23 outubro 2010

Lean Startup, primeira teoria sobre startups

Steve Blank participou na criação de quase uma dezena de empresas startup e após a sua aposentadoria ele escreveu um livro com notas sobre as experiências que teve e criou uma teorização sobre este processo. Este material se tornou um livro chamado The Four Steps to the Epiphany.

Eric Ries, também um empreendedor na área de tecnologia, observou as experiências que passou e procurou juntar uma série de elementos que estão contribuindo para uma nova forma de pensar sobre a criação de Start-Ups.

Basicamente ele observou que os conceitos para desenvolvimento ágil (SCRUM/XP/Lean) poderiam ser transpostos também para o processo de criação de novas empresas, bastando para isso modelar de alguma maneira o ciclo de feedback do processo de teste de mercado, reposicionamento e descoberta do cliente, e que os conceitos apresentados por Steve Blank descrevem exatamente esta visão.

Esta nova visão passou a ser chamada de Lean Startups e que acabou se tornando um fenômeno mundial de reavaliação das StartUps e de extensão das metodologias ágeis para a gestão das mesmas.

A grande sacada do Steve Blank é relativamente simples: uma StartUp não é simplesmente uma empresa grande que ainda está pequena. Na realidade é uma organização totalmente diferente de uma grande empresa, com um objetivo muito claro, interagir rapidamente com o cliente/mercado, aprender com os erros e executar pivots, numa espiral contínua até encontrar um modelo escalável de crescimento.

As implicações deste pensamento são bastante interessantes e relativamente muito pouco discutidas entre os empreendedores:
  • é necessário botar a cara a tapa para o cliente o mais rápido possível para acelerar o processo de aprendizardo;
  • não se pode tentar escalar o negócio até a localização do modelo escalável, ou seja, todo o dinheiro é para aprender rapidamente, e não contratar gente ou estoque;
  • executar pivots rapidamente, algo como colocar um dos pés naquilo que foi percebido como valor para o cliente e movimentar o outro pé para outra direção até conseguir apontar o corpo da empresa para a direção que valha a pena o crescimento da escala.
Seguem aqui os slides e um vídeo aonde ele explica melhor este processo de "Customer Development".

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