17 janeiro 2010

Uma nova casa para a Ahgora

Desde novembro estou envolvido diretamente em fazer a Ahgora acontecer, e está sendo um período bastante difícil, trabalhoso, mas ao mesmo tempo muito gratificante.

A quantidade de coisas a fazer são gigantescas, e diariamente bate uma sensação horrível de que nem tudo que precisaria ser feito vai acabar sendo feito. Sou um cara muito ansioso e esta sensação somada com a responsabilidade inerente de ser um dos empreendedores do negócio deixa a gente um pouco desestabilizada emocionalmente.

Mas se ficamos olhando em retrospecto dá para ver o progresso que estamos conseguindo num curto prazo de tempo. Uma startup em processo de montagem tem que ser avaliada com base nos "ativos" construídos que estão associadas a empresa Ahgora e temos muito orgulho de dizer que estamos conseguindo estes resultados muito rapidamente.


Um dos resultados recentes que nos mais orgulha foi receber no final do ano passado a grande notícia de que fomos aprovados como empresa residente na seleção do Midi Tecnológico, a incubadora da ACATE. Logo o Midi, que é uma das melhores incubadoras do Brasil, com uma infraestrutura e suporte de primeiro nível!

Acabamos de completar 3 semanas de estadia na sala 16 do terceiro andar do prédio da ACATE e ficamos surpreendidos positivamente com o bom astral, a sensação de extrema boa vontade da equipe do Midi, e do apoio mútuo com as outras empresas incubadas.

Os desafios tem sido gigantescos, e o mais difícil tem sido conciliar desenvolvimento de software, reuniões de negócios, reuniões de consultoria, entrevistas de candidatos para emprego, suporte aos clientes atuais, prototipação de produto, busca de parceiros, decisões estratégicas, marketing, etc. É tanta coisa que 12 horas num dia não é suficiente para a metade destas tarefas.

Pelo jeito vou ter que aprender a conviver com uma "verdade" que aprendi numa consultoria do Midi recente de que, já que decidimos virarmos empreendedores, perdemos os 3 "F"s: Fim de semana, Feriado e Férias... :-)

08 janeiro 2010

Freelancers versus empregados


Algumas pessoas tem me perguntado sobre a minha opinião se é melhor trabalhar com freelancers ou com empregados.

Na realidade existem vantagens e desvantagens em ambos e é necessário trabalhar com ambas as alternativas e utilizá-las como for melhor em cada caso.

O freelancer é um ser mais autônomo, e que aproveita suas experiências passadas para potencializar os resultados nas atividades que desenvolvem. Normalmente, ou já recebem o prato pronto do que é para fazer ou ganham liberdade plena para fazer a atividade como melhor convier para ele.

Esta é uma estratégia vencedora para ele, pois consegue resultados em curto prazo e evitam dependências técnicas ou operacionais que poderiam bloquear o avanço das atividades. Como não há um compromisso de longo prazo, não há tanta preocupação com a dificuldade de manutenção futura ou facilidades para acompanhamento dos projetos.

A comunicação é limitada, pois a atividade em geral não é executada in-loco, o que implica necessidade de acompanhamento contínuo e periodicamente ajustes constantes de rota.


O empregado já tende a se preocupar mais com o médio/longo prazo e se envolver mais com os problemas do dia a dia da empresa. O enfoque não é tanto entregas a curto prazo e sim a eficácia no trato de todas as questões "quentes" na empresa.

Isto pode implicar em resultados menores em curto prazo mas maior comprometimento com aquele resultado obtido.

Como a atividade é feita in-loco, em geral a comunicação chega até a ser excessiva e uma sobrecarga de atividades de curto prazo e a preocupação com a "perfeição" dos resultados de médio/longo prazo podem chegar a debilitar os resultados. Uma falta de gestão pode levar o funcionário a virar um bombeiro para incêndios, um perfeccionista permanentemente bloqueado, ou ainda um animal político que explora o excesso de informações, as vezes conflitantes, para proveito próprio.

Em compensação, através de uma boa gestão, envolvimento e motivação, um empregado pode entregar o seu coração para a causa da empresa, algo bem difícil de acontecer com um freelancer.