30 março 2008

Unificação dos blogs

Até agora estava tentando manter dois blogs:
É difícil manter dois blogs... Algumas vezes no momento de filtrar e tentar encaixar as postagens a um dos assuntos acima acabo desistindo por tentar manter um foco muito restrito em cada um deles.

A partir de agora vou transformar o blog Tecnocom em um blog mais pessoal, tentando agrupar todos os assuntos que são relevantes para mim num lugar único seja telecomunicações ou empreendorismo, e com maior liberdade editorial.

Com isso não pretendo mais postar no blog AprenderComoEmpreender. Alguém contra? :-)

19 março 2008

Embratel oferecerá WiMax a partir de março

A Embratel está implementando discretamente sua rede WiMax com a intenção de cobrir boa parte das principais cidades do país.

Com isso ela implementa um acesso às residências e pequenas e médias empresas sem precisar investir em capilaridade de rede.

Como as operadoras que possuem o acesso ao assinante por fios ou cabos como a telefonia fixa e a operadora de TV a cabo ainda não estão investindo em fibra ponta a ponta, o WiMax entra como tecnologia disruptiva por oferecer alternativa de alta velocidade para dados além da própria telefonia.
A Embratel informou ao mercado financeiro que até o final de março dará início ao seu serviço de WiMax, em um projeto classificado como de "de grande importância no segmento de pequenas e médias empresas".

A rede da Embratel, que operará na faixa de 3,5 GHz, contará com mais de mil radiobases (ERBs), em uma primeira etapa em 61 cidades e depois podendo chegar a 200.

o final de março, doze delas estarão operantes: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís e São Paulo. O projeto apresenta um volume de investimentos da ordem de R$ 175 milhões, diz a empresa.

16 março 2008

Conectividade das ERBs

Brough comenta sobre uma informação que pouca gente sabe ou acompanha sobre as estações rádio-base de celular (ERBs) que são os equipamentos e as antenas direcionais que normalmente encontramos em cima de prédios nas áreas urbanas e em torres instaladas em áreas mais abertas e que implementam a cobertura de sinal dos nossos celulares.

A informação é que a conectividade destas ERBs são normalmente 1 ou 2 links de dados T1s ou E1s (dependendo do padrão adotado), ou seja, algo entre 1,7 Mbps e 4Mbps.

Como se pode oferecer velocidades de 3G nestas condições? Até os padrões 2,5G que usamos hoje, como Edge do GSM, rapidamente podem estourar no limite desta WAN se várias pessoas usarem ao mesmo tempo seus celulares para isso.

A justificativa para esta situação nos EUA é que os direitos de acesso físico estão hoje disponíveis especialmente as operadoras fixas tradicionais, e estas só estão obrigadas a oferecer links de baixa velocidade (T1 e E1) pela FC, o que obrigaria a operadora competidora a ter que construir sua rede metropolitana de fibra sem a escala que justificaria este esforço.

Velocidades acima disso necessitariam de conectividade de fibra, o que não é atualmente regulado pelas agências reguladoras. Bough argumenta que é necessário um processo de regulação de oferecimento de fibra escura para operadoras concorrentes para permitir um desenvolvimento de competição saudável, especialmente nas novas velocidades acima de 1Mbps oferecidas pela tecnologia de celular 3G.

O Brasil está também nesta mesma situação, com uma regulação antiquada, onde as operadoras fixas não são obrigadas a oferecer uma conectividade de alta velocidade em fibra a preços razoáveis. Para competir no Brasil, nada se torna viável a não ser se você construir sua própria rede de fibras ou conseguir algum favorecimento com as operadoras que já possuem sua rede.