma rigidez forte de como o registro de ponto tem que ser feito, como este equipamento deve funcionar e quais documentos deverão ser gerados e guardados.
Isto fez o mercado inteiro de ponto eletrônico entrar em compasso de espera, esperando mais detalhes sobre esta mudança, e adiando grande parte dos planos de aquisição de soluções até a reestabilização do mercado.
De outro lado, dá para perceber que a intenção da mudança é muito boa, pois disciplina esta situação do registro eletrônico de presença, dando regras para um mercado que estava acostumado a ficar sempre tentando testar o limite da legalidade das interpretações das jurisprudências sendo formadas sobre este tema.
Isto não quer dizer que será uma transição fácil, e nem barata, para todos os envolvidos. Haverá impactos em como o registro é feito, como a empresa lida com o acesso do funcionário ao equipamento de registro, como como os dados serão transportados para softwares de apuração, como os documentos serão custodiados e como a fiscalização vai funcionar.
É muita informação e existe bastante dificuldade de interpretação por todas as partes. Precisamos rapidamente envolver as pessoas que se importam com este processo, trocar figurinhas e buscar uma estratégia para lidar com este processo como empresas, como governo, e principalmente como sociedade.
Da nossa parte, resolvemos organizar e patrocinar um evento regional sem fins lucrativos para envolver as pessoas que se preocupam com este processo de mudança. Já temos confirmados presenças de profissionais de RH das empresas da região, consultorias de RH, associações de empresas, contadores, advogados trabalhistas, representantes do ministério do trabalho e, ainda, de outras empresas que desenvolvem produtos e serviços para este segmento de mercado.
Como empresa, a Ahgora está buscando nesta transição se posicionar como facilitador e agente de mudança para a sociedade. Vamos anunciar esta nossa visão no evento e apresentar algumas maneiras de como vemos que podemos contribuir neste processo.
Opinião sobre a área de tecnologia, de comunicações digitais, empreendedorismo, motivação, fotografia, e qualquer outro assunto da hora...
27 novembro 2009
19 novembro 2009
Aplicação na Web é uma prestação de serviço
O carro chefe da Ahgora é o Serviço de Ponto Eletrônico Ahgora PontoWeb, e, se tem uma coisa que é complicada de explicar aos nossos clientes é o conceito de serviço SaaS (Software as a Service)...
Até alguns anos atrás, todo software era vendido como produto, muitas vezes até embalado numa caixa, quase como sabão em pó. Aí vem a Internet e abre um espaço até então inimaginável alguns anos atrás, o oferecimento de aplicações e de serviços utilizando da Internet para permitir a operação remota, fora das premissas do cliente.
Como é um paradigma diferente, leva um bocado de tempo para explicar como as coisas podem ser diferentes, muitas vezes é necessário alguns meses até a ficha cair.
O primeiro impacto é a mudança na visão de aquisição de ativos, como servidores e softwares de banco de dados e aplicações finais. SaaS terceiriza toda esta dificuldade e transfere a responsabilidade da aquisição de ativos para a cadeia fornecedora do serviço.
O segundo grande impacto é que a continuidade do serviço não depende mais de um profissional de TI suportando os servidores, e a maior parte da responsabilidade passa para o fornecedor. A estrutura de TI necessária é apenas a que permita a conectividade com qualidade para a Internet.
O terceiro impacto é financeiro. O custo de aquisição de know-how e de ativos é transferido para o fornecedor, e o mesmo passa a ser obrigado a prestar um serviço de financiamento da aquisição dos ativos e desenvolvimento de atualizações para os seus clientes. Ou seja, como o cliente apenas paga mensalmente pelo serviço, o fornecedor tem que cuidar do fluxo de caixa para manter o equilíbrio financeiro do empreendimento.
O quarto impacto é a questão de transferência de controle das informações e da independência da empresa. Como a informação fica hosteada em outro lugar e a aplicação apenas está rodando em servidores fora de seu controle, existe uma preocupação muito grande com respeito a continuidade do serviço prestado e da segurança das informações.
Estas preocupações tem sua razão de ser, mas temos que ver que as alternativas também apresentam riscos substanciais: o funcionário que estava cuidando do sistema pode ficar doente, o servidor pode dar problemas, ou ainda os backups podem estar comprometidos por falha operacional e com isso correr o risco de perder todos os dados armazenados.
Em suma, uma aplicação SaaS não é apenas um produto instalado num servidor na Internet, é um serviço prestado que agrega suporte, continuidade, gestão de ativos e investimentos, itens tão, ou até mais, importantes que o software propriamente dito.
Até alguns anos atrás, todo software era vendido como produto, muitas vezes até embalado numa caixa, quase como sabão em pó. Aí vem a Internet e abre um espaço até então inimaginável alguns anos atrás, o oferecimento de aplicações e de serviços utilizando da Internet para permitir a operação remota, fora das premissas do cliente.
Como é um paradigma diferente, leva um bocado de tempo para explicar como as coisas podem ser diferentes, muitas vezes é necessário alguns meses até a ficha cair.
O primeiro impacto é a mudança na visão de aquisição de ativos, como servidores e softwares de banco de dados e aplicações finais. SaaS terceiriza toda esta dificuldade e transfere a responsabilidade da aquisição de ativos para a cadeia fornecedora do serviço.
O segundo grande impacto é que a continuidade do serviço não depende mais de um profissional de TI suportando os servidores, e a maior parte da responsabilidade passa para o fornecedor. A estrutura de TI necessária é apenas a que permita a conectividade com qualidade para a Internet.
O terceiro impacto é financeiro. O custo de aquisição de know-how e de ativos é transferido para o fornecedor, e o mesmo passa a ser obrigado a prestar um serviço de financiamento da aquisição dos ativos e desenvolvimento de atualizações para os seus clientes. Ou seja, como o cliente apenas paga mensalmente pelo serviço, o fornecedor tem que cuidar do fluxo de caixa para manter o equilíbrio financeiro do empreendimento.
O quarto impacto é a questão de transferência de controle das informações e da independência da empresa. Como a informação fica hosteada em outro lugar e a aplicação apenas está rodando em servidores fora de seu controle, existe uma preocupação muito grande com respeito a continuidade do serviço prestado e da segurança das informações.
Estas preocupações tem sua razão de ser, mas temos que ver que as alternativas também apresentam riscos substanciais: o funcionário que estava cuidando do sistema pode ficar doente, o servidor pode dar problemas, ou ainda os backups podem estar comprometidos por falha operacional e com isso correr o risco de perder todos os dados armazenados.
Em suma, uma aplicação SaaS não é apenas um produto instalado num servidor na Internet, é um serviço prestado que agrega suporte, continuidade, gestão de ativos e investimentos, itens tão, ou até mais, importantes que o software propriamente dito.
17 novembro 2009
Empreender para valer...
Depois de alguns anos trabalhando a ideia, até mesmo através de blog que estava trabalhando em segundo plano (Aprender como Empreender), acabei tomando uma decisão: estava na hora de tentar apostar a minha vida na paixão de criar empresas.
Sexta-feira passada (13/11/2009) foi meu último dia como funcionário da Dígitro. Apesar dos altos e baixos, os quase 18 anos lá foram uma verdadeira escola. Conheci centenas de pessoas que fazem a diferença e tive a oportunidade de trabalhar com muitas das tecnologias mais modernas hoje no mercado.
Mas agora o momento é outro, e vou buscar fazer a diferença participando da explosão de crescimento no Vale do Silício brasileiro: a Grande Florianópolis. Já com 450 empresas de base tecnológica uma massa crítica está formada para que grandes mudanças aconteçam na região.
Paul Graham algum tempo atrás escreveu que existem fatores muito importantes para que esta massa crítica desenvolva: clima ameno para atrair pessoas com capital para empreender, boas universidades próximas, uma massa de profissionais muito qualificadas e várias empresas próximas para suportar uma economia de escopo.
Estou entrando como sócio da empresa Ahgora Sistemas e nestes próximos meses eu garanto a vocês que a marca Ahgora se tornará rapidamente uma das promessas que ajudará na mudança de paradigma da cidade.
Sexta-feira passada (13/11/2009) foi meu último dia como funcionário da Dígitro. Apesar dos altos e baixos, os quase 18 anos lá foram uma verdadeira escola. Conheci centenas de pessoas que fazem a diferença e tive a oportunidade de trabalhar com muitas das tecnologias mais modernas hoje no mercado.
Mas agora o momento é outro, e vou buscar fazer a diferença participando da explosão de crescimento no Vale do Silício brasileiro: a Grande Florianópolis. Já com 450 empresas de base tecnológica uma massa crítica está formada para que grandes mudanças aconteçam na região.
Paul Graham algum tempo atrás escreveu que existem fatores muito importantes para que esta massa crítica desenvolva: clima ameno para atrair pessoas com capital para empreender, boas universidades próximas, uma massa de profissionais muito qualificadas e várias empresas próximas para suportar uma economia de escopo.
Estou entrando como sócio da empresa Ahgora Sistemas e nestes próximos meses eu garanto a vocês que a marca Ahgora se tornará rapidamente uma das promessas que ajudará na mudança de paradigma da cidade.
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