08 março 2007

Na França a competição no broadband come solta

Já tinha comentado sobre a rede FTTH da Iliad/Free que iria oferecer 50Mbps por 30 Euros.

Agora é a vez da Neuf anunciar que cobrirá a aposta oferecendo em Paris por 30 Euros por mês um serviço que inclui 50 Mbps simétrico, telefonia (ligações locais e para 30 outros países ilimitadas), canais de TV, e video on demand.

07 março 2007

Defesa da posse pública dos meios de distribuição do broadband nas cidades

Continuando o tema da última postagem sobre o envolvimento do governo na garantia da disponibilização do broadband para toda a população, este paper faz uma defesa bem argumentada deste envolvimento baseado nas experiências da construção de infraestruturas como estradas e água encanada.

Os argumentos apresentados:
  1. Redes de informação de alta velocidade são infraestrutura pública básica: da mesma forma que estradas permitem deslocamento físico, redes permitem deslocamento virtual. E a situação de ter que montar redes de fibra não é muito diferente do envolvimento governamental que aconteceu para a disponibilização do par de fios do telefone no século passado;
  2. Propriedade pública garante competição: uma rede de propriedade pública (especialmente uma rede passiva ótica) com acesso aberto encoraja a entrada de competidores;
  3. Redes de propriedade pública podem gerar receita para o governo: o investimento em redes óticas passivas é relativamente baixo e com retorno rápido (em torno de 2 anos, segundo experiências em outros países). O governo pode obter receita recorrente sobre quem se utilizar da infraestrutura e ainda pode se utilizar da mesma sem custos;
  4. Propriedade coletiva pode garantir acesso universal: estradas, água encanada, esgoto e calçadas públicas conectam todos sem discriminação. Propriedade privada tende a privilegiar apenas as maiores fontes de receita;
  5. Propriedade coletiva pode garantir redes não discriminatórias: estratégias de controle de tráfego para maximizar rentabilidade podem ser desincentivadas pelas estratégicas públicas e pela maior competição.

06 março 2007

Se os nossos governantes fossem assim?

O governador de Vermont (EUA) anunciou que pretende transformar seu estado no primeiro estado americano totalmente coberto por broadband.

Ele comenta que esta empreitada será a plataforma para o crescimento da economia e para a criação de empregos para cada setor da economia por muitos anos a frente.

“We would be the first state where every community redefines civic involvement with local blogs, online forums and real local content. The first state where every classroom has its own wiki and every student can access the library at Oxford, tour the Louvre or converse with a peer halfway around the world -- all from their rural home in the mountains of Vermont."

01 março 2007

A parte passiva das redes broadband precisam do apoio do governo

O regulador de telecom da França entende do assunto de implantação de futuro de broadband pervasivo na sociedade: É absolutamente necessário o envolvimento do governo para criar as condições de compartilhamento de forma justa de uma estrutura de rede passiva (fibra apagada, por exemplo) entre empresas prestadoras de serviços de telecomunicação em competição saudável.

O maior custo de redes de acesso de alta velocidade é o custo da estrutura passiva, algo como 70% a 80%, e o custo de engenharia civil é quase 50% deste custo.

A maior parte disso não depende da quantidade de fibras que serão instaladas e muitas vezes podem ser efetuadas junto de manutenções de outras redes das cidades, como de energia elétrica ou de água.

Considerando isso, as economias de escopo e a igualdade de condições de competição só serão realizadas através da posse compartilhada desta infraestrutura passiva.

23 fevereiro 2007

Tráfego agregado na Internet cresce de forma ordenada, apesar do vídeo

Comentário interessante no VoIP and ENUM: o tráfego de vídeo está crescendo rapidamente, mas não impactando ainda as curvas de crescimento de tráfego agregado nos backbones da rede.

Apesar de que o vídeo ter crescido de 5% a 10% do tráfego cinco anos atrás para 50% ou 60% do tráfego atual, ainda assim o crescimento do tráfego nos backbones estão crescendo em torno de 50% ao ano.

Este crescimento é menor do que os 100% ao ano que as operadoras experimentavam na época do boom da Internet nos EUA.

Portanto as previsões de que a Internet não irá aguentar a revolução do vídeo é na realidade relacionado aos limites atuais nas plantas de acessos dos usuários da Internet, basicamente ADSL e cabo. Sinal de que continuando este passo, a fibra logo terá que chegar pelo menos nas quadras (FTTC).

16 fevereiro 2007

3G ou WiMAX?

Interessante os desdobramentos tecnológicos que puderam ser observados no 3GSM World Congress que aconteceu na semana passada.

A Sprint Nextel anunciou que usará a tecnologia WiMAX para implementar suas redes móveis de alta velocidade em vez da tecnologia 3G (redes de terceira geração, baseadas nas tecnologias de redes de celular GSM e, especialmente, CDMA) que já estava em crescimento em algumas partes do mundo, em especial na Ásia e da Europa.

As tecnologias móveis estavam tentando evoluir progressivamente das redes de voz para as redes de dado para efetuar uma transição gradual não disruptiva, mas os modelos Wi-Fi e WiMAX que vieram das tecnologias de redes de dados estão vindo de forma disruptiva através de menores custos.

Isto é um sinal de que tratar voz de forma especial pelas operadoras com o objetivo de manter a rentabilidade e o modelo de negócio será cada vez mais difícil.

05 fevereiro 2007

KPN (Holanda) anuncia desligamento completo da telefonia tradicional até 2010

Jeff Pulver comentou sobre mais um anúncio de uma operadora sobre o desligamento completo da telefonia convencional por telefonia VoIP.

A operadora KPN da Holanda prevê que toda a sua rede será transformada em VoIP em apenas 3 anos.

Já tinha comentado sobre isso antes, mas é interessante observar as operadoras definindo suas escalas de tempo para a transição.