O regulador de telecom da França entende do assunto de implantação de futuro de broadband pervasivo na sociedade: É absolutamente necessário o envolvimento do governo para criar as condições de compartilhamento de forma justa de uma estrutura de rede passiva (fibra apagada, por exemplo) entre empresas prestadoras de serviços de telecomunicação em competição saudável.
O maior custo de redes de acesso de alta velocidade é o custo da estrutura passiva, algo como 70% a 80%, e o custo de engenharia civil é quase 50% deste custo.
A maior parte disso não depende da quantidade de fibras que serão instaladas e muitas vezes podem ser efetuadas junto de manutenções de outras redes das cidades, como de energia elétrica ou de água.
Considerando isso, as economias de escopo e a igualdade de condições de competição só serão realizadas através da posse compartilhada desta infraestrutura passiva.
Opinião sobre a área de tecnologia, de comunicações digitais, empreendedorismo, motivação, fotografia, e qualquer outro assunto da hora...
01 março 2007
23 fevereiro 2007
Tráfego agregado na Internet cresce de forma ordenada, apesar do vídeo
Comentário interessante no VoIP and ENUM: o tráfego de vídeo está crescendo rapidamente, mas não impactando ainda as curvas de crescimento de tráfego agregado nos backbones da rede.
Apesar de que o vídeo ter crescido de 5% a 10% do tráfego cinco anos atrás para 50% ou 60% do tráfego atual, ainda assim o crescimento do tráfego nos backbones estão crescendo em torno de 50% ao ano.
Este crescimento é menor do que os 100% ao ano que as operadoras experimentavam na época do boom da Internet nos EUA.
Portanto as previsões de que a Internet não irá aguentar a revolução do vídeo é na realidade relacionado aos limites atuais nas plantas de acessos dos usuários da Internet, basicamente ADSL e cabo. Sinal de que continuando este passo, a fibra logo terá que chegar pelo menos nas quadras (FTTC).
Apesar de que o vídeo ter crescido de 5% a 10% do tráfego cinco anos atrás para 50% ou 60% do tráfego atual, ainda assim o crescimento do tráfego nos backbones estão crescendo em torno de 50% ao ano.
Este crescimento é menor do que os 100% ao ano que as operadoras experimentavam na época do boom da Internet nos EUA.
Portanto as previsões de que a Internet não irá aguentar a revolução do vídeo é na realidade relacionado aos limites atuais nas plantas de acessos dos usuários da Internet, basicamente ADSL e cabo. Sinal de que continuando este passo, a fibra logo terá que chegar pelo menos nas quadras (FTTC).
16 fevereiro 2007
3G ou WiMAX?
Interessante os desdobramentos tecnológicos que puderam ser observados no 3GSM World Congress que aconteceu na semana passada.
A Sprint Nextel anunciou que usará a tecnologia WiMAX para implementar suas redes móveis de alta velocidade em vez da tecnologia 3G (redes de terceira geração, baseadas nas tecnologias de redes de celular GSM e, especialmente, CDMA) que já estava em crescimento em algumas partes do mundo, em especial na Ásia e da Europa.
As tecnologias móveis estavam tentando evoluir progressivamente das redes de voz para as redes de dado para efetuar uma transição gradual não disruptiva, mas os modelos Wi-Fi e WiMAX que vieram das tecnologias de redes de dados estão vindo de forma disruptiva através de menores custos.
Isto é um sinal de que tratar voz de forma especial pelas operadoras com o objetivo de manter a rentabilidade e o modelo de negócio será cada vez mais difícil.
A Sprint Nextel anunciou que usará a tecnologia WiMAX para implementar suas redes móveis de alta velocidade em vez da tecnologia 3G (redes de terceira geração, baseadas nas tecnologias de redes de celular GSM e, especialmente, CDMA) que já estava em crescimento em algumas partes do mundo, em especial na Ásia e da Europa.
As tecnologias móveis estavam tentando evoluir progressivamente das redes de voz para as redes de dado para efetuar uma transição gradual não disruptiva, mas os modelos Wi-Fi e WiMAX que vieram das tecnologias de redes de dados estão vindo de forma disruptiva através de menores custos.
Isto é um sinal de que tratar voz de forma especial pelas operadoras com o objetivo de manter a rentabilidade e o modelo de negócio será cada vez mais difícil.
05 fevereiro 2007
KPN (Holanda) anuncia desligamento completo da telefonia tradicional até 2010
Jeff Pulver comentou sobre mais um anúncio de uma operadora sobre o desligamento completo da telefonia convencional por telefonia VoIP.
A operadora KPN da Holanda prevê que toda a sua rede será transformada em VoIP em apenas 3 anos.
Já tinha comentado sobre isso antes, mas é interessante observar as operadoras definindo suas escalas de tempo para a transição.
A operadora KPN da Holanda prevê que toda a sua rede será transformada em VoIP em apenas 3 anos.
Já tinha comentado sobre isso antes, mas é interessante observar as operadoras definindo suas escalas de tempo para a transição.
29 janeiro 2007
A influência do governo Francês na implementação de FTTH
Na MuniWireless há um resumo interessante de um artigo de uma reguladora de telecom francesa sobre o compartilhamento de redes passivas óticas para a implementação de redes FTTH em áreas mediamente ou densamente povoadas, com ênfase no caso da implantação na França.
Elementos principais:
Elementos principais:
- é necessária coordenação do governo para manter um ambiente regulado e de concorrência saudável;
- é necessária a isolação do negócio de conectividade no atacado, para não permitir a monopolização do acesso por uma operadora vertical;
- 70% a 80% do custo é a implementação da conectividade ótica passiva, e a maior parte é devido aos custos de engenharia civil;
- compartilhamento de infraestrutura é chave para a implementação de operadoras de conectividade no atacado, bastando apenas que a engenharia civil seja compartilhada e várias operadoras possam implantar suas fibras nas mesmas empreitadas.
22 janeiro 2007
Om Malik observa redução de 23% de linhas fixas nos EUA entre 2001 e 2006
Om Malik anuncia que a nova promoção da AT&T de oferecer ligações gratuitas de móvel para fixo dentro da rede da operadora é uma tentativa de recuperar a relevância das linhas fixas.
O número mais impressionante é a redução de 23% das linhas fixas ativas entre 2001 e 2006 numa queda relativamente contínua, mostrando a tendência de abandono do uso da linha fixa para o móvel ou para IM, VoIP ou e-mail.
Nesta tendência, em 2010 metade das linhas fixas de 2001 estariam fora de uso.
Outro ponto observado é que juntando os minutos falados dos fixos e dos móveis, nos últimos 5 anos houve uma redução de 15% do uso. Uma possibilidade é que o IM/VoIP/e-mail está ganhando espaço e/ou ainda seja reflexo do desligamento das linhas de acesso a Internet discada.
De qualquer maneira, o anúncio é de alto impacto. Algo como 100 milhões de linhas fixas e móveis da AT&T passarão a ligar sem custo, com certeza levando milhares de consumidores a trocarem as operadoras concorrentes para a monopolista AT&T.
Sem falar que o preço de mercado da ligação telefônica fica cada vez mais próximo do seu custo, que é muito próximo de zero.
O número mais impressionante é a redução de 23% das linhas fixas ativas entre 2001 e 2006 numa queda relativamente contínua, mostrando a tendência de abandono do uso da linha fixa para o móvel ou para IM, VoIP ou e-mail.
Nesta tendência, em 2010 metade das linhas fixas de 2001 estariam fora de uso.
Outro ponto observado é que juntando os minutos falados dos fixos e dos móveis, nos últimos 5 anos houve uma redução de 15% do uso. Uma possibilidade é que o IM/VoIP/e-mail está ganhando espaço e/ou ainda seja reflexo do desligamento das linhas de acesso a Internet discada.
De qualquer maneira, o anúncio é de alto impacto. Algo como 100 milhões de linhas fixas e móveis da AT&T passarão a ligar sem custo, com certeza levando milhares de consumidores a trocarem as operadoras concorrentes para a monopolista AT&T.
Sem falar que o preço de mercado da ligação telefônica fica cada vez mais próximo do seu custo, que é muito próximo de zero.
02 janeiro 2007
QoS na Internet? Nunca!
Ou melhor, sempre! :-)
Na verdade, QoS, a sigla que representa qualidade de serviço (Quality of Service) sempre foi considerada a única maneira possível de implementar transporte seguro e de qualidade de comunicação em tempo real multimídia, como a nossa telefonia convencional.
Várias empresas tentaram desenvolver modelos de negócios para cobrar um premium pelo serviço de melhor qualidade, mas nestas últimas décadas nada conseguiu surgir.
A plataforma IMS, que está sendo definida pelas empresas de telefonia celular e fixa como o futuro das redes de comunicação multimídia implementa QoS nativamente, na esperança de que os usuários pagem mais pelo serviço onde a voz, imagem, etc. é priorizada.
Provavelmente vai falhar da mesma maneira como as outras iniciativas.
Brough Turner publicou um artigo muito interessante listando as principais referências sobre como o futuro reserva um mundo onde o serviço "Best Effort" é tudo o que todo mundo precisa para a grande maioria das aplicações da Internet, e que o QoS é atualmente necessário apenas nas redes de acesso a Internet, devido as ainda as relativas baixas velocidades do ADSL e do Cabo.
Com um acesso de 100Mbps, como já é possível adquirir na Coréia do Sul por preços razoáveis, quem precisará priorizar algum tráfego? HDTV mal chega a 30Mbps.
Na verdade, QoS, a sigla que representa qualidade de serviço (Quality of Service) sempre foi considerada a única maneira possível de implementar transporte seguro e de qualidade de comunicação em tempo real multimídia, como a nossa telefonia convencional.
Várias empresas tentaram desenvolver modelos de negócios para cobrar um premium pelo serviço de melhor qualidade, mas nestas últimas décadas nada conseguiu surgir.
A plataforma IMS, que está sendo definida pelas empresas de telefonia celular e fixa como o futuro das redes de comunicação multimídia implementa QoS nativamente, na esperança de que os usuários pagem mais pelo serviço onde a voz, imagem, etc. é priorizada.
Provavelmente vai falhar da mesma maneira como as outras iniciativas.
Brough Turner publicou um artigo muito interessante listando as principais referências sobre como o futuro reserva um mundo onde o serviço "Best Effort" é tudo o que todo mundo precisa para a grande maioria das aplicações da Internet, e que o QoS é atualmente necessário apenas nas redes de acesso a Internet, devido as ainda as relativas baixas velocidades do ADSL e do Cabo.
Com um acesso de 100Mbps, como já é possível adquirir na Coréia do Sul por preços razoáveis, quem precisará priorizar algum tráfego? HDTV mal chega a 30Mbps.
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